O verão se inicia oficialmente na próxima sexta feira e a expectativa de mudanças significativas, especialmente devido à projeção de um pico de intensidade do El Niño durante o período mais quente do ano no país é destaque nas notícias agrícolas da semana.
Segundo a análise da Climatempo, a previsão aponta para um excesso de chuvas na região Sul do Brasil, enquanto os volumes mais baixos persistem no Norte do país.
Além disso, a presença do El Niño durante o verão pode influenciar o padrão de chuvas no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
De acordo com os mapas e dados da consultoria, o Centro-Oeste enfrentará um período de chuvas irregulares nos próximos três meses.
A previsão destaca que “uma menor quantidade de canais de umidade intensos e persistentes desfavorece chuvas regulares, mesmo em GO e no DF, mas nessas áreas os volumes de chuva ficam um pouco acima da média”.
Chama atenção a previsão de chuvas abaixo da média nos próximos três meses em Mato Grosso e na região oeste de Mato Grosso do Sul. A tendência para essas áreas é de chuvas condicionadas ao calor, umidade elevada e com padrão irregular.
Além disso, prevê-se temperaturas acima da média durante todo o verão, destacando o oeste de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul como regiões que devem registrar as máximas mais elevadas.
A consultoria também alerta para a possibilidade de novas ondas de calor atingindo o oeste e sul do Mato Grosso do Sul.
Mapa de previsão de chuvas para o verão 2024 (Fonte: Climatempo)
Já na região Sudeste, a previsão indica um verão mais quente e abafado em comparação com os dois últimos anos. A Climatempo mantém a previsão de pancadas de chuvas e alta umidade em toda a região.
Após um período de irregularidade nas chuvas, o mapa sugere condições para chuvas um pouco acima da média em toda a área, exceto no norte de Minas Gerais, que deve ter chuvas dentro da média.
A consultoria destaca que “menos corredores de umidade se formaram neste verão em comparação com os anteriores”, alertando para a possibilidade de sua formação entre o fim de janeiro e início de março, com impacto sobre:
- Minas Gerais;
- Espírito Santo;
- Rio de Janeiro.
Estas áreas terão um risco aumentado de problemas devido ao excesso de chuva nesse período.
Além disso, não é descartada a possibilidade de ondas de calor em áreas como centro-leste de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, com o calor intenso podendo ocorrer entre janeiro e fevereiro.
No Nordeste, a tendência é de temperaturas mais elevadas do que o normal em todos os estados, sendo que o sul do Piauí e o centro-leste da Bahia devem registrar as máximas mais altas no período.
O calor mais intenso é esperado entre janeiro e fevereiro, enquanto as chuvas continuarão abaixo da média em janeiro, com Maranhão, Piauí e Bahia enfrentando o cenário mais crítico.
Previsão de temperaturas para o verão 2024 (Fonte: Climatempo)
A consultoria ressalta que “entre fevereiro e março, a chuva aumenta em todas as áreas, especialmente no interior da Bahia. Entretanto, os volumes de chuva permanecem abaixo da média na maior parte do Maranhão e em várias regiões do Piauí”.
Estar atento às notícias agrícolas sobre o clima, para tomar decisões assertivas e implementar ações de prevenção é essencial
As notícias agrícolas para o verão podem trazer preocupação para os agricultores, já que as temperaturas elevadas, ondas de calor e instabilidade nas chuvas podem ser fatores que prejudicam o cultivo agrícola.
Por isso, é importante que o agricultor esteja atento e implemente ações de prevenção, para minimizar possíveis riscos para a sua lavoura.
Isso inclui o monitoramento do clima, bem como o auxílio de orientações técnicas especializadas, já que essas ações permitem um melhor embasamento que as decisões de planejamento do manejo da lavoura sejam mais assertivas e eficazes.
Vale destacar que medidas importantes nesse sentido são a observação das recomendações de plantio, assim como o investir em práticas de conservação do solo, implementando sistemas de irrigação eficientes, por exemplo.
Também é crucial que o agricultor pense em utilizar fertilizantes adequados, que ajudem as plantas a lidar com possíveis estresses abióticos.
Além disso, como o mercado agrícola é dinâmico e suscetível inúmeras variáveis, uma ação vantajosa é realizar a antecipação das compras de fertilizantes, de forma a reduzir possíveis transtornos na hora de fazer o manejo.
Assim, fica claro o papel de se preparar e estar atento no enfrentamento dos desafios que o clima e outros eventos possam trazer para a agricultura. Dessa menira, é possível fazer uma atividade agrícola com mais sustentabilidade e mais produtividade.