Saiba tudo sobre Cloreto de Potássio e veja se vale a pena usar esse fertilizante

Cloreto de Potássio: vale a pena usar esse fertilizante na lavoura?

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O Cloreto de Potássio (KCl) é um dos fertilizantes mais utilizados na agricultura. Mas o que é o Cloreto de Potássio exatamente? Por que ele é tão aplicado na lavoura? Quais são as suas principais vantagens e desvantagens?

A escolha de um fertilizante potássico é crucial para que o agricultor tenha mais produtividade e qualidade na sua lavoura. Continue a leitura e entenda os benefícios e limitações do uso do fertilizante Cloreto de Potássio (KCl)!

O que é o Cloreto de Potássio (KCl)?

O Cloreto de Potássio (KCl) é um haleto metálico salino, composto por cloro e potássio. Ele é extraído de minerais como a silvita e a carnalita, mas também pode ser obtido através de outros processos, como, por exemplo, um subproduto da produção de ácido nítrico a partir de nitrato de potássio e ácido clorídrico.

Embora tenha usos industriais e até mesmo medicinais, a maior parte do Cloreto de Potássio produzido no mundo é utilizada como fertilizante de potássio na agricultura. Mas como exatamente o Cloreto de Potássio é utilizado na agricultura?

Para que serve o Cloreto de Potássio (KCl) na agricultura?

O potássio é, de maneira geral, um dos nutrientes mais absorvidos pelas plantas. Ele está envolvido em muitas funções essenciais para o desenvolvimento das plantas, como:

Por isso, a nutrição com potássio é muito importante na hora de planejar o manejo agrícola da lavoura.

Isso é particularmente relevante no Brasil, já que de acordo com a Embrapa, no estudo “Aspectos relacionados ao mapeamento da disponibilidade de potássio nos solos do Brasil”, boa parte dos solos brasileiros tem baixa disponibilidade desse nutriente.

Como o Cloreto de Potássio tem um teor bastante elevado de potássio em sua composição (53%), aliado a uma disponibilização rápida para as plantas, isso fez com ele se tornasse uma das fontes de potássio mais utilizadas na agricultura.

No Brasil, o Cloreto de Potássio é largamente utilizado no manejo agrícola. Dados do Ministério da Agricultura mostram que quase a totalidade de KCl usada no Brasil, cerca de 95%, é importada. 

Desse total, a maior parte vem de países que compõem o oligopólio de produção do fertilizante no mundo: a Rússia, a Bielorrússia e o Canadá, que juntos controlam cerca de 80% do comércio mundial desse fertilizante.

Dado esse contexto, quais são as principais vantagens do uso do Cloreto de Potássio (KCl) como fertilizante?

Quais são as vantagens do Cloreto de Potássio como fertilizante?

As principais vantagens do Cloreto de Potássio (KCl) como fertilizante são, como já mencionado, o seu alto teor de potássio e a sua rápida disponibilização para as plantas.

Para que o potássio possa ser absorvido pelas plantas ele precisa estar na forma iônica K+. O Cloreto de Potássio é rápido em disponibilizar o nutriente justamente nessa forma.

Isso acontece porque o KCl é altamente solúvel em água, o que faz com que a liberação do potássio para solução do solo se dê de forma mais rápida.

Em determinados contextos de uso, isso é vantajoso para o agricultor que precisa elevar a quantidade de potássio no solo rapidamente, de forma que ele fique disponível o quanto antes para a lavoura.

Entretanto, essas características do Cloreto de Potássio também trazem enormes desvantagens do seu uso como fertilizante.

Quais são as desvantagens do Cloreto de Potássio para a lavoura?

A alta solubilidade do Cloreto de Potássio (KCl) em água faz com que ele seja altamente suscetível ao fenômeno da lixiviação. Isso porque ela faz com que os nutrientes desse fertilizante tenham uma alta mobilidade no perfil do solo, se deslocando para a camada mais profunda.

Assim, o agricultor perde parte do potássio que aplica no solo. Além disso, como disponibiliza o nutriente muito rapidamente, o Cloreto de Potássio não tem, por exemplo, efeitos residuais no solo. Isso exige que haja sempre novas aplicações antes dos ciclos produtivos.

Um problema que constantes reaplicações do Cloreto de Potássio causa no solo é o aumento da salinidade. Isso porque ele é uma das fontes de potássio com maior índice de salinidade no mercado, alcançando 116%.

O aumento da salinidade traz inúmeros problemas para a saúde do solo, comprometendo, por exemplo, a microbiota.

O uso do KCl pode, então, comprometer os microrganismos benéficos, que são importantes para manutenção da qualidade do solo e exercem funções como a disponibilização de nutrientes, incluindo o potássio, e a fixação do nitrogênio.

A salinidade do Cloreto de Potássio está relacionada com o seu alto teor de cloro. O KCl pode apresentar de 40 a 47% desse elemento em sua composição.

Além de efeitos negativos, como toxidez para as plantas e malefícios para os microrganismos, o uso intensivo de fertilizantes com altas doses de cloro pode causar um fenômeno chamado de seca fisiológica.

É o que explica Eduardo Coelho, engenheiro agrônomo e sócio-diretor da Cientia, empresa de consultoria agrícola de sucesso no Brasil. Ele chama também a atenção para o fato de que isso aumenta a compactação do solo.

Os efeitos negativos do excesso de cloro do Cloreto de Potássio podem, inclusive, gerar uma queda na produtividade da lavoura.

O excesso de cloro presente em fertilizantes como o Cloreto de Potássio pode prejudicar a lavoura

Alguns pesquisadores, como o renomado especialista em fertilidade do solo, Dr. Richard Mulvaney, chegam a questionar a eficácia do Cloreto de Potássio como fertilizante. Ele aborda o assunto no estudo “The potassium paradox: Implications for soil fertility, crop production and human health”.

A pesquisa foi conduzida juntamente com colegas pesquisadores da Universidade de Illinois do Dr. Mulvaney, Dr. Saeed Khan e o Dr. Timothy Elsworth.

O estudo concluiu que a utilização de fontes convencionais de potássio, como o Cloreto de Potássio (KCl), se mostrou ineficiente para aumentar os níveis de produção agrícola a longo prazo.

Diante disso, o agricultor pode se questionar: existem fontes alternativas de potássio para a lavoura além do Cloreto de Potássio?

Existem outros fertilizantes potássicos para a lavoura?

Entre as principais alternativas ao uso do Cloreto de Potássio (KCl), estão o Siltito Glauconítico, o Sulfato de Potássio e o Nitrato de Potássio. Assim como o Cloreto de Potássio, cada uma tem suas vantagens e desvantagens, dependendo das necessidades da lavoura.

Sulfato de Potássio

Representado pela fórmula K2SO4, sulfato de potássio é muito utilizado como como fertilizante potássico e de enxofre na agricultura.

Isso é uma das suas vantagens como fertilizante, já que ele tem uma alta concentração desses dois importantes nutrientes, com 50% de potássio sob a forma de K2O e 17% de enxofre.

Todavia, ele também tem desvantagens, como uma alta mobilidade no solo, o que aumenta a sua suscetibilidade à lixiviação. Além disso, assim como o Cloreto de Potássio, ele também tem um índice salino elevado, de 46%.

Nitrato de Potássio

Esse composto químico é obtido por meio da purificação do nitrato de sódio, quando ele é metabolizado junto a uma solução de cloreto de potássio.

Entre as vantagens do uso nitrato de potássio como fertilizante está o fato de que ele apresenta em sua composição cerca de 13% de nitrogênio e 44% de potássio, com pequenas variações. Assim, ele consegue fornecer dois nutrientes altamente relevantes para as plantas.

Todavia, ele também é muito suscetível ao problema da lixiviação. Além disso, o Brasil não produz muito nitrato de potássio, fazendo com que exista uma dependência externa desse fertilizante.

Siltito Glauconítico

Já o Siltito Glauconítico é um fertilizante rico em glauconita, um mineral que é fonte de potássio e outros nutrientes importantes para as plantas, além do silício, que também é um elemento benéfico.

Diferentemente do cloreto de potássio, ele é livre de cloro e é menos suscetível à lixiviação, além de fornecer uma disponibilização gradual dos seus nutrientes. Assim, ele ajuda a otimizar o manejo agrícola.

Quais os diferenciais do K Forte® para a lavoura?

O K Forte® é um fertilizante mineral multinutriente, que se destaca por oferecer à lavoura não somente potássio, mas também silício e outros nutrientes importantes. Além disso, ele não contém cloro e tem alto teor de glauconita, que melhora as propriedades físicas e químicas do solo. 

Outra importante vantagem do K Forte® é que ele conta com tecnologias exclusivas e inovadoras que a Verde Agritech desenvolveu ao longo de anos de estudo e em conjunto com instituições de pesquisa consolidadas.  

Graças a elas, ele tem uma disponibilização gradual dos seus nutrientes e outras propriedades que ajudam a ser uma solução de nutrição mais eficiente e completa. 

Assim, trazendo a inovação e a tecnologia para o manejo, o K Forte® ajuda no alcance de uma melhor produtividade, qualidade e rentabilidade na lavoura. 

Avalie as necessidades da sua lavoura, assim como as vantagens e desvantagens de cada fonte de potássio na hora de pensar o manejo agrícola com esse nutriente!

Agora que você já sabe as vantagens e desvantagens do Cloreto de Potássio, quer saber mais sobre os benefícios do K Forte® para a lavoura? Continue no Blog e acesse o conteúdo completo que produzimos sobre o assunto!

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