Como o El Niño afeta a cultura do café no Brasil?

Como o El Niño afeta a cultura do café no Brasil?

O café é uma das commodities agrícolas mais importantes para a agricultura do Brasil, e muitos agricultores se dedicam a produção do café de alta qualidade para atender a demanda interna e externa. No entanto, um fenômeno climático que pode ter impactos sobre a produção de café no país é o El Niño. Esse fenômeno, que ocorre de tempos em tempos, pode trazer secas prolongadas ou chuvas excessivas, o que pode provocar estresses abióticos que afetam a lavoura. Entenda mais sobre como o El Niño afeta a cultura do café no Brasil e como se prevenir de eventuais danos!

Entendendo o que é o El Niño

O fenômeno climático conhecido como El Niño caracteriza-se pelo aquecimento incomum das águas do Oceano Pacífico Equatorial. A consequência disso é a interrupção do fluxo normal das correntes marítimas, o que acaba alterando os padrões de chuva e temperatura no mundo todo.

No Brasil, o El Niño geralmente causa chuvas mais intensas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Como o clima é uma variável importante no processo de produção agrícola, o El Niño pode afetar diversos cultivos, incluindo o café.

Efeitos do El Niño no mundo

Efeitos do El Niño no clima mundial (Fonte: StoneX)

Tendo em mente esse contexto, como o El Niño pode afetar a cultura do café no Brasil e como os agricultores podem lidar com isso?

Os impactos do El Niño na cultura do café no Brasil

Historicamente, a ocorrência do El Niño tem impactos negativos na produção brasileira de café. É o que mostra o relatório El Niño: Como a ocorrência do fenômeno afetaria as commodities agrícolas, da inteligência de mercado agrícola Stone X.

De acordo com a Stone X, a última ocorrência do El Niño no Brasil foi entre 2014 e 2016, com forte intensidade entre no ano de 2015 e no início de 2016.

O fenômeno provocou seca intensa nas regiões do Espírito Santo e no extremo Sul da Bahia, que produzem o café Robusta, uma espécie café popular por causa da variedade Conilon.

A consequência foi a queda da produção brasileira para esse tipo de café de 38,2% no último período de ocorrência do El Niño. Isso significa que a produção caiu de 17 milhões de sacas na safra 2014/2015 para 10,5 milhões de sacas na safra 2016/2017.

O relatório ainda menciona as mudanças que o fenômeno provoca no clima do país, trazendo mais chuvas para o sul, o que potencialmente cobriria regiões sul do cinturão de café e um clima mais quente para parte do cinturão cafeeiro no sudeste e nordeste brasileiro.

Além disso, em razão das frentes as frias bloqueadas nas regiões ao sul do Brasil, as ondas de frio não podem ir para o sudeste. Com isso, as chances da ocorrência de temperaturas acima do normal nos cafezais em partes da região sudeste se tornam mais altas.

O documento da StoneX faz, porém, uma ressalva em relação à produção da espécie Arábica, cujo cultivo também é bastante amplo. Para esses casos, “a chegada do El Niño pode atuar de forma favorável à produção da espécie, já que o fenômeno não está associado ao atraso das chuvas no cinturão cafeeiro, como ocorreu com La Niña”, menciona o relatório.

Todavia, as ações de prevenção de danos também são importantes para que fenômenos climáticos afetem a produtividade do café no Brasil, o que inclui a adubação.

O papel da adubação na prevenção de danos causados pelo El Niño no cultivo do café

Na atividade agrícola, a adubação exerce o papel crucial de manter a fertilidade do solo. Nesse contexto, os fertilizantes são a principal ferramenta para isso, já que eles repõem os nutrientes que as plantas retiram do solo para crescer e se desenvolver.

A adubação, quando feita de forma adequada, pode inclusive ajudar a prevenir possíveis danos causados por condições climáticas adversas, como as causadas pelo El Niño. Isso acontece porque alguns dos nutrientes que são essenciais para as plantas também desempenham funções que ajudam na forma como elas lidam com estresses abióticos, como por exemplo o estresse hídrico.

O potássio é um exemplo desses nutrientes. Ao atuar na regulação de processo osmóticos que influenciam a abertura e o fechamento dos estômatos, ele se torna uma parte importante para o bom funcionamento da evapotranspiração das plantas.

Em consequência, isso ajudando as plantas a lidar de maneira melhor com estresses hídricos, além de ser importante para a boa realização da fotossíntese.

Também vale notar o caso do silício. Ainda existe um debate na comunidade científica sobre se ele deve ser considerado um nutriente essencial. No entanto, ele é tido como um elemento benéfico.

A razão para isso é que, entre outras coisas, o silício ajuda a induzir a resistência das plantas aos estresses hídricos, já que ele contribui para o fortalecimento dos tecidos vegetais, incluindo das folhas, além de atuar também no metabolismo vegetal.

A questão da lixiviação é outro ponto muito relevante na relação entre a utilização dos fertilizantes e o El Niño. Esse fenômeno ocorre quando os nutrientes são carregados para as camadas mais profundas do solo, geralmente em função do excesso de chuvas ou irrigação adequada.

Considerando que o excesso de chuvas é um risco que o El Niño pode trazer e que muitos dos fertilizantes convencionais utilizados na agricultura são mais suscetíveis a esse fenômeno, manejo nutricional da lavoura pode sofrer impactos significativos em decorrência da imprevisibilidade climática.

Assim, além de ações como acompanhar de perto a previsão do tempo, estar ciente das épocas de plantio e aplicação de fertilizantes, por exemplo, é essencial utilizar tecnologias de nutrição agrícola que ajudem a contornar esse problema. É o caso, por exemplo, dos fertilizantes da Verde Agritech, como o K Forte® e o BAKS®.

Um dos destaques dos fertilizantes da Verde Agritech é que eles multinutrientes, sendo fonte de potássio, silício e outros nutrientes importantes para a ajudarem as plantas a lidarem melhor com estresses hídricos.

Além disso, eles contam com tecnologias exclusivas e inovadoras desenvolvidas ao longo de anos de pesquisa em conjunto com instituições renomadas, que fazem com que eles disponibilizem esses nutrientes de maneira gradual e com um efeito residual duradouro.

Essas características permitem a otimização das operações de aplicação, além de reduzir as perdas por lixiviação. Assim, além de mitigar a possibilidade da lavoura ser afetada por efeitos negativos do El Niño, o investimento do agricultor é valorizado.

A disponibilização gradual ajuda a valorizar o investimento do agricultor

Vale notar também que os fertilizantes da Verde Agritech são livres de cloro, o que ajuda a preservar a microbiota do solo. Isso é importante porque os microrganismos ajudam a tornar o agroecossistema mais saudável.

Existem, inclusive, microrganismos que ajudam a induzir a resistência das plantas aos estresses abióticos, como os que podem ser causados pelo El Niño. Dessa maneira, o manejo se torna mais completo!

Estar atento ao clima, além de adotar boas práticas de manejo e adubação ajudam a prevenir danos causados pelo El Niño no café

Em resumo, o El Niño é um fenômeno climático que pode afetar seriamente a produção do café no Brasil. Assim é importante que o agricultor esteja atento ao monitoramento do clima, além de adotar medidas de manejo adequadas para se prevenir de eventuais danos causados pela falta ou excesso de água.

Entre essas ações, podemos mencionar a observação dos momentos adequados de plantio, a escolha de espécies e variedades que sejam mais resistentes aos estresses abióticos, bem como a adoção de boas práticas de adubação.

Nesse sentido, a escolha de fertilizantes que sejam eficientes e que tenham características que beneficiem tanto o solo quanto as plantas, para que os possíveis efeitos dos estresses abióticos sejam reduzidos, é essencial.

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