Quais as expectativas para o plantio e a produção de algodão em 2023?

Quais as expectativas para o plantio e a produção de algodão em 2023?

O algodão é um cultivo importante dentro do agronegócio brasileiro. Mas, quais são as perspectivas para o plantio e para a produção de algodão no Brasil? O cenário indica que, mesmo diante do aumento nos custos de produção, os agricultores brasileiros estão otimistas quanto à lucratividade do algodão, especialmente devido à melhor qualidade do produto, o que impulsiona as exportações. Saiba mais sobre esse assunto! 

Um cenário com expectativas positivas para a produção de algodão no Brasil

O cenário para o cultivo do algodão no Brasil é animador. Por exemplo, os números da última previsão da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para a safra 2022/23 mostram que o país deve alcançar 3,07 milhões de toneladas dessa importante commodity agrícola.

Isso é um pequeno aumento em relação a um relatório anterior da associação, que colocava a expectativa da produção em 2,94 milhões de toneladas. Quando comparado à safra anterior, o aumento dessa vez é expressivo: a diferença é de 19,8%, já que foram produzidas 2,55 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O aumento na oferta de algodão em relação à safra 2021/22 foi alcançado através do crescimento de 2,2% na área de cultivo e um aumento de 14,1% na produtividade.

Todavia isso não significa que o período comercial que se encerra atualmente para essa commodity não tenha seus desafios como a fraca demanda global por algodão e seus derivados. É o que relata o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, em entrevista para a Revista Valor Econômico.

Segundo ele, as principais causas para essas adversidades foram os altos níveis de inflação para os consumidores europeus e americanos, bem como às baixas margens das fábricas de fiação.

No entanto, Alexandre vê com o otimismo a previsão de aumento para a safra 2022/23, destacando que a melhoria da qualidade do algodão produzido será fundamental para a recuperação do consumo na temporada comercial 2023/24, que se iniciou em agosto.

Vale lembrar da importância do algodão como commodity agrícola brasileira: só de área plantada são 1,65 milhão de hectares e uma produtividade média de cerca de 1.827 kg por hectare.

E, considerando o consumo interno de pluma em torno de 710 mil toneladas e uma produção total superior a 3 milhões de toneladas, a exportação se torna o principal destino do produto nacional.

Nesse contexto, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking das exportações, respondendo por 20% de todo o algodão exportado no mundo. Os dados da Abrapa indicam que aproximadamente 1,68 milhão de toneladas de pluma foram exportadas na safra 2021/22, gerando uma receita de US$ 3,2 bilhões.

Alexandre Schenkel lembra ainda que grandes países importadores de algodão, como a China, têm previsão de aumento nas compras de algodão. Isso é vantajoso para o cotonicultor brasileiro, já que essas exportações compensam os custos de produção de algodão, que podem chegar a R$ 19 mil por hectare.

Nesse sentido, é essencial que a produção de algodão seja feita com boas práticas que mantenham não somente a produtividade, mas também a qualidade da cultura, para que a cotonicultura tenha rentabilidade.

Vale notar que, a produção de algodão brasileira já tem 42% do volume certificado pelo padrão Better Cotton Initiative (BCI), certificado valida as boas práticas na cadeia produtiva em 80 países. É o que airma Tiago Pereira, analista técnico da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), também em entrevista à Revista Valor Econômico.

Mas quais são os cuidados que o agricultor que cultiva algodão pode tomar para manter essa produtividade e qualidade? 

Boas práticas que ajudam no plantio e na produção de algodão

A produção de algodão é uma tarefa complexa que exige um cuidado minucioso, desde o preparo do solo até a colheita. Nesse sentido, na busca por um manejo mais eficiente, os agricultores enfrentam desafios que demandam expertise e dedicação.

Todavia, algumas boas práticas podem tornar essa produção de algodão mais produtiva e com mais qualidade:

– Preparo adequado do solo

Antes de iniciar o cultivo, é fundamental preparar o solo de forma adequada. A análise do solo para determinar suas características e necessidades é o primeiro passo. É com base nessa análise que é possível tomar decisões com o objetivo de corrigir parâmetros como o pH, fazer uma boa adubação e garantir uma estrutura favorável para o crescimento das plantas.

– Escolha da variedade adequada

A seleção da variedade de algodão é uma etapa crucial na produção. Nesse sentido, é importante levar em consideração o clima, a resistência a pragas e doenças, o ciclo de crescimento e a produtividade da planta. Aqui, a consulta agrônomos e especialistas pode ser importante para fazer a escolha mais adequada ao seu ambiente de cultivo.

– Manejo integrado da lavoura

O controle de pragas e doenças é vital para uma produção saudável. Utilizar técnicas de manejo integrado, como a rotação de culturas, fazer uso do controle biológico e de práticas de higiene na lavoura é importante para isso. Ademais, reduzir o uso de agroquímicos também é um passo importante para garantir a sustentabilidade da produção.

– Irrigação eficiente

O manejo adequado da irrigação é essencial para o desenvolvimento saudável das plantas de algodão. Assim, conhecer as necessidades hídricas da cultura e ajuste a irrigação de acordo com as condições climáticas é uma necessidade. Também é importante evitar desperdícios e assegurar o fornecimento adequado de água para otimizar o crescimento das plantas.

– Colheita e armazenamento

A colheita deve ser realizada no momento correto, levando em consideração a maturação das cápsulas de algodão. Além disso, a utilize máquinas apropriadas, como boas colheitadeiras para algodão é importante para evitar danos às fibras. Após a colheita, o ideal é armazenar o algodão em condições ideais de umidade e temperatura para preservar sua qualidade.

Além desses cuidados, uma boa adubação é crucial para que a produção de algodão seja bem-sucedida. 

A importância da adubação na produção de algodão

Assim como os seres humanos precisam de nutrientes para crescer e sobreviver, as plantas precisam de nutrientes para se desenvolver e para produzir adequadamente e com mais qualidade. Por isso, a adubação é essencial para a produção de algodão, uma vez que é ela quem fornece esses nutrientes para o solo e para as plantas.

Nesse contexto, o algodão precisa de uma variedade de nutrientes para que o seu cultivo possa ser bem-sucedido. Um deles é o potássio, que é considerado um macronutriente primário.

Na produção de algodão, o potássio pode influenciar significativamente no rendimento dos caroços, assim como no diâmetro médio e no peso dos capulhos. É o que indica o estudo Efeitos do Fósforo e Potássio no rendimento e em características agronômicas do algodoeiro herbáceo, dos pesquisadores Luiz Alberto Staut e Manoel Luiz Ferreira Athayde.

Isso graças às funções que ele exerce no metabolismo dos carboidratos, apresentando também um papel ativo no carregamento e descarregamento do floema em fotoassimilados, ou seja, dos produtos da fotossíntese.

Outros estudos mostram que o potássio, conhecido como elemento da qualidade agrícola, está ligado a um parâmetro essencial para a rentabilidade da produção de algodão, que é a qualidade da fibra.

Esse papel é compartilhado pelo enxofre, que exerce funções importantes no metabolismo e na fisiologia do algodão que ajudam a melhorar no aumento da uniformidade de comprimento da fibra e no chamado índice micronaire. É o que mostra, por exemplo, o pesquisador Görmüş Özgül em seu artigo artigo Cotton Yield Response to Sulfur as Influenced by Source and Rate in the Çukurova Region.

Já o boro tem efeitos muito positivos na produção de algodão, principalmente pela importante participação que esse micronutriente exerce na fase reprodutiva das diferentes culturas agrícolas.

Vale destaca a sua função auxiliar na germinação do grão de pólen e no crescimento do tubo polínico, duas funções que têm uma influência direta sobre o pegamento das flores e a granação das sementes. Além disso, ele também é importante para a formação do sistema radicular, que favorece a nutrição geral das plantas e o aproveitamento da irrigação.

Por fim, um elemento que não é amplamente considerado como essencial, mas que é reconhecido como benéfico para as plantas e cuja inclusão na adubação traz diversas vantagens é o silício. Entre elas essas vantagens, estão a indução da resistência aos estresses abióticos, como secas e geadas e bióticos, como pragas e doenças. Nesse sentido, vale notar que o algodão é uma cultura que é amplamente afetada por esses estresses bióticos.

O silício atua principalmente através da sua atuação no fortalecimento dos tecidos vegetais, incluindo das folhas, e também no metabolismo vegetal. Nesse contexto, estudos indicam que a associação do silício com o boro na adubação ajuda a promover a qualidade da produção de algodão ao melhorar a resistência a ruptura e diminuir o índice de fibras curtas do algodoeiro.

Tendo essa importância da adubação para a produção em mente, a necessidade de que o agricultor utilize fertilizantes que contribuam para que essa prática seja mais eficiente e vantajosa é crucial. E o BAKS®, produzido pela Verde Agritech, é um desses fertilizantes.

Uma das características que distingue o BAKS® é que ele é multinutriente, podendo ser personalizado para fornecer diferentes macro e micronutrientes que as plantas precisam. Isso inclui nutrientes como o potássio, o enxofre e o boro, além do silício, elemento benéfico. Tudo isso em um único fertilizante, o que faz com que o manejo seja mais completo e eficaz.

O BAKS® conta ainda com tecnologias exclusivas e inovadoras, desenvolvidas pela Verde Agritech ao longo de anos de estudo, em conjunto com instituições de pesquisa renomadas e consolidadas.

O BAKS® é um fertilizante multinutriente que conta com múltiplas tecnologias para melhorar o manejo

Entre as tecnologias com as quais o BAKS® conta, está a MicroS Technology. Graças a ela, o enxofre elementar, matéria-prima utilizada para fornecer o enxofre, é micronizado. Isso faz com que a partícula do enxofre elementar micronizado se torne menor, permitindo a otimização da nutrição com esse nutriente e trazendo um bom custo-benefício para o agricultor.

A Cambridge Tech, por sua vez, é uma tecnologia que altera a estrutura dos fertilizantes por meio da ativação mecânica. Assim, o potássio e os demais nutrientes que os fertilizantes da Verde Agritech fornecem podem ser disponibilizados de forma gradual para as plantas. Além da importância disso para a construção e da manutenção da fertilidade do solo e ainda gera ainda um efeito residual duradouro, o que ajuda a valorizar o investimento do agricultor.

Essas são apenas algumas das tecnologias que o BAKS® traz para o manejo, que, em conjunto com os nutrientes que ele fornece ajudam a otimizar e beneficiar o plantio e a produção de algodão!

Ainda que com desafios, a produção de algodão tem um panorama animador e é preciso investir em um bom manejo para que o cultivo seja mais rentável

Em resumo, as perspectivas para a produção de algodão no Brasil são animadoras. As estimativas mostram um aumento da produtividade da safra atual em relação à safra do ano anterior, bem como um aumento da demanda por essa commodity no cenário internacional.

Todavia, a produção de algodão também enfrenta seus desafios, como os altos custos e a necessidade de cuidados para que a lavoura tenha mais produtividade e mais qualidade, parâmetro esse que é essencial para rentabilidade da lavoura.

Nesse sentido, a adubação exerce um papel crucial, tendo em vista as diversas funções que os nutrientes exercem no desenvolvimento desse cultivo. Por isso, o agricultor deve utilizar fertilizantes mais eficazes, com melhor custo-benefício e que ajudem a melhorar a produtividade e a qualidade da produção de algodão!

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