Como a ferrugem do cafeeiro pode prejudicar a produtividade da cultura?

Como a ferrugem do cafeeiro pode prejudicar a produtividade da cultura?

A ferrugem do cafeeiro é uma doença que pode causar perdas de até 35% na produtividade desse importante cultivo da agricultura brasileira. Mas, por que essa doença pode ser tão prejudicial? Como o agricultor pode identificar os principais sintomas? Descubra isso e saiba como fazer a prevenção e o controle da ferrugem do cafeeiro, além de compreender o importante papel da adubação nesse sentido! 

O que é a ferrugem do cafeeiro e como ela prejudica a produtividade dessa cultura?

Além de fazer parte do dia a dia dos brasileiros e estar profundamente ligado com a história da agricultura brasileira, o café é uma das commodities agrícolas mais importantes atualmente, tendo grande destaque no cenário do agro nacional.

Só em 2023, o Brasil produziu 55,1 milhões de sacas de café, 8,2% em relação ao que foi produzido no ano anterior. Essa alta produtividade manteve a posição do país de na líder mundial da produção de café.

É o que apontam dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Todavia, além de fatores como o clima, existem desafios que podem ameaçar essa produtividade do café brasileiro.

É o caso da ferrugem do cafeeiro. Essa doença do café é causada pelo fungo Hemileia vastatrix e é uma das doenças mais devastadoras para a lavoura de café, impactando significativamente a produtividade.

Mas, o que exatamente a ferrugem do cafeeiro causa? Inicialmente, a doença se manifesta com o aparecimento de pequenas manchas amarelas nas folhas, que posteriormente se tornam marrons e causam a desfolha das plantas.

Folhas de café afetada pela ferrugem do cafeeiro

Folhas de café afetada pela ferrugem do cafeeiro (Fonte: José R. Vieira Júnior – Embrapa Rondônia)

Isso resulta na diminuição da capacidade de fotossíntese da planta, reduzindo significativamente a produtividade do café. Segundo Angélica Prela-Pantano e outros pesquisadores, essa redução pode ser de até 35%.

É o que eles afirmam no artigo Condições climáticas e periodo de incubação para ferrugem do cafeeiro nos anos de 2013 e 2014 na região de Campinas, SP.

Ainda nesse mesmo artigo, os pesquisadores destacam que a ferrugem do cafeeiro é favorecida por temperaturas entre 20 e 25ºC e chuvas acima de 30mm. Segundo eles, o início das ocorrências da doença é em dezembro, com pico em junho e julho.

Já a Empresa de Pesquisa Brasileira Agropecuária (Embrapa) de Rondônia, reforça que os principais agentes disseminadores da ferrugem do cafeeiro são a chuva e o vento.

Vale notar que, diante das instabilidades climáticas recentes, que são reforçadas pela intensidade de fenômenos como o El Niño, doenças como a ferrugem do cafeeiro acabam tendo condições mais propícias para o seu aparecimento.

É uma situação parecida com a da ferrugem asiática da soja, cujos casos têm aumentado recentemente devido à combinação de períodos de altas temperaturas após ocorrências de chuvas que aumentam a umidade do ambiente.

Por isso, é essencial que o cafeicultor esteja atento para fazer a prevenção e o controle da ferrugem do cafeeiro. Mas, como fazer isso?

Como fazer a prevenção e o controle da ferrugem do cafeeiro?

O primeiro passo para prevenir e controlar a ferrugem do cafeeiro é fazer um monitoramento constante da lavoura de café.

Isso é importante, já que, quanto mais cedo forem identificados sinais da doença, mais cedo as medidas de controle são iniciadas, o que ajuda a aumentar a eficácia delas e a possibilidade de que a ferrugem do cafeeiro se alastre pela lavoura.

Para esse monitoramento, Embrapa Rondônia recomenda dividir em talhões uniformes, coletando-se dez folhas por planta do terço médio.

Ao final, conta-se o número de folhas com ferrugem e aplica-se uma fórmula para calcular o percentual de incidência da doença, detalhada na figura abaixo.

Cálculo da incidência da ferrugem do cafeeiro

Cálculo da incidência da ferrugem do cafeeiro (Fonte: Embrapa Rondônia)

Além disso, é importante que o agricultor utilize variedades resistentes à ferrugem do cafeeiro e esteja atento para a adequação do espaçamento entre as plantas na hora de fazer o plantio do café, o que favorece a aeração da lavoura e minimiza a criação de condições para que o fungo se desenvolva.

Outras ações, como o manejo integrado de pragas (MIP), também são chaves para a prevenção e controle eficazes da ferrugem, minimizando as perdas econômicas. É o que destaca a Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Mas, e quando a doença é identificada no cafezal? Nesses casos, a recomendação é a aplicação de fungicidas específicos nos momentos chave do ciclo de vida do fungo.

Segundo a Embrapa Rondônia, o ideal é utilizar fungicidas à base de cobre, ditiocarbamatos e de fungicidas sistêmicos pertencentes ao grupo dos triazóis. Esses insumos de podem ser aplicados pela via foliar e também via solo.

Ainda de acordo com a identidade quando a ferrugem ainda apresenta incidência inferior a 5%, segundo a fórmula mencionada mais acima, o agricultor pode usar fungicidas protetores à base de cobre.

Já se a incidência atingir 5% ou mais, deve-se aplicar um fungicida sistêmico. Após essa ação e um período de carência, o ideal é realizar a aplicação quinzenal de um fungicida protetor, até que a incidência seja menor que 1%.

Além dessas ações, a adubação adequada também pode ser uma ação chave para prevenir e mitigar os impactos da ferrugem do cafeeiro. Mas, qual a razão disso? 

O importante papel da adubação na mitigação do impacto da ferrugem do cafeeiro

A adubação é o principal meio de fornecer nutrientes para o agroecossistema. Nutrientes estes que as plantas utilizam para crescer e produzir adequadamente e com qualidade.

No entanto, além desse papel, os nutrientes também podem ajudar as plantas a lidarem de forma melhor com estresses de naturezas diversas, como as doenças, a exemplo da ferrugem do cafeeiro.

Como visto, nesse âmbito o cobre é um nutriente importante. E pesquisas como o trabalho Fontes de cobre no controle da ferrugem do cafeeiro, conduzida por Andreane Bastos Pereira, mostram isso.

Nesse trabalho, a pesquisadora verificou que a aplicação de diferentes fontes de cobre ajudou a reduzir a severidade da ferrugem do café.

Já outros nutrientes também são conhecidos por terem uma ação que favorece o cafeeiro. É o caso do potássio. Entre suas várias funções, ele regula processos osmóticos que influenciam o funcionamento dos estômatos.

Essas estruturas estão ligadas ao processo de evapotranspiração das plantas, fazendo com que elas lidem de forma melhor com estresses hídricos. Além disso, essa ação favorece o processo de fotossíntese.

Como visto, a ferrugem do cafeeiro acaba prejudicando a fotossíntese, portanto essa ação do potássio no café pode ajudar a planta a resistir de maneira melhor aos impactos dessa doença.

Vale ressaltar ainda o papel do silício, que é considerado como um elemento benéfico para as plantas. A razão disso é que a sua inclusão na adubação traz diversas vantagens, entre elas a indução da resistência a pragas e doenças, além de estresses como as secas.

O silício ainda fortalece os tecidos vegetais, o que pode dificultar a penetração de agentes patógenos, como o caso do fungo que causa a ferrugem do cafeeiro.

Assim, o avanço da doença acaba sendo mais lento e o agricultor pode implementar medidas de controle em tempo hábil e com mais eficácia.

Tendo isso em mente, é importante que o cafeicultor opte por fertilizantes mais completos e que sejam eficazes no fornecimento dos nutrientes na adubação da lavoura. É o caso do KFORTE® e dos outros fertilizantes que a Verde Agritech produz.

Mas, porque os fertilizantes da Verde Agritech são mais vantajosos para o manejo e podem contribuir para o controle da ferrugem do cafeeiro? Em primeiro lugar, eles são multinutrientes.

Além do potássio, eles são fonte de nutrientes essenciais para o plantio de café. E eles também são ricos em silício, o que faz com que o manejo seja mais completo com um único fertilizante.

Os fertilizantes da Verde Agritech trazem ainda um diferencial para o manejo, que são as tecnologias exclusivas e inovadoras com as quais eles contam e que foram desenvolvidas ao longo de anos de estudo em conjunto com instituições renomadas.

As tecnologias exclusivas da Verde Agritech fazem com que os fertilizantes dela sejam mais vantajosos para o manejo de outras formas. Por exemplo, elas permitem que eles disponibilizem os nutrientes de forma gradual.

Isso gera um efeito residual duradouro, que ajuda na construção e manutenção da fertilidade do solo. Assim, o manejo é otimizado e o investimento do cafeicultor é valorizado.

Fertilizantes com disponibilização gradual trazem mais vantagens para o manejo

E a Verde Agritech ainda desenvolveu diversas outras tecnologias que fazem dos seus fertilizantes vantajosos para o manejo em geral, favorecendo assim a atividade agrícola.

Monitorar o cafezal e implementar medidas de prevenção e controle, que incluem uma boa adubação, é essencial para evitar os prejuízos que a ferrugem do cafeeiro causa

Em síntese, a ferrugem do cafeeiro é uma doença que pode causar perdas significativas na produtividade do café. Isso faz com que ela seja considerada uma das doenças mais importantes desse cultivo.

Assim, é crucial que o agricultor tome medidas de prevenção e controle dessa doença. Isso inclui o monitoramento constante do cafezal, o uso de variedades mais resistentes à doença, além de práticas de manejo integrado de pragas.

Além disso, a adubação adequada pode ser uma ação chave. Nesse sentido, é essencial utilizar fertilizantes mais completos e que forneçam nutrientes que ajudem o café a lidar de maneira melhor com a ferrugem do cafeeiro, evitando que a doença prejudique a lavoura.

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