Substituição Do Milho Pelo Algodão No Cultivo De Segunda Safra? Saiba Mais Sobre Isso!

Substituição do milho pelo algodão no cultivo de segunda safra? Saiba mais sobre isso!

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No dinâmico cenário agrícola de Mato Grosso, uma significativa mudança está se delineando, à medida que produtores começam a explorar a possibilidade de substituir o cultivo de milho pelo algodão. Esse movimento é impulsionado por uma série de fatores que impactam diretamente a rentabilidade das culturas. Mas, quais são esses fatores? Quais os riscos desse movimento? Entenda mais sobre isso! 

Por que agricultores estão considerando o algodão para o cultivo de segunda safra?

O cultivo de segunda safra, também conhecida como safrinha, é uma prática que traz diversas vantagens para a atividade agrícola brasileira, como por exemplo promover a rotação de culturas e beneficiar a saúde do solo, além de trazer um melhor aproveitamento das áreas de cultivo.

O milho é uma cultura amplamente utilizada nessa prática, fazendo dobradinhas com a soja, por exemplo. No entanto, alguns produtores estão considerando seriamente substituir o milho pelo algodão na segunda safra ou adotar estratégias para reduzir custos.

Essa mudança de cultura é um movimento que parece ser esperado entre grandes grupos de produtores em Mato Grosso. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de uma análise criteriosa antes de tomar tal decisão.

Essas questões, inclusive, foram debatidas no painel de abertura do XV Encontro Técnico Algodão, evento agrícola promovido pela Fundação MT, que aconteceu em Cuiabá, entre os dias 28 e 30 de agosto. O evento contou com a participação de figuras proeminentes do setor da cotonicultura no Brasil.

Mas, quais as principais razões pelas quais os agricultores estão cogitando essa mudança no cultivo de segunda safra?

Um dos principais motivos que tem levado os agricultores a considerarem o cultivo do milho na segunda safra ao invés do milho é a atual conjuntura relativa a essas duas culturas, que, vale lembrar, são altamente importantes para a atividade agrícola do Brasil.

Em relação ao cultivo de algodão, uma análise detalhada revela que os custos associados a essa cultura, principalmente em produtos fitossanitários, diminuíram notavelmente no último ano, aproximadamente 35%.

A Fundação MT destaca que essa redução nos custos operacionais totais tem favorecido os cotonicultores e coincidiu com uma relativa estabilidade nos preços de venda da commodity nos últimos seis meses. Essa combinação de fatores tem se traduzido em uma rentabilidade mais atrativa para os produtores de algodão.

Por outro lado, o milho enfrenta uma drástica queda em suas cotações, com preços caindo mais de 39% nos últimos meses. Além disso, a margem líquida para a safra 2023/24 do cereal em Mato Grosso também diminuiu, tornando-se menos atraente.

Segundo destaca a Agrinvest Commodities, consultoria agrícola que monitora de perto esse cenário com atualizações semanais, mesmo com custos menores relacionados a fertilizantes, a rentabilidade do produtor de milho tem sido comprimida.

Um fator de consideração adicional é a demanda global por algodão e como isso pode afetar a relação de troca do cotonicultor e as vendas futuras da safra. Todavia, especialistas alertam que é preciso realizar algumas ponderações antes de pensar nessa troca de cultivo na segunda safra.

Considerações importantes acerca do cultivo do algodão de segunda safra

Em entrevista ao portal AgroLink, Jefferson Souza, analista da Agroinvest, destaca que, embora o algodão apresente um desempenho superior à segunda safra de milho em termos de rentabilidade, os custos ainda são substanciais, e o mercado está sob tensão.

Por exemplo, o aumento previsto na produção brasileira exige uma análise cuidadosa do mercado consumidor. Se não houver uma resposta positiva por parte dos compradores para absorver essa maior oferta, existe o risco de queda nos preços do algodão no próximo ano.

Essa preocupação é validada pelo International Cotton Advisory Committee (ICAC), conforme relatado no último Relatório de Safra da Abrapa em agosto. O ICAC projeta um aumento de 530 mil toneladas na demanda global de algodão, estimada em 24,41 milhões de toneladas, representando um aumento de 2,2% em relação à safra atual.

No entanto, essa projeção é acompanhada por preocupações devido à inflação nos países desenvolvidos e ao baixo apetite de compra por parte dos consumidores dessas nações.

O relatório também destaca que os consumidores continuam preocupados com o futuro das economias e percebem pressões de preços elevados. Embora a inflação tenha diminuído significativamente, a população sente que os preços ainda superam os salários, especialmente nos países mais ricos.

Esse contexto complexo requer uma análise minuciosa antes de tomar decisões sobre a mudança de cultivo, que tem o potencial de impactar significativamente a indústria agrícola de Mato Grosso.

Por esses motivos, Jeferson Souza, enfatiza que a decisão de substituir o milho pela segunda safra de algodão requer uma avaliação cuidadosa. Ele aponta que os custos associados ao cultivo de algodão são aproximadamente três vezes maiores do que os custos operacionais do milho.

Além disso, a aquisição de maquinário é substancialmente mais dispendiosa, e a capacidade das algodoeiras e a logística também desempenham um papel crítico na rentabilidade. Assim, o algodão representaria um maior risco e retorno de investimento devido ao seu custo mais elevado.

Mas, independentemente do cultivo de segunda safra escolhido, é importante que o agricultor esteja atento ao bom manejo nutricional da sua lavoura. 

A adubação e os bons fertilizantes são ferramentas essenciais

O manejo nutricional é uma etapa crucial de qualquer atividade agrícola, já que é através dele que o agricultor consegue construir e manter a fertilidade do solo. E, dentro desse contexto, os fertilizantes são ferramentas essenciais.

A razão para isso é que eles são os principais meios para repor os nutrientes que as plantas retiram do solo nos seus processos de crescimento e produção.

Dessa maneira, é importante que o agricultor dê prioridade àqueles fertilizantes que, além de serem eficientes, tenham características que ajudem a melhorar a qualidade do solo e tragam vantagens para o manejo. É o caso, por exemplo, do K Forte® e do BAKS®, fertilizantes produzidos pela Verde Agritech.

Uma das características do K Forte® e do BAKS® é que eles são multinutrientes, fornecendo potássio e outros nutrientes essenciais para as plantas.

Além disso, eles também são fonte de silício, um elemento que é tido pela comunidade científica como um elemento benéfico, em razão das vantagens que ele traz para as plantas. Entre elas, estão a indução da resistência aos estresses bióticos, como pragas e doenças e também aos abióticos, como o estresse hídrico.

Isso é importante para um manejo mais completo e que ajuda as plantas a produzirem mais e com mais qualidade. Dessa maneira, o agricultor consegue nutrir a sua lavoura de forma mais ampla com um único fertilizante.

O K Forte® e o BAKS® têm ainda um diferencial que faz com que eles contribuam para um manejo nutricional mais eficiente: eles contam com tecnologias exclusivas e inovadoras, desenvolvidas pela Verde Agritech ao longo de anos de estudo, em conjunto com instituições de pesquisa renomadas.

Graças a essas tecnolgoias, os fertilizantes da Verde Agritech podem, por exemplo, disponibilizar os seus nutrientes de maneira gradual. Essa característica ajuda a construir e manter a fertilidade do solo, além de gera um efeito residual no solo.

A disponibilização gradual traz muitas vantagens para o manejo agrícola

Assim, o manejo é otimizado e o investimento do agricultor é valorizado. Vale notar ainda que o K Forte® e o BAKS® são livres de cloro, característica que favorece a saúde da microbiota do solo.

Essa parte essencial do agroecossistema tem ganhado cada vez mais importância na agricultura, inclusive com o uso de bioisumos e biofertilizantes aumentando no Brasil.

Dessa maneira, com o uso de fertilizantes eficientes e que ajudem a melhorar a saúde do solo, o cultivo de segunda safra pode ser mais produtivo e ter mais qualidade, melhorando a rentabilidade do agricultor.

Independentemente de qual será o cultivo de segunda safra, o uso de fertilizantes eficientes ajuda a garantir a rentabilidade

Em conclusão, o cultivo de segunda safra é uma prática que ajuda tanto na conservação da saúde do solo quanto no melhor aproveitamento da propriedade agrícola, já que promove a rotação de culturas e ajuda a manter a produtividade ao longo do ano.

Todavia, tendo em vista uma conjuntura complexa que pode tornar cultivo de milho de segunda safra menos vantajoso atualmente, alguns agricultores estão considerando o cultivo do algodão nesse período. Ambas as culturas são importantes para o agronegócio brasileiro e é preciso avaliar cuidadosamente qual a melhor opção para cada agricultor, para que ele consiga manter a rentabilidade do seu negócio.

Nesse sentido, independentemente do cultivo, o que ajuda a garantir isso é o bom manejo nutricional, já que a fertilidade do solo é crucial para que as lavouras sejam produtivas e tenham mais qualidade. Assim, fertilizantes que sejam eficientes e ajudem a promover a saúde do agroecossistema de maneira geral, incluindo a microbiota, são ferramentas essenciais na busca desse objetivo!

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