Nas culturas de grãos, como a soja, o milho e o feijão, o nitrogênio é especialmente importante para garantir que haja um maior rendimento de grãos e uma maior produtividade da lavoura.
Mas como fazer com que esse nutriente seja mais bem aproveitado e, em consequência, a soja, o milho e o feijão sejam mais rentáveis?
A resposta está no manejo do solo, com o uso de soluções que possam ampliar a eficiência de absorção de nitrogênio pelas plantas e reduzir a perda de nitrogênio do solo através da volatilização.
Por ser um nutriente necessário em grandes quantidades por essas culturas, frequentemente a quantidade disponível de nitrogênio no solo é insuficiente para um alto rendimento, sendo necessária a adubação nitrogenada, como observa a pesquisadora Solange França no artigo Nitrogênio disponível ao milho: Crescimento, absorção e rendimento de grãos.
Entretanto, um dos problemas desse tipo de adubação é que parte do nitrogênio se perde para a atmosfera, num processo conhecido como volatilização. O uso de fertilizantes que ajudem a reduzir a volatilização é importante para garantir que esse nutriente seja mais bem aproveitado pelas plantas.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), realizou uma pesquisa utilizando diferentes tratamentos de fertilização nitrogenada e câmaras coletoras chamadas de câmaras SALE (câmara semiaberta livre estática) para medir a quantidade de amônia volatilizada a partir do nitrogênio dos tratamentos aplicados.
Os resultados mostraram que nos tratamentos que utilizaram o K Forte®, fertilizante mineral produzido pela Verde, junto à fertilização nitrogenada, houve redução de até 27% na volatilização do nitrogênio do solo.
Assim, a utilização de soluções como o K Forte® dentro do manejo das culturas de soja e feijão, que exigem altas quantidades de nitrogênio para que tenham uma produtividade em grãos mais elevada, é uma medida importante para garantir que essas lavouras tenham mais rentabilidade.
O papel dos microrganismos:
Outro importante aspectos a se considerar no planejamento de um manejo que otimize o aproveitamento do nitrogênio é o papel dos microrganismos na fixação do nitrogênio presente no solo e fornecido através da nutrição com fertilizantes nas plantas.
Esses microrganismos, conhecidos como rizóbios, convivem em uma relação de simbiose com as plantas, alimentando-se de nutrientes fornecidos por elas.
Em troca, eles fornecem o nitrogênio para as raízes. Durante o desenvolvimento das culturas de soja e o feijão, isso acontece em uma fase chamada de nodulação. Plantas com alto teor de nodulação têm um maior rendimento de grãos e maior produtividade.
No estudo Nodulação e rendimento de soja co-infectada com Bacilus Subtilis e Bradyrhizobium Japonicum / Bradyrhizobium Elkanii, os pesquisadores Fábio Fernando de Araújo e Mariangela Hungria identificaram que plantas que conviviam com rizóbios tiveram um aumento na nodulação e no rendimento em grãos por hectare, provando a importância desses microrganimos.
Já no estudo Fixação biológica de nitrogênio em cultivares de feijão‑caupi recomendadas para o Estado de Roraima, os pesquisadores Shirlany Ribeiro de Melo e Jerri Édson Zilli identificaram benefícios semelhantes com a presença de rizóbios em culturas de feijão, ou seja, aumento da nodulação e da produtividade em grãos por hectares.
Portanto, tornar o ambiente do solo saudável para que os microrganismos fixadores de nitrogênio possam desempenhar suas funções é essencial para que a soja e o feijão sejam mais rentáveis para o produtor.
Uma das medidas importantes para isso também está no uso de soluções de manejo de solo que não sejam prejudiciais ao microbioma. Fertilizantes com alto teor de cloro, como o Cloreto de Potássio (KCl) têm alto potencial biocida, o que elimina o delicado sistema de microrganismos que ajuda as plantas a fixarem mais nitrogênio.
Isso acontece por causa dos distúrbios fisiológicos provocados pelo excesso dos íons de Cloro presentes nesses fertilizantes, como o aumento da salinidade. Esse efeito se dá quando há um acúmulo de cristais salinos no solo e tem um impacto direto nos microrganismos que compõem a microbiota do solo.
Petra Marshner e outros cientistas, no artigo Influence of salinity and water content on soil microorganisms, cita que altas taxas de salinidade afetam os microrganismos por dois meios principais: efeitos osmóticos e efeitos específicos de certos íons.
A osmose é um processo pelo qual há o deslocamento de água de um meio para outro, através de uma membrana. Com uma alta taxa de salinidade no solo, a quantidade de água concentrada nele é reduzida.
Isso desencadeia um processo chamado plasmólise. A plasmólise consiste na perda da água contida nos microrganismos, além da água contida também nas próprias plantas, para o solo em virtude da alta salinidade.
Além disso, como há menos água disponível no solo, os microrganismos não têm de onde retirar água para sobreviver e se desenvolver.
Outro fator pelo qual o excesso de íons de cloro no solo afeta os microrganismos do solo o seu alto nível de toxicidade. Assim, um bom manejo do solo é aquele que busca preservar os microrganismos através do uso de soluções que não contenham cloro.
O uso de fertilizantes que sejam livres de cloro, como é o caso do K Forte®, ajuda a preservar o microbioma do solo. Assim, há um melhor aproveitamento e maior fixação do nitrogênio pelas plantas, o que, no caso das culturas de soja e feijão se traduz em maior produtividade e rentabilidade.