O clima é um fator altamente relevante para manejo agrícola, principalmente nos anos mais recentes. Isso porque, em decorrência das variações cada vez mais extremas, provocadas em parte por causa das mudanças climáticas, ele tem se tornado imprevisível. Mas, diante de ameaças como secas e estiagens, como o agricultor pode se prevenir e mitigar os impactos do clima? Entenda mais sobre esse assunto!
O clima tem sido cada vez mais um desafio para os agricultores
O Brasil tem registrado altas temperaturas recentemente e as previsões do clima indicam que o calor continua. Nesse momento, por exemplo, a onda de calor que atinge as regiões do Brasil tem deixado as temperaturas pelo menos 5ºC acima da média.
Segundo o instituto Climatempo, as máximas devem atingir mais de 40ºC em algumas áreas do país. E isso traz impactos sérios no setor agrícola brasileiro.
Previsão do clima para os próximos dias indica clima com altas temperaturas (Fonte: Tropical Tidbits)
Um exemplo é o setor de soja em Mato Grosso, principal polo agrícola do Brasil, que enfrenta um cenário desafiador no início da temporada 2023/24 por causa do clima. As chuvas escassas e o aumento das temperaturas estão gerando apreensão entre os agricultores.
Isso levou a Associação de Produtores Aprosoja-MT a considerar a necessidade de replantar várias áreas afetadas pela seca. Tais fatores também ameaçam a produtividade nas demais regiões.
Essa conjuntura, além de provocar custos adicionais decorrentes do replantio, eleva o risco climático para a segunda safra, que segue o cultivo da soja com a plantação de milho ou algodão.
Vale lembrar que o Mato Grosso é responsável por quase 30% da produção nacional de soja, e está enfrentando, nesse contexto, um cenário desafiador.
Com a atual safra já está atrasada em comparação ao mesmo período do ano passado, os agricultores correm o risco terem ainda mais atrasos na safra, dependendo da extensão do replantio e das condições climáticas.
Em declaração à Reuteurs, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, manifestou sua preocupação com a situação atual:
“Então preocupa muito nesta fase de emergência (germinação da lavoura). Quem plantou, não está consolidado. Com temperatura alta, existe o risco de tombamento, cozinha pelo excesso de temperatura no solo. É muito preocupante a situação, extremamente adversa.” Ele ainda destacou que a necessidade de replantio precisará ser avaliada na região, mas apenas depois das chuvas, se elas ocorrerem.
Nesse contexto, as perspectivas não são muito animadoras: segundo dados da LSEG, a precipitação acumulada nos últimos sete dias ficou abaixo da média, com menos de 20 milímetros de chuva em áreas onde choveu.
Já o projeto de monitoramento climático Aproclima, da Aprosoja-MT, relata que algumas regiões do sul do estado enfrentam temperaturas superiores a 44 graus e alerta para a necessidade urgente de chuvas para evitar perdas nas lavouras.
Além disso, as altas temperaturas podem resultar em uma redução na produtividade das plantações e prejudicar o plantio do milho de segunda safra.
Fernando Cadore salientou que esse cenário gera preocupações, principalmente em relação aos custos, devido à necessidade de replantio e ao estreitamento da janela de plantio da segunda safra, o que amplia os riscos climáticos na região Centro-Oeste.
Vale notar que até a última sexta-feira, Mato Grosso havia plantado 35% da área estimada, um pouco abaixo do ritmo da safra anterior no mesmo período (41,35%), mas acima da média histórica para esse momento (28,13%), segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Com base nas últimas projeções do Imea, a área plantada em Mato Grosso está estimada em 12,22 milhões de hectares, com uma produção de 43,78 milhões de toneladas, representando uma redução de 3,39% em relação ao ano anterior, devido a produtividades menores.
Nesse âmbito, como o agricultor pode fazer para minimizar esses impactos que o clima pode trazer para a sua lavoura?
Como a adubação com a inclusão do silício pode ajudar a mitigar os impactos do clima?
Além de estar atento ao monitoramento do clima e implementar estratégias como sistemas de irrigação efetivos, uma ação que o agricultor pode tomar para mitigar os impactos do clima na sua lavoura é a realização de uma boa adubação.
Isso porque nutrientes essenciais como o potássio podem contribuir para que as plantas lidem melhor com os estresses hídricos. Já outros, a exemplo do fósforo e do boro, são atuantes na formação do sistema radicular, favorecendo a efetividade da irrigação.
Além disso, existe um elemento que pode ser a chave para o sucesso nesse sentido: o silício. Ainda que não amplamente considerado como um nutriente essencial, ele é reconhecido pela comunidade científica como um elemento benéfico.
Isso porque o silício tem um papel muito benéfico na indução das resistências das plantas contra os estresses abióticos, incluindo aqui o estresse hídrico. Os mecanismos para isso ainda são alvo de pesquisas por parte dos cientistas. De maneira geral, existem duas possibilidades para esse efeito do silício na redução do estresse hídrico:
- Uma é o fortalecimento dos tecidos vegetais, o que evita a perda de água pelo processo de transpiração realizado pelos estômatos;
- Já a outra é através da regulação dos processos bioquímicos, que ajudam as plantas a lidarem com efeitos adversos que levam ao estresse hídrico, como a salinidade.
É o que escreve a PhD em Solos e Nutrição de Plantas, Mônica Sartori de Camargo, em seu artigo Efeito do silício na tolerância das plantas aos estresses bióticos e abióticos. Aqui, vale destacar que, dependendo de como a planta interage com o silício, a ação benéfica desse elemento pode ocorrer de maneiras diferentes.
Em plantas que são acumuladoras de silício, como o arroz, o sorgo, o milho e a cana-de-açúcar, há uma acumulação desse elemento nos tecidos vegetais superiores, fortalecendo os estômatos e evitando a perda de água.
É o que notam estudos como o artigo Role of Silicon in Plant Resistance to Water Stress, da Dra. Elzbieta Sacala. Ela também destaca que o silício atua na modulação do metabolismo das plantas, alterando positivamente atividades fisiológicas, principalmente em plantas que estão em condições de estresse.
Já nas plantas que não são acumuladoras de silício, como é o caso do café, essa ação parece estar mais ligada ao acúmulo desse nutriente nas raízes.
Estudos, como o artigo Controle de Meloidogyne paranaensis em cafeeiro mediado pela aplicação de silício, da Dra. Claudia Dias-Arieira, indicam que o uso do silício trouxe um aumento 71,06% da concentração radicular desse elemento. Isso, por sua vez, fortalece as raízes das plantas, o que ajuda a planta a lidar com o estresse hídrico.
Além da adubação, com a inclusão de elementos benéficos com o silício, a tecnologia e a inovação também são grandes aliadas do agricultor na hora de lidar com as adversidades que o clima pode trazer para o manejo.
Microrganismos benéficos, tecnologia e inovação são aliados do agricultor
A tecnologia e a inovação sempre foram forças impulsionadoras do surgimento de soluções mais eficientes em diversos setores da agricultora. E isso não é diferente na agricultura. Um exemplo disso é o crescimento da valorização dos microrganismos benéficos.
Vale notar que os microrganismos são uma parte essencial do agroecossistema. E, além de serem numerosos, cerca de 97% deles trazem vantagens para o manejo agrícola. É por isso que o uso deles, seja em bioinsumos ou biofertilizantes, tem crescido cada vez mais na agricultura. Entre os diversos benefícios que os microrganismos promotores do crescimento de plantas (MPCPs) podem trazer, estão:
- A promoção de crescimento vegetal;
- O desenvolvimento do sistema radicular;
- A maior absorção e aproveitamento de água e nutrientes;
- O potencial de aumento da fixação biológica de nitrogênio (FBN);
- Melhoria da eficiência do uso de nutrientes aplicados via fertilizantes.
Um desses microrganismos é o consagrado Bacillus aryabhattai. Essa espécie de rizobactéria gram positiva, em formato de bastonete, foi isolada e identificada pela primeira vez em 2009. Desde então, diversos estudos científicos têm evidenciado a sua contribuição para o manejo agrícola.
Isso inclui a melhoria da resistência das plantas aos estresses bióticos, como pragas e doenças, e também aos estresses abióticos, como os estresses hídricos provocados por condições como a seca e altas temperaturas. Algumas das razões para esses benefícios do Bacillus aryabhattai nas plantas são:
- A rápida colonização das raízes do hospedeiro;
- A produção de compostos que favorecem a hidratação das raízes;
- A regulação da homeostase de diferentes fitormônios e enzimas;
- A produção de compostos com efeitos nematicidas e fungicidas.
Tendo isso em mente, com soluções de nutrição que incorporem tecnologias inovadoras, é possível trazer os benefícios dessas dos microrganismos e da adubação efetiva para ajudar o agricultor a lidar com esses impactos do clima.
Os fertilizantes que a Verde Agritech produz, como o KFORTE®, o BAKS® e o MONDÉ® são exemplos disso.
Uma das vantagens deles é que eles são multinutrientes. Além do potássio e de outros nutrientes essenciais para as plantas, eles são fonte também de silício. Assim, o agricultor consegue fazer um manejo mais completo, com um único fertilizante.
Além disso, a Verde Agritech desenvolveu, ao longo de anos de estudo em parceria com instituições de pesquisa consolidadas e renomadas, tecnologias exclusivas.
Graças a elas, os seus fertilizantes têm características vantajosas, como a disponibilização gradual dos nutrientes. Isso ajuda na construção e na manutenção da fertilidade do solo, além de proporcionar um efeito residual duradouro no solo, o que ajuda a valorizar o investimento do agricultor.
Outro ponto relevante nesse sentido, é que os fertilizantes da Verde Agritech são livres de cloro, o que ajuda preservar a saúde da microbiota do solo.
Vale destacar ainda que a Verde Agritech produz seus fertilizantes no Brasil, fazendo com que eles impactados por estresses logísticos e pressões externas que impactam no preço, permite que os agricultores possam comprar fertilizantes à pronta-entrega e a um bom custo-benefício.
Nesse contexto, a Verde Agritech é uma empresa de tecnologia agrícola que tem uma das maiores fábricas de fertilizantes do país.
A Verde Agritech tem a maior fábrica de fertilizantes potássicos do Brasil
Assim, o agricultor consegue nutrir a sua lavoura de forma eficiente, mesmo diante de desafios como as variações extremas do clima, as necessidades de replantio e os estresses logísticos que dificultam a pronta-entrega dos fertilizantes.
O uso de uma adubação eficiente e completa e de tecnologias inovadoras ajuda o agricultor a lidar com os desafios que o clima pode trazer
Em síntese, o clima é um fator que interfere diretamente na produção agrícola, podendo gerar dificuldades para o agriculto. Em contextos de variações climáticas extremas, como as que têm sido vistas atualmente, isso uma realidade ainda maior.
Nesse sentido, o agricultor pode se prevenir e implementar medidas para mitigar impactos como os que altas temperaturas e secas podem trazer. Isso inclui ter um bom sistema de irrigação, mas também a boa adubação da lavoura, incluindo elementos benéficos como o silício.
Além disso, os microrganismos benéficos também são aliados nesse sentido. E, nesse contexto, o uso de soluções de nutrição eficientes e que possibilitem que os microrganismos do solo possam ser incorporados no manejo são ferramentas que podem ser determinantes para o sucesso da lavoura.