O processo de modernização da atividade agrícola durante o último século trouxe diversos avanços e desafios para a agricultura, especialmente com a intensificação do uso de fertilizantes. Contudo, essa nem sempre essa é a solução para maximizar a produção das culturas agrícolas, dependendo do fertilizante utilizado. Entenda como o uso do Cloreto de Potássio (KCl) é ineficiente para o aumento da produtividade das lavouras e quais são as principais alternativas para substituição desse fertilizante!
O paradoxo do potássio
O potássio é reconhecido por ser um dos macronutrientes mais exigidos pelas culturas agrícola, visto a sua ampla gama de funções que se refletem na boa produtividade e qualidade das lavouras.
Essa importância que esse macronutriente assume para agricultura somado ao fato da baixa disponibilidade de potássio nos solos brasileiros, faz com que o Brasil utilize grandes quantidades de fertilizantes potássicos nos manejos de nutrição agrícola.
Entretanto, não basta aplicar grandes volumes de potássio para obter resultados satisfatórios. Uma extensa avaliação de publicações reportando análises estatísticas mostrou que o aumento da produtividade das culturas depende da fonte de potássio utilizada.
E foi esse o tema de estudo do professor de Geologia e Ciência Agrícola da Universidade de Illinois, nos EUA, Dr. Timothy Ellsworth, que investigou o uso do Cloreto de Potássio (KCl) em diversas culturas no estudo The potassium paradox: Implications for soil fertility, crop production and human health, publicado na revista Renewable Agriculture and Food Systems
O Dr. Ellsworth e seus colegas demonstraram, através de análises do solo, como o uso intensivo de KCl como fertilizante nas plantações para suprir a demanda do solo por potássio é prejudicial e, a longo prazo, não aumenta a produtividade.
Para quantificar os resultados do uso de Cloreto de Potássio como fertilizante, foi feita uma extensa avaliação de 211 publicações reportando análises estatísticas de resultados em culturas fertilizadas com o Cloreto de Potássio.
Os impactos foram classificados sempre comparando a qualidade com outras culturas que não utilizaram o KCl. Foi analisado também o impacto do fertilizante na Capacidade de Troca de Cátions (CTC) do solo e a ciclagem de nitrogênio.
De acordo com os resultados obtidos pelos pesquisadores, além do uso do Cloreto de Potássio (KCl) como fertilizante ter sido ineficiente no aumento da produtividade em 76% dos casos analisados, ela também trouxe alguns problemas, principalmente relacionados ao alto teor de cloro presente no KCl, que é composto por 47% desse elemento.
Os pesquisadores apontaram que a toxicidade do cloro, aliado a falta de testes do solo e a capacidade de absorção de potássio da planta, resultaram na ineficiência do Cloreto de Potássio para aumentar a produtividade dos cultivos.
Em vários casos, a perda de rendimento foi intensificada pelo aumento da taxa de aplicação de KCl. Dr. Timothy e seus colegas concluem:
“As reduções de rendimento devidas à adubação com KCl podem ser explicadas pelo alto índice de sal desse fertilizante, que tem sido implicado como um fator prejudicial para a germinação e crescimento das culturas e processos microbianos. Em alguns casos, a grande quantidade aplicada tornou ganho de rendimento em perda”.
Em sua participação no podcast Regenerative Agriculture, o pesquisador e grande especialista em fertilidade do solo, Dr. Richard Mulvaney ainda destacou que o uso de fontes convencionais de potássio, como o KCl, podem inclusive diminuir o total de potássio disponível no solo.
Isso acontece porque o potássio é encontrado na natureza sob a forma do cátion K–, geralmente em camadas argilosas do solo. Essas camadas respondem à umidade, se contraindo ou se expandindo conforme os níveis de água no solo.
A ação do cloro presente nos fertilizantes potássicos convencionais, como o KCl, faz com que a umidade no solo diminua, fazendo com que as camadas de solo argilosas se contraiam, tornando o potássio indisponível para as plantas.
Além disso, o cloro tem outros efeitos negativos no solo, como a acidificação, a compactação e os danos aos microrganismos, que são importantes para a saúde do solo e das plantas.
O cloro, quando em excesso, causa problemas tanto para o solo quanto para as plantas, como a interação de antagonismo que ele estabelece com outros nutrientes.
Assim, na avaliação do Dr. Mulvaney, é preciso que o agricultor procure tecnologias de nutrição potássica sem cloro. Dessa maneira, ele evita os malefícios do cloro e potencializa os efeitos da adubação potássica, que será mais eficiente.
Fontes de potássio eficiente para substituir o cloreto de potássio
Atualmente, já é possível encontrar no mercado fertilizantes potássicos eficiente livres de cloro capazes de substituir parcialmente ou totalmente o cloreto de potássio. Eles são o K Forte® e o BAKS®, fertilizantes multinutrientes produzidos pela Verde Agritech.
Como o K Forte® e o BAKS® são livres de cloro e sódio, eles não causam problemas como a salinização, a acidificação e a compactação do solo.
Além disso, como ambos apresentam uma liberação gradual de seus nutrientes e um longo efeito residual, eles proporcionam uma boa disponibilidade de potássio e outros nutrientes no solo ao longo do ciclo das culturas.
O K Forte® é um fertilizante potássico que oferece, além do potássio, o silício e magnésio, dois nutrientes importantes para que a lavoura se desenvolva de forma mais saudável e produtiva.
Já BAKS® também é uma fonte de potássio para as plantas, que traz em sua formulação outros nutrientes chaves para alcançar a alta performance das lavouras, como o enxofre, boro, silício e manganês. Tudo isso de forma personalizada e a um custo justo e acessível para o agricultor.
Sendo assim, o uso de fontes potássicas como o K Forte® e o BAKS® é essencial para a produção de alimentos de maneira que seja rentável, mas sem perder de vista o valor nutritivo e o uso sustentável do solo!