O manejo com silício no café pode trazer diversas vantagens para esse cultivo, que é um dos mais importantes da agricultura brasileira. Isso inclui a indução da resistência a estresses bióticos e abióticos. Mas, como o silício faz isso? Saiba mais sobre isso e entenda como o manejo com silício no café ajuda a otimizar a produtividade dessa cultura!
A importância do cultivo do café e da boa adubação para a lavoura
Entre as commodities agrícolas produzidas no Brasil, o café é uma das mais relevantes. Basta olhar para a importância do país na produção cafeeira mundial, onde o país ocupa a posição de liderança.
Na safra 2023/2024, por exemplo, o Brasil foi responsável por cerca de 34% da produção mundial de café. Em números, isso significou país 58,08 milhões de sacas de 60kg cultivadas no Brasil, de um total de 171,4 milhões de sacas produzidas mundialmente.
É o que indicam estimativas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outras instituições, como o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Para manter essa alta produtividade, além de parâmetros altamente importantes, como a qualidade da bebida do café, a boa adubação é uma prática crucial.
Através dela, o agricultor consegue fornecer para o solo, e consequentemente para o cafeeiro, os nutrientes que a planta precisa para se desenvolver e produzir adequadamente.
Entre esses nutrientes, se encontram o potássio, o nitrogênio, o potássio, o fósforo, o boro, o magnésio, o manganês, o enxofre, entre muitos outros.
Eles são considerados essenciais, já que, sem eles, há comprometimento grave do desenvolvimento vegetal e sintomas de deficiência que afetam a produtividade da lavoura de café.
Todavia, existe também o silício. Há ainda uma discussão sobre a inclusão do silício no grupo dos nutrientes essenciais para as plantas. Todavia, a comunidade científica o reconhece como um elemento benéfico.
A razão disso é que ele tem interações na fisiologia e no metabolismo das plantas, que conferem vantagens que ajudam a melhorar a produtividade e a qualidade dos cultivos agrícolas.
Mas, como o manejo com silício no café pode ajudar essa importante cultura?
O manejo com silício no café ajuda a reduzir estresses bióticos
Uma das vantagens que o manejo com silício no café pode trazer é a indução da resistência das plantas aos estresses bióticos, do qual fazem parte as pragas e doenças que afetam esse cultivo.
Ele faz isso através de mecanismos físicos e metabólicos que ajudam a impedir ou tornar mais difícil que os tecidos vegetais sejam infectados por fitopatógenos e eleva a concentração de compostos de defesa.
Vale lembrar que, ainda que o café não sendo considerado uma planta acumuladora de silício, pesquisas já verificaram a presença e acumulação desse elemento nos tecidos vegetais do café.
É o que aponta André Luís Teixeira Fernandes, juntamente com outros pesquisadores, no artigo Utilização do silício no controle de pragas e doenças do cafeeiro irrigado.
Nessa pesquisa, os resultados mostraram que as aplicações de silício n café via solo apresentaram a melhor performance aos 90 dias após aplicação para controle da ferrugem do cafeeiro.
Inclusive, um dos tratamentos do experimento que apontou uma maior produtividade do café, com 86 sacas por hectare, enquanto a testemunha produziu 39 sacas por hectare.
Já no artigo Efeito do Silício no Controle da Cercosporiose em Três Variedades de Cafeeiro, foi apontada a redução dos impactos da cercosporiose com o uso do silício no café.
Segundo Adélia A. A. Pozza e outros pesquisadores autores do estudo, a razão para isso foi o silício na superfície foliar, que promoveu o fortalecimento dos tecidos, além de uma formação de uma camada de cera e cutícula mais espessas.
Presença de silício (cor escura) entre a cutícula e a epiderme adaxial (parte inferior) das folhas de cafeeiro. (Fonte: FERNANDES et al., 2010)
Outros estudos apontam a ação metabólica e bioquímica do silício na redução dos danos causados por pragas e doenças importantes do café.
É o caso do estudo Biochemical responses of coffee resistance against Meloidogyne exigua mediated by silicon, conduzido pelo Dr. Fabrício Rodrigues e outros estudiosos.
Nesse artigo, foi verificado que o uso silício do café ajudou a reduzir as infecções de nematoides, uma das pragas mais relevantes do café, ao interagir na atividade bioquímica do cafeeiro, estimulando:
- A produção de metabólitos secundários, como lignina;
- O aumento da atividade das enzimas, como a peroxidase de fenóis (POX), a polifenoloxidase (PPO) e a fenilalanina amonialiase (PAL).
Além disso, o manejo com silício no café ajuda a amenizar outro tipo de estresse que pode prejudicar a produtividade desse cultivo.
Fazer uma adubação com silício no café ameniza impactos dos estresses abióticos
Os estresses abióticos são aqueles que podem prejudicar as plantas, mas não estão relacionados à fatores biológicos. É o caso do estresse hídrico, por exemplo.
Ele acontece quando a planta não tem disponibilidade suficiente de água, o que acaba afetando as atividades fisiológicas vegetais e pode levar a redução de produtividade e, em casos graves, até a morte das plantas.
Vale lembrar que, de acordo com dados apresentados no Fórum Café e Clima da Cooxupé em 2022, a deficiência hídrica é responsável por 56% da queda de produtividade do café.
E o silício é um elemento que pode ajudar a induzir a resistência das plantas ao estresse hídrico. Isso ao fortalecer os tecidos vegetais, ajudando a reduzir as perdas de água.
Estudos indicam que, quanto maior a disponibilidade de silício nas plantas, menor o efeito do estresse hídrico na fotossíntese e produtividade do café.
É o caso do artigo A adubação silicatada ameniza os efeitos do déficit hídrico nas trocas gasosas de cafeeiros jovens, de autoria de Rafael Vasconcelos Ribeiro e outros pesquisadores.
Já Thatiane Abrahão Pereira aponta que a aplicação de fontes de silício no café é benéfica para esse cultivo em qualquer regime hídrico, principalmente na seca.
É o que ela escreve no artigo Efeito da adubação silicatada em substituição à calagem sobre características fisiológicas de mudas de cafeeiro cultivadas em diferentes regimes hídricos.
Além disso, o uso do silício no café também ajuda a evitar impactos de outro tipo de estresse abiótico, que é o causado por baixas temperaturas.
Nesse caso, esse elemento benéfico ajuda a manter as células das plantas mais íntegras e sem rompimentos.
Dessa maneira, quando a temperatura volta a subir, a planta consegue voltar à sua atividade metabólica normal, sem grandes danos.
Pesquisas apontam essa eficácia do silício na redução de danos causados pela geada, a exemplo do artigo Silício na agricultura, da revista Pesquisa FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Assim, ao evitar esses estresses prejudicar o cafeeiro, causando inclusive perdas de lavouras inteiras em casos graves, o uso do silício no café ajuda a lavoura a ter mais produtividade.
Mas, como o agricultor pode fornecer esse elemento benéfico de maneira adequada?
Como fazer uma adubação com silício no café de maneira adequada?
Como já mencionado, a adubação é a principal maneira de fornecer os nutrientes que as plantas precisam para se desenvolver. E isso também é válido para o silício, um elemento benéfico.
Nesse contexto, os fertilizantes são a principal ferramenta para esse fornecimento de nutrientes.
Assim, para realizar um bom manejo com silício no café, é importante que o agricultor utilize fertilizantes que sejam ricos nesse elemento benéfico, além de serem eficientes.
É o caso dos fertilizantes que a Verde Agritech produz, como o KFORTE®, o BAKS® e o MONDÉ®.
E vale destacar que a empresa desenvolveu uma linha de fertilizantes premium especialmente desenvolvida para a cultura de café testada e aprovada por institutos de pesquisa e produtores renomados: o YBA Café®.
Uma das principais vantagens dos fertilizantes da Verde Agritech é que eles são multinutrientes.
Eles trazem para a adubação o potássio e outros nutrientes essenciais, além do silício. Dessa maneira, o manejo se torna mais completo com um único fertilizante.
Além dessa eficácia que favorece o manejo do silício no café, a Verde Agritech ainda desenvolveu tecnologias exclusivas e inovadoras, que trazem características vantajosas.
É o caso da disponibilização gradual dos nutrientes, que ajuda na construção da fertilidade do solo, aprimorando o manejo. E essa característica ainda reduz a suscetibilidade à lixiviação.
Os fertilizantes com disponibilização gradual oferecem diversas vantagens para o manejo
A disponibilização gradual de nutrientes ainda gera um efeito residual duradouro no solo, ajudando a construção e manutenção da fertilidade e o investimento do agricultor a ser mais valorizado.
Vale ressaltar ainda que KFORTE®, o BAKS®, MONDÉ® e o YBA Café® são livres de cloro, o que é importante para o parâmetro da qualidade tão valorizado pelo mercado de café.
E essas são apenas algumas das tecnologias que os fertilizantes da Verde Agritech trazem para um manejo que é mais completo e com mais vantagens.
Assim, com o uso de fertilizantes eficientes e vantajosos, o agricultor consegue fazer um bom manejo com silício no café e trazer as vantagens desse elemento para a lavoura de café!
O silício ajuda a otimizar a produtividade do café e sua inclusão no manejo favorece esse cultivo
Sintetizando, as plantas precisam de uma variedade de nutrientes para crescer e se desenvolver adequadamente. Além disso, existem também elementos benéficos como o silício.
O manejo com silício no café traz vantagens como a indução da resistência aos estresses bióticos, como pragas e doenças, além de estresses abióticos, como secas e geadas. Por sua vez, isso ajuda a melhorar a produtividade do café.
Assim, utilizar fertilizantes que sejam ricos em silício e forneçam esse elemento benéfico e outros nutrientes de maneira eficaz ajuda o cafeicultor a melhorar a produtividade da lavoura de café!