Pesquisa aponta impacto do cloreto de potássio na atividade microbiana e no ciclo do nitrogênio no solo

Pesquisa aponta impacto do cloreto de potássio na atividade microbiana e no ciclo do nitrogênio no solo

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A adubação potássica é fundamental para a atividade agrícola. No entanto, o uso de determinados tipos de fertilizantes, como o cloreto de potássio (KCl), pode prejudicar aspectos como a atividade microbiana e na nutrição com o nitrogênio. É o que aponta uma pesquisa que analisou esses impactos. Saiba mais sobre isso e descubra como o agricultor pode evitar esses problemas! 

O excesso de cloro em fertilizantes como o cloreto de potássio afeta a qualidade do solo

O uso de determinados tipos de fertilizantes que são fonte de potássio na agricultura, como o cloreto de potássio (KCl), pode trazer impactos que prejudicam a atividade agrícola. É o caso da atividade microbiana e da mineralização do nitrogênio no solo.

É o que mostram os resultados de um estudo descrito no artigo Potassium chloride: impacts on soil microbial activity and nitrogen mineralization e publicado por David Gabriel Campos Pereira e outros pesquisadores.

A pesquisa surgiu da hipótese de que o excesso de cloro presente no cloreto de potássio tem um efeito biocida, o que reduz a atividade microbiana no solo, além de promover inibição da ciclagem de nitrogênio.

Para o experimento, David Gabriel Campos Pereira e seus colegas cultivaram pés de banana em áreas diferentes, aplicando variados tratamentos nutricionais.

Nesses tratamentos foram utilizadas doses crescentes de cloreto de potássio em combinação com resíduo orgânico também de banana. Além disso, foi cultivado uma área sem nenhum tipo de tratamento nutricional, para servir de controle.

Ao longo do cultivo, os cientistas avaliaram parâmetros qualitativos do solo no quarto dia do experimento e também no centésimo trigésimo dia.

Os resultados mostraram, entre outros destaques que, houve uma redução da atividade microbiana já no 4º dia do experimento, independentemente das doses de resíduos aplicadas nos tratamentos.

Já aos 130 dias de experimento, todos os tratamentos mostraram menos atividade microbiana em relação ao início do experimento. No entanto, isso foi observado em maior intensidade em doses mais elevadas de cloreto de potássio.

Interação do cloreto de potássio com a atividade microbiana, observada através da liberação de CO2

Interação do cloreto de potássio com a atividade microbiana, observada através da liberação de CO2 (Fonte: PEREIRA et al, 2019)

Além disso, houve também um efeito negativo na ciclagem do nitrogênio, promovendo a imobilização do nutriente no solo.

Impacto do uso de cloreto de potássio na ciclagem do nitrogênio

Impacto do uso de cloreto de potássio na ciclagem do nitrogênio (Fonte: PEREIRA et al, 2019)

Mas, quais são as possíveis causas e os impactos disso na atividade agrícola?

Os impactos do excesso de cloro de fertilizantes como o cloreto de potássio na agricultura

O potássio é um dos nutrientes mais requeridos pelas plantas, estando associado à qualidade agrícola, além de contribuir para o crescimento vegetal e produtividade das lavouras e muitas outras funções.

David Gabriel e seus colegas inclusive destacam essa importância do potássio na banana, cultivo utilizado no experimento que eles conduziram.

Para se ter uma ideia, o potássio é o nutriente mais requerido na fase de crescimento da banana, alcançando uma exigência de até 700 kg/ha-1 of K2O no Brasil. Nesse contexto, o uso de fertilizantes potássicos se torna fundamental na agricultura.

Todavia, um dos fertilizantes mais utilizados para isso é o cloreto de potássio, que tem uma alta concentração de cloro em sua composição, com cerca de 47%.

Em razão disso, pode haver um acúmulo de íons de cloro, que têm certo nível de toxicidade, no agroecossistema. Isso, juntamente com outros efeitos como o aumento de sais solúveis no solo, intensifica efeitos negativos como o estresse hídrico.

Em consequência, há interferências nos processos biológicos tanto das plantas quanto dos microrganismos do solo. É o que afirmam David Gabriel e seus colegas na revisão bibliográfica do seu artigo.

Os pesquisadores apontam ainda que diversos estudos apontam outros efeitos negativos, como a inibição de processos importantes, a exemplo da amonificação e nitrificação do solo. São pesquisas como:

  • Effectiveness of chloride compared to 3,4-dimethylpyrazole phosphate on nitrification inhibition in soil, de Mohammad Kazem Souri;
  • Chloride ion as nitrification inhibitor and its biocidal potential in soils, de Michele Xavier Vieira Megda e outros pesquisadores;
  • Biomass and Nutrient Content by Sugarcane as Affected by Fertilizer Nitrogen Sources, de Eduardo Mariano e outros pesquisadores.

Tais processos estão ligados ao ciclo do nitrogênio, que por sua vez é outro nutriente de alta relevância nos cultivos agrícolas, na maioria das vezes sendo o mais exigido pelas lavouras e tendo funções altamente importantes.

Vale mencionar ainda que o excesso de cloro no manejo nutricional pode trazer outros problemas, como a geração de dioxinas na cana-de-açúcar, a inibição da atividade de uma enzima ligada à qualidade do café, entre muitos outros.

Diante disso, como o agricultor pode contornar esses efeitos prejudiciais e realizar uma adubação potássica eficiente e vantajosa?

Como o agricultor pode evitar o excesso de cloro no manejo nutricional?

O estudo conduzido por David Gabriel Campos Pereira mostrou como o excesso de cloro presente em alguns fertilizantes, como o cloreto de potássio, pode trazer diversos problemas para o cultivo agrícola.

Assim, para manter a adubação potássica tão relevante para o sucesso da lavoura e evitar esses impactos, é imperativo que o agricultor recorra a outros tipos de solução nutricional que sejam livres de cloro.

É o caso do KFORTE®, do BAKS®, do YBA®, MONDÉ® e dos outros fertilizantes que a Verde Agritech produz. Eles, além de livres de cloro, trazem diversas outras vantagens para a agricultura.

Uma das vantagens dos fertilizantes da Verde Agritech é o fato de que eles são multinutrientes, fornecendo não só o potássio, mas também nutrientes essenciais para as lavouras. É o caso do nitrogênio, do magnésio, do enxofre, do boro e de outros ainda.

Além disso, eles também são fonte de silício, um elemento benéfico para as plantas. Entre as vantagens de uma nutrição rica em silício, estão a indução da resistência aos estresses abióticos, como o estresse hídrico, e dos estresses bióticos, como pragas e doenças.

Com isso, o agricultor consegue fazer uma nutrição agrícola mais completa com o uso de um único fertilizante.

Outra vantagem dos fertilizantes da Verde Agritech é que eles são pensados para o contexto da agricultura tropical, com suas especificidades e desafios. Por isso, eles contam tecnologias inovadoras e exclusivas.

Desenvolvidas em conjunto com instituições de pesquisa renomadas ao longo de mais de 15 anos de estudo, essas tecnologias fazem com que eles sejam soluções de nutrição mais eficientes e vantajosas para o manejo.

Entre as características propiciadas por isso, está a disponibilização gradual de nutrientes, que auxilia na construção e manutenção da fertilidade do solo.

Os fertilizantes com disponibilização gradual oferecem diversas vantagens para o manejo

Vale notar ainda o efeito residual duradouro no solo gerado pela disponibilização gradual, o que otimiza o manejo e valoriza o investimento do agricultor.

O fator de ser livre de cloro ainda ajuda a reduzir a suscetibilidade dos nutrientes à lixiviação. Isso porque esse elemento favorece esse processo que carrega os nutrientes para as camadas mais profundas do solo.

No contexto da nutrição com nitrogênio, a Verde Agritech ainda desenvolveu a tecnologia N Keeper. Ela reduz as perdas desse nutriente pelos fenômenos da lixiviação e volatilização, otimizando a adubação nitrogenada.

E há ainda muitas outras tecnologias que fazem os fertilizantes da Verde Agritech mais vantajosos, como a Dust Control, a MicroS Technology, a P.Enhancer, a Bio Shield, entre outras.

Assim, optando pelo uso de fertilizantes livres de cloro e com mais vantagens, o agricultor consegue realizar um manejo nutricional mais eficiente e com menos problemas, como os relacionados ao excesso desse elemento no agroecossistema.

O uso de fertilizantes livres de cloro em alternativa ao cloreto de potássio ajuda a otimizar o manejo

Em resumo, o excesso de cloro presente em fertilizantes como o cloreto de potássio pode trazer efeitos negativos no agroecossistema, como a redução da atividade microbiana e de processos de ciclagem do nitrogênio.

É o que aponta um estudo, que explica que isso é resultado das interações do cloro no solo, que têm um efeito biocida e ainda outros impactos, como o aumento do estresse hídrico.

Assim, é importante utilizar fertilizantes que sejam livres de cloro e que tragam mais vantagens para o manejo nutricional. Com isso, as lavouras podem ter mais produtividade, qualidade e rentabilidade para o agricultor.

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