Qual a importância da nutrição de plantas no manejo integrado de pragas?

Qual a importância da nutrição de plantas no manejo integrado de pragas?

Dentre as diferentes estratégias que compõem o manejo integrado de pragas, a nutrição de plantas tem se destacado como uma importante medida para o controle de pragas na agricultura. Entenda qual a importância da nutrição de plantas no manejo integrado de pragas e saiba quais nutrientes são capazes de promover esse benefício! 

Como a nutrição de plantas pode colaborar para maior resistência das culturas a pragas?

Nas últimas décadas, o manejo integrado de pragas (MIP) proporcionou grandes avanços dos pontos de vista técnicos, econômicos, ecológicos e sociais para o controle de pragas de grande importância agrícola para o Brasil e outros países do mundo. 

Isso porque essa metodologia preconiza que os insetos herbívoros presentes em uma lavoura só precisam ser controlados quando forem considerados uma praga e atingirem um nível de infestação que possa comprometer a produtividade e qualidade das culturas. 

Apesar da maior parte das medidas de controle do MIP serem adotadas quando esse nível de infestação é atingido, existem diversas medidas que podem ser implementadas preventivamente para retardar ou impedir o aumento da densidade populacional das pragas no campo. 

Bases e pilares de um programa de manejo integrado de pragas

Bases e pilares de um programa de manejo integrado de pragas (Fonte Gallo et al., 2002)

Uma dessas medidas é a nutrição de plantas adequada, uma vez que muitos nutrientes e elementos benéficos são capazes de afetar o ciclo de vida das pragas e de estimular os mecanismos naturais de defesa das plantas. 

O enxofre, por exemplo, pode ser considerado um elemento com efeito desalojante, sendo capaz de estimular a maior movimentação das pragas na lavoura e gerar um contato mais rápido delas com os inseticidas aplicados ou mesmo com os inimigos naturais presentes na lavoura. 

No estudo Eficiência de inseticidas associados a enxofre no controle de Spodoptera frugiperda em milho convencional, Julio César Guerreiro e outros pesquisadores observaram que a utilização de enxofre para nutrição de plantas reduziu a presença de lagartas-do-cartucho nas plantas de milho. 

Esse nutriente também é considerado um elemento estrutural de diversos compostos orgânicos, incluindo aqueles que são produzidos pelas plantas em condições de estresse 

Dessa forma, quando esses compostos são produzidos em quantidades adequadas, a planta ganha não somente uma maior proteção antecipada contra os ataques de pragas, mas também consegue ser capaz de ativar de forma mais rápida e intensa os seus mecanismos de defesa. 

Outro nutriente que também favorece a produção de compostos de defesa da planta é o potássio. 

Estudos indicam que a nutrição de plantas com potássio é capaz de favorecer a síntese e o acúmulo de compostos fenólicos, que funcionam como inibidores de insetos. 

É o que relatam os pesquisadores D.M. Huber e D.C. Arny, no capítulo Interactions of potassium with plant disease do livro Potassium in agriculture. 

Entretanto, os benefícios do potássio para o controle de pragas vão muito além da produção de compostos de defesa. 

Como o potássio está envolvido com a resistência e a permeabilidade das membranas plasmáticas e a espessura da parede celular e da cutícula das plantas, a boa nutrição de plantas com esse macronutriente acaba propiciando a maior a tenacidade das plantas ao ataque de pragas e a diminuição da severidade e incidência dos danos causados por insetos. 

Além do potássio, também existem elementos benéfico que promovem um efeito similar para o controle de pragas.

Um deles é o silício, um elemento capaz de gerar uma barreira física nos tecidos da plantas que acaba dificultando o ataque insetos sugadores e mastigadores, como também a penetração de alguns fitopatógenos, como os fungos. 

A resistência mecânica também é capaz de diminuir ou atrasar a velocidade de danos de algumas pragas, deixando esses agentes patogênicos mais suscetíveis à atuação de inimigos naturais, condições climáticas desfavoráveis e métodos químicos de controle. 

E, assim como o potássio e o enxofre, o silício é capaz de gerar uma resposta bioquímica mais eficiente contra o ataque de algumas pragas, como os nematoides. 

É o que explicam Dr. Fabrício Rodrigues e seus colegas pesquisadores, no artigo Biochemical responses of coffee resistance against Meloidogyne exigua mediated by silicon. 

Os estudos já comprovam a eficácia da atuação do silício contra algumas das principais pragas que podem atingir as lavouras, como: 

  • Lepidóptera (mariposas e borboletas); 
  • Hemípteras (percevejos e pulgões); 
  • Coleóptera (besouros); 
  • Díptera (moscas); 
  • Acarina (ácaros). 

O silício tem seus benefícios para as plantas bem documentados e estudados pela comunidade científica. Um deles está na melhoria da resistência das plantas a pragas e doenças e estresses abióticos.

Dessa forma, podemos perceber que a nutrição de plantas adequada é capaz de proporcionar muitos benefícios para o manejo integrado de pragas. Mas, como fazer com que as plantas recebam as quantidades adequadas de cada nutriente? 

Como escolher um fertilizante que favoreça o melhor controle de pragas?

Para fazer um bom manejo da nutrição de plantas na sua lavoura e, consequentemente, desfrutar de todos os benefícios que os nutrientes e elementos benéficos podem proporcionar para o controle de pragas é preciso começar com uma boa análise do solo. 

Como o solo é um ambiente muito dinâmico, os nutrientes são encontrados associados a diferentes compostos e em diferentes formas e estados de oxidação. E para quantificá-los é preciso ter em mente qual o método mais adequado para evitar subestimar ou superestimar o estado de fertilidade do solo. 

No caso do potássio, por exemplo, é proposto que existem pelo menos mais de 10 diferentes “reservatórios” no sistema solo-planta e eles podem ser analizados utilizando diferentes tipos de metodologias 

É o que escrevem Sylvie M. Brouder e outros pesquisadores no capítulo The Potassium Cycle and Its Relationship to Recommendation Development, do livro Improving Potassium Recommendations for Agricultural Crops. 

Uma vez que for identificada a quantidade adequada de nutrientes a serem aplicadas nas culturas, o agricultor deve então buscar por fertilizantes que possuam características que proporcionem a boa nutrição de plantas da sua lavoura. 

Considerando o contexto da aplicação de nutrientes dentro do manejo integrado de pragas, é importante que o agricultor leve em consideração as interações que podem ocorrer entre os fertilizantes e os demais métodos de controle de pragas. 

A aplicação de fertilizantes com alto teor de cloro, por exemplo, pode prejudicar a eficiência dos métodos de controle biológico que utilizam microrganismos benéficos, já que o cloro é uma substância com alto poder biocida. 

Um efeito similar também pode acontecer com a aplicação recorrente de fertilizantes com elevado índice salino, uma vez que eles podem causar a salinização do solo e, consequentemente, prejudicar as populações de microrganismos benéficos e o desempenho das culturas. 

Outro aspecto a ser considerados pelo agricultor no momento da escolha dos fertilizantes é a disponibilidade de nutrientes no solo. 

Fertilizantes com alta solubilidade em água, apesar de geralmente já liberarem seu conteúdo diretamente na solução do solo, não conseguem ficar por muito tempo nas camadas mais superficiais do solo, onde as raízes se concentram.  

Com isso, eles não vão conseguir criar uma boa disponibilidade de nutrientes para as plantas e podem aumentar a suscetibilidade delas ao ataque das pragas. 

É o que acontece quando ocorre a deficiência de fósforo na cultura do algodão, que pode causar o aumento das populações da lagarta rosada (Pectinophora gossypiella). Ou quando há a deficiência de zinco na cultura do milho, o que pode causar o aumento das populações da broca do colmo (Elasmopalpus lignosellus). 

Dessa forma, para que o agricultor consiga utilizar a nutrição de plantas a seu favor ele deve buscar por fertilizantes com características que favoreçam tanto os demais métodos de controle preconizados pelo MIP quanto a disponibilidade de nutrientes no solo. 

No mercado, já é possível encontrar algumas fontes de nutrientes com essas características, como os fertilizantes produzidos pela empresa Verde Agritech. São eles: 

Esses fertilizantes além de serem importantes fontes multinutrientes para as culturas, são livres de problemas que podem prejudicar outros métodos de controle de pragas, como a acidificação, lixiviação, compactação e salinidade. 

Além disso, como eles apresentam um longo efeito residual e liberação progressiva de nutrientes no solo, os fertilizantes produzidos pela Verde Agritech acabam proporcionando uma melhor disponibilidade de nutrientes para as plantas minimizando, assim, problemas decorrentes da deficiência de nutrientes ao longo do ciclo das culturas. 

Outro diferencial dos fertilizantes multinutrientes da Verde Agritech é eles favorecem a microbiota do solo, o que ajuda ainda mais a nutrição de plantas e potencializa os demais métodos de controle preconizados pelo MIP. 

A escolha correta dos fertilizantes pode potencializar o manejo integrado de pragas

Em resumo, muitos nutrientes e elementos benéficos podem auxiliar o agricultor no controle de pragas. Isso porque eles são capazes de afetar o ciclo de vida das pragas e de estimular os mecanismos naturais de defesa das plantas. 

Entretanto, para alcançar esse benefício, o agricultor deve ter uma escolha muito criteriosa dos fertilizantes para não afetar os demais métodos de controle preconizados pelo MIP e ainda garantir uma boa disponibilidade de nutrientes para as plantas. 

Para isso, ele pode optar por utilizar os fertilizantes produzidos pela Verde Agritech, como o BAKS®, K Forte® e MONDÉ®, que possuem nutrientes que podem favorecer o melhor controle de pragas nas lavouras! 

Compartilhe esta publicação

🌱 Já segue o nosso Canal Oficial no WhatsApp?

Entre agora mesmo e receba em primeira mão as principais notícias do Agronegócio.