A análise de solo é muito importante para conhecer qual é o estado nutricional do solo, além de permitir que se entenda como as ações de manejo estão sendo eficientes ou não. Por isso, utilizar métodos de análise adequados é fundamental. Isso inclui a análise de solo potássica. Entenda mais sobre isso e descubra como a fazer uma análise de solo correta pode otimizar o manejo da lavoura!
A importância da análise de solo no manejo agrícola
A análise de solo é uma ferramenta fundamental para entender o estado nutricional do solo, o que por sua vez ajuda o manejo agrícola a ser mais efetivo e vantajoso para a lavoura.
Isso porque, com o conhecimento fornecido pela análise de solo, o agricultor consegue planejar de forma mais eficaz e realizar o acompanhamento adequado de ações cruciais, como é o caso da adubação.
Aqui, vale lembrar que a adubação fornece os nutrientes que as lavouras precisam para crescer e se desenvolver, produzindo mais e com mais qualidade.
E, dentre esses nutrientes, o potássio (K) destaca-se pela sua importância no crescimento saudável das plantas, desempenhando papéis fundamentais na fotossíntese, influência na qualidade das lavouras, entre muitos outros.
Assim, a realização de uma boa análise de solo, que identifique corretamente e da forma mais ampla o possível os níveis de potássio do solo, bem como a ação dos métodos de nutrição potássica utilizados, é muito importante.
Nesse contexto, o capítulo 8 do livro Improving Potassium Recommendations for Agricultural Crops, intitulado Using Soil Tests to Evaluate Plant Availability of Potassium in Soils se dedica a analisar alguns aspectos relevantes da análise de solo para medir o potássio.
Neste trabalho, os pesquisadores Michael J. Bell, Michael L. Thompson, e Philip W. Mood aprofundam a importância da análise de solo para avaliar a disponibilidade de potássio, fornecendo esclarecimentos sobre práticas e desafios na medição desse elemento essencial.
Mas, quais são os principais pontos sobre a análise de solo e a sua relação com o potássio que esse trabalho traz?
Pontos para otimizar a análise de solo e entender a sua relação com o potássio
A análise de Michael J. Bell e seus colegas pesquisadores sobre a análise de solo e o potássio pode ser divida em alguns pontos, como os abaixo:
1. Coleta e preparação de amostras de solo
A coleta correta de amostras é o primeiro passo para uma análise de solo precisa. Aqui, a estratificação vertical e a heterogeneidade espacial são fatores críticos: os níveis de potássio variam em diferentes profundidades e locais, o que pode impactar os resultados.
Após a coleta, a preparação das amostras envolve secagem e armazenamento adequados. Isso porque quando os o material para a análise de solo é mal-conservado, corre-se o risco de erros nos resultados.
Nesse caso, podem subestimar ou superestimar os níveis de potássio disponível no solo. Assim, tal cuidado é crucial para evitar leituras equivocadas e garantir uma análise de solo confiável.
2. As formas do potássio no solo
O potássio no solo pode existir em várias formas, cada uma com sua influência sobre a disponibilidade para as plantas:
- Potássio em solução: É a forma diretamente disponível para as plantas, dissolvida na solução do solo, de onde as raízes podem absorvê-lo rapidamente.
- Potássio trocável: Adsorvido nas partículas de solo, como argilas e matéria orgânica, o potássio trocável pode ser liberado para a solução do solo conforme necessário.
- Potássio não-trocável: Presente nas camadas interlamelares de minerais como mica e feldspato, este K é liberado lentamente e pode ser uma reserva de longo prazo para as plantas.
- Potássio de fertilizantes e resíduos de culturas: O K dos fertilizantes e resíduos orgânicos contribui para a nutrição das plantas, mas sua liberação depende de fatores como o clima e as propriedades do solo.
3. Como os testes de solo avaliam o potássio disponível para as plantas
Os testes normalmente utilizados nos laboratórios de análise de solo focam na medição das formas de potássio mais acessíveis às plantas: o potássio solúvel e o potássio trocável.
A extração e medição dessas formas envolvem métodos químicos, como o uso de soluções de acetato de amônio e cloreto de cálcio. Essas soluções são conhecidas como extratores, e existem variados extratores que podem ser utilizados na análise de solo potássica.
Aqui, precisão dos testes depende de quão bem o potássio extraído em laboratório representa o que estará disponível em campo, refletindo a real disponibilidade de potássio para as plantas.
4. Desafios na correlação entre testes de solo e absorção de potássio pelas plantas
A absorção de potássio pelas plantas depende de diversos fatores, o que pode dificultar a correlação direta com os testes de solo:
- Taxa de reabastecimento: Após a absorção de potássio pelas raízes, o solo precisa repor o nutriente na zona de depleção ao redor das raízes. Essa taxa varia conforme o tipo de solo e a presença de formas não-trocáveis de potássio.
- Sistema radicular e umidade do solo: A capacidade das raízes de absorver potássio é afetada pela sua distribuição e pela umidade do solo, uma vez que solos secos limitam a mobilidade do potássio.
Esses fatores tornam desafiador prever com precisão a resposta das culturas ao potássio apenas com base em análises de solo, especialmente em solos com alta variabilidade espacial ou propriedades complexas.
5. Lições aprendidas com experimentos de longo prazo
Estudos de longo prazo fornecem lições valiosas sobre o comportamento do potássio no solo ao longo dos ciclos de cultivo.
Esses estudos mostram que a eficiência do uso do potássio varia amplamente de acordo com o tipo de solo, o histórico de manejo e as condições ambientais.
Muitos solos têm capacidade de reabastecer o potássio solúvel a partir de formas não-trocáveis, o que pode permitir fertilizações menos frequentes em algumas situações. No entanto, em solos com baixa retenção de potássio, as perdas por lixiviação podem ser significativas.
Nesse sentido, inclusive, Bell e seus colegas, em outro capítulo do livro, que se correlaciona com os pontos destacados anteriormente, propõem que é preciso ampliar a visão do ciclo do potássio no solo, adequando os métodos de análise de solo utilizados nos laboratórios.
Uma visão mais ampliada do ciclo do potássio no solo (Fonte: adaptado de Bell et al., 2021)
Por isso, os pesquisadores também destacam a importância de estratégias personalizadas de fertilização.
Isso inclui, por exemplo, o uso de fertilizantes que não sejam os convencionais utilizados na agricultura e que têm características como a disponibilização gradual de potássio.
Por que utilizar soluções de nutrição otimizadas favorece o manejo?
Como mencionado, os fertilizantes com uma disponibilização gradual de nutrientes, bem como a utilização de métodos de análise de solo adequados para esse tipo de solução nutricional, podem ajudar a otimizar o manejo.
Nesse sentido, os fertilizantes que a Verde Agritech produz podem ser ferramentas que auxiliam o agricultor nisso. É o caso do KFORTE®, do BAKS®, do YBA® e o MONDÉ®, entre outros.
Para desenvolver os seus fertilizantes, a Verde Agritech levou em consideração o contexto da agricultura tropical, que tem suas características e particularidades que exigem soluções de nutrição adequadas a eles.
Assim, eles incorporam tecnologias exclusivas e inovadoras que otimizam o fator de eficiência dos seus nutrientes nesse contexto da agricultura tropical brasileira.
É graças a essas tecnologias que os fertilizantes da Verde Agritech podem ter características disso são características vantajosas. E uma delas é justamente a disponibilização gradual dos nutrientes.
Fertilizantes com disponibilização gradual trazem mais vantagens para o manejo
Vale notar que uma das vantagens disso é a geração de um efeito residual prolongado. Por sua vez, isso favorece a construção e a manutenção da fertilidade do solo. Dessa maneira, o manejo é otimizado e o investimento do agricultor é valorizado.
Os fertilizantes da Verde Agritech ainda multinutrientes, trazendo para o manejo não somente o potássio, mas também o enxofre, o nitrogênio e ainda outros nutrientes essenciais. E eles ainda são fonte de silício, um elemento benéfico para as plantas.
Com isso, o agricultor consegue realizar uma adubação mais completa e eficiente utilizando um único fertilizante, o que otimiza o manejo.
No contexto de outros nutrientes, vale notar também que a Verde Agritech desenvolveu tecnologias que otimizam a adubação com eles.
É o caso da N Keeper, que otimiza a adubação nitrogenada ao reduzir as perdas por lixiviação e volatilização do nitrogênio. E também da P.Enhancer, que favorece a adubação com fósforo no solo.
E há ainda outras, como MicroS Technology e a 3D Alliance, por exemplo, que fazem com que eles sejam soluções de manejo mais otimizadas.
Assim, com o uso de métodos de análise de solo adequados, desde os procedimentos de coleta de amostra, passando pela escolha dos extratores utilizados, até as considerações do ciclo do potássio no solo, o agricultor consegue ter um manejo mais eficaz e vantajoso.
Entender sobre e utilizar métodos de análise de solo adequados, além de fertilizantes mais vantajosos, torna o manejo mais eficaz
Em síntese, a análise de solo é uma ferramenta altamente relevante para atividade agrícola, já que ela permite obter informações que contribuem para o planejamento e a avaliação da eficiência de ações como a adubação.
Nesse sentido, é importante que ela seja feita de maneira correta, considerando tanto as práticas como a coleta de amostras quanto a consideração do comportamento de nutrientes importantes como o potássio no solo e o uso de métodos adequados.
Com isso, é possível realizar um manejo mais eficiente e vantajosos, utilizando ferramentas que se adequam melhor à realidade da lavoura. É o caso de fertilizantes que tenham disponibilização gradual de nutrientes e outras características.