Um estudo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) identificou uma espécie de cigarrinha que pode afetar o cultivo do milho. Conhecida como cigarrinha africana, a presença dessa praga agrícola no país traz preocupações para os agricultores. Entenda mais sobre esse assunto e saiba como ferramentas de prevenção e controle, a exemplo da inclusão do silício no manejo nutricional, podem ajudar a evitar que a cigarrinha africana traga prejuízos para a lavoura!
A cigarrinha africana e as preocupações que essa praga traz para o cultivo do milho
Cientistas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) realizaram uma descoberta de grande relevância para a agricultura no Paraná: a identificação de uma nova espécie de cigarrinha que afeta plantações de milho.
Denominada cigarrinha africana (Leptodelphax maculigera), essa praga se alimenta vorazmente de culturas de milho e gramíneas, representando uma ameaça significativa às lavouras.
A pesquisa revelou a presença desse inseto em agosto deste ano, nas plantações de milho situadas nos Campos Gerais e no norte do estado. Embora essa espécie já tenha sido identificada em Goiás e no Rio Grande do Sul, este é o primeiro registro oficial de sua ocorrência no Paraná.
A confirmação da presença da cigarrinha africana suscita preocupações quanto à sua disseminação em outras regiões do Brasil. Segundo explica o professor Orcial Bortolotto, coordenador da Fazenda Escola Capão da Onça (Fescon-UEPG), em entrevista ao Canal Rural, é provável que essa espécie já tenha se espalhado por todo o território nacional.
Atualmente, a cigarrinha africana é conhecida pelo seu potencial na transmissão do enfezamento fitoplasma, que é uma infecção bacteriana que afeta as plantas, e do vírus da risca, responsável pela redução na produção de grãos.
Devido ao potencial de transmissão de vírus que a cigarrinha africana carrega consigo, as perdas nas lavouras de milho podem atingir entre 20% e 30%. No entanto, ainda são necessários estudos adicionais para confirmar sua capacidade real de transmitir doenças, conforme explica o professor Orcial.
Assim, essa ameaça levanta preocupações legítimas entre os produtores, tornando ainda mais urgente a necessidade de adotar medidas de controle eficazes. Mas, que medidas o agricultor pode tomar para evitar que a cigarrinha africana possa afetar a produtividade do milho?
Estratégias de prevenção e controle da cigarrinha africana: como o silício pode ser uma ferramenta?
A descoberta da cigarrinha africana acontece em um momento no qual a safra de verão do milho está em fase inicial, o que torna fundamental que os produtores monitorem suas lavouras em busca da presença dessa praga agrícola. Nesse sentido, Orcial Bortolotto enfatiza a importância da colocação de armadilhas nas plantações para monitorar a chegada desses insetos.
Além disso, algumas estratégias de controle recomendadas incluem o estabelecimento de um calendário de plantio padronizado, a escolha de materiais híbridos resistentes ao enfezamento e a utilização de inseticidas químicos ou biológicos.
Outra ação importante que os agricultores podem implementar na lavoura que ajuda na prevenção e no controle não somente da cigarrinha africana, mas também de outras pragas que podem afetar o cultivo do milho é o manejo integrado de pragas (MIP).
Bases e pilares de um programa de manejo integrado de pragas (Fonte Gallo et al., 2002)
Dentro do MIP, existem várias ações, que vão desde o monitoramento da lavoura e estratégias de prevenção, até as que estão mais associadas ao controle das pragas quando elas atingem níveis que ameaçam a lavoura.
Nesse sentido, a adubação adequada é uma ação importante, haja visto o papel que determinados nutrientes essenciais, como o potássio e o enxofre exercem na indução da resistência das plantas aos estresses bióticos, como as pragas e também as doenças.
Todavia, além dos nutrientes essenciais é importante também mencionar o silício. Ele é um elemento benéfico que traz vantagens quando é incluído no manejo nutricional, incluindo a melhoria da resistência vegetal aos ataques de pragas.
Uma das principais razões para esse efeito benéfico é que, quando o silício passa a se acumular abaixo da camada de tecido vegetal, chamada de cutícula, ele acaba gera uma espécie de barreira física.
Por sua vez, isso pode ajudar a diminuir o ataque insetos sugadores e mastigadores, como é o caso da cigarrinha africana, já que eles acabam danificando os seus aparelhos bucais. Além disso essa barreira física ajuda a dificultar a penetração de alguns fitopatógenos, como os fungos.
Essa resistência mecânica promovida pelo silício também é capaz de diminuir ou atrasar a velocidade de danos de algumas pragas nas plantas. Assim, esses agentes patogênicos acabam se tornando mais suscetíveis à atuação de inimigos naturais, condições climáticas desfavoráveis e métodos químicos de controle.
Além da ação física, o silício também interage na fisiologia e no metabolismo das plantas. Assim, de maneira similar ao potássio e o enxofre, o silício é capaz de gerar uma resposta bioquímica mais eficiente contra o ataque de algumas pragas, como os nematoides. É o que explicam Dr. Fabrício Rodrigues e seus colegas pesquisadores, no artigo Biochemical responses of coffee resistance against Meloidogyne exigua mediated by silicon.
Diante disso, como o agricultor pode otimizar a nutrição da sua lavoura de maneira que ela inclua o silício e práticas de prevenção e controle de pragas mais adequadas?
Como otimizar o manejo nutricional da lavoura?
A adubação é uma etapa essencial do manejo agrícola, justamente pelo seu papel de fornecer para o solo, e também repor, os nutrientes que as plantas retiram dele para se desenvolverem e produzirem adequadamente. Nesse contexto, os fertilizantes são muito importantes, como os principais responsáveis por essa tarefa dentro da adubação.
Assim, é importante que o agricultor esteja atento para utiliza fertilizantes que sejam eficientes e tragam vantagens para o manejo nutricional. São fertilizantes como os que a Verde Agritech produz, como o K Forte® e o BAKS®.
Uma das características que distinguem os fertilizantes da Verde Agritech é que eles são multinurientes, fornecendo o potássio e outros nutrientes importantes para as plantas. Além disso, eles também são fonte de silício, que, como mencionado, tem um papel importante na melhoria da resistência a pragas a exemplo da cigarrinha africana.
Nesse âmbito, a Verde Agritech também produz o MONDÉ®, que é uma fonte inovadora de silício e que tem uma granulometria ultrafina, o que facilita a absorção desse elemento benéfico pelas plantas.
Outra vantagem dos fertilizantes da Verde Agritech é que eles contam com tecnologias exclusivas e inovadoras, que fazem com que eles sejam ainda mais eficientes como soluções de nutrição agrícola.
Graças a elas, por exemplo, eles conseguem disponibilizar os seus nutrientes de maneira progressiva. Isso, por sua vez, contribui para a construção e a manutenção da fertilidade do solo, valorizando o investimento do agricultor.
Fertilizantes com disponibilização gradual trazem mais vantagens para o manejo
Vale notar ainda que os fertilizantes da Verde Agritech são livres de cloro, isso otimiza o uso de bioinsumos e métodos de controle biológico na lavoura.
Assim, eles são ferramentas que podem otimizar a prevenção e o controle de pragas como a cigarrinha africana.
Pragas agrícolas são um risco para os cultivos agrícola e a adubação com silício pode ser uma ferramenta importante de prevenção e controle
Em síntese, pragas agrícolas como a cigarrinha africana são fatores que podem impactar os cultivos agrícolas e é necessário que os agricultores estejam atentos para tomar medidas de prevenção e controle delas.
Nesse sentido, existem diversas estratégias, como o estabelecimento de um calendário de plantio, o uso de variedades mais resistentes e o manejo integrado de pragas. Nesse âmbito, a adubação exerce um papel importante, já que os nutrientes podem ter funções que ajudam as plantas a lidarem com as pragas e doenças. Além dos nutrientes essenciais, o silício é um elemento benéfico que pode ajudar nesse sentido.
Dessa maneira, investir em um manejo nutricional com soluções de nutrição mais eficazes e completas, que forneçam o silício e tenham mais vantagens para o manejo, pode ser uma ferramenta essencial na tarefa de evitar que pragas como a cigarrinha africana prejudiquem a lavoura.