A adubação com micronutrientes, como o manganês, é uma prática indispensável para manter a produtividade das lavouras. Isso porque, conforme anuncia a Lei de Liebig ou Lei dos Mínimos, o desenvolvimento de uma planta sempre será limitado pelo nutriente disponível em menor quantidade, mesmo que todos os outros elementos ou fatores estejam presentes. Conheça a seguir 5 fontes de manganês para plantas e suas diferentes vantagens e limitações!
Onde encontrar manganês para plantas
No mercado, diversas fontes de manganês se encontram a disposição do agricultor, cada uma com suas diferentes particularidades de uso e aplicação.
Esses insumos foram desenvolvidos com o intuito de suprir a crescente demanda nutricional das novas cultivares, que estão se tornando cada vez mais produtivas e entregando produtos agrícolas com qualidade cada vez mais superiores.
Plantas bem nutridas em manganês tendem a apresentar um bom desempenho no campo, uma vez que esse nutriente está envolvido com diversas funções metabólicas vitais, como:
- Síntese de proteínas, carboidratos e lipídeos;
- Funcionamento dos cloroplastos;
- Divisão e extensão celular;
- Processo de fotossíntese;
- Processo de respiração;
- Ativação enzimática;
- Fotólise da água.
Apesar do manganês ser um micronutriente e, com isso, ser requerido em pequenas quantidades pelas plantas, a adubação com esse nutriente muitas vezes é indispensável na agricultura.
Isso porque diversas condições do solo e do ambiente podem reduzir a disponibilidade desse nutriente para as plantas.
Diversos fatores afetam a disponibilidade dos micronutrientes, como o manganês, no solo.
Dentre as principais fontes de manganês para plantas utilizadas na agricultura, pode-se destacar:
1. Sulfato de manganês
O sulfato de manganês, usualmente representado pela fórmula química MnSO4.3H2O, é a fonte de manganês mais utilizada na agricultura. Posição essa que foi alcançada pela sua alta solubilidade em água e bom conteúdo de manganês, que se situa entre 26 a 28%.
Essas duas características permitem que ele corrija temporiamente os baixos teores de manganês presentes na solução do solo, o que é desejável principalmente caso as plantas já estejam apresentando sintomas de deficiência.
Entretanto, como o manganês é facilmente oxidado no solo quando fornecido através de fontes altamente solúveis em água, ele pode rapidamente ser precipitado na forma de óxidos e se tornar indisponível para as plantas.
Condição que pode ser ainda mais agravada quando os solos apresentam um baixo pH associado a uma baixa atividade microbiológica e elevados teores de cobre e zinco, por exemplo.
Todavia, o oposto também pode acontecer. Como o sulfato de manganês é muito solúvel em água, quando ele é aplicado no solo a maior parte do seu conteúdo nutricional já é disponibilizado para as plantas.
Isso faz com que a solução do solo fique temporariamente carregada com altos teores de manganês. O que, por sua vez, pode levar à inibição da absorção de outros nutrientes e levar as plantas a expressarem sintomas de toxicidade, principalmente, naquelas consideradas sensíveis ao elemento como:
- Cucurbitáceas;
- Amendoim;
- Rabanete;
- Cereais;
- Cebola;
- Ervilha;
- Feijão;
- Soja.
2. Oxissulfato de manganês
Outra fonte de manganês disponível no mercado é o oxissulfato de manganês, usualmente representado pela fórmula química MnO. MnSO4. Esse fertilizante possui uma solubilidade intermediária entre os óxidos e os sulfatos e teores de manganês que variam de 25 a 70% dependendo do insumo fabricado.
Essas características permitem uma menor limitação da disponibilidade do manganês no solo, o que pode torná-lo uma fonte mais eficiente que o sulfato de manganês em alguns casos.
Contudo, nem sempre a sua eficiência a campo consegue ser adequada, uma vez que o tamanho das suas partículas é responsável por prejudicar o seu desempenho na lavoura.
No artigo Óxidos e óxi-sulfatos como fontes de micronutrientes na construção da fertilidade de solo de cerrado, Domingos Paschoal Marcon Tezza Neto e outros pesquisadores observaram que duas fontes de micronutrientes classificadas como óxido e óxi-sulfato apresentaram uma baixa disponibilidade e baixa eficiência agronômica para manganês e boro no solo.
Os resultados desse estudo revelaram que a fontes de micronutrientes óxi-sulfato, que continha um teor de cerca de 10% de manganês, apresentou eficiência de apenas 20% na disponibilidade desse nutriente na dose de 165 kg/ha.
Além disso, mesmo na dose máxima aplicada, de 250 kg/ha, ela não alcançou os teores críticos de manganês e boro, bem como, os teores considerados “bons” no solo durante o período e nas condições do estudo.
O International Plant Nutrition Institute (IPNI) recomenda que fontes de manganês de menor solubilidade, como os óxidos e oxidossulfatos, sejam finamente moídos de modo que suas partículas sejam menores do que 0,15mm.
E isso normalmente não acontece com o oxissulfato de manganês, que também é comercializado na forma de grânulos.
3. Fertilizantes formulados
Como o manganês é um micronutriente, também é muito comum que ele seja aplicado no solo sob a forma de fertilizantes formulados, que são aqueles insumos que contêm 2 ou mais nutrientes em sua composição.
Na prática, o uso desses tipos de insumos permite reduzir os custos com as aplicações ao mesmo tempo em pode favorecer a disponibilidade de alguns nutrientes, ao potencializar algumas relações de sinergismo dependendo da sua formulação.
Entretanto, a escolha dessa fonte de manganês pode levar a problemas relacionados à segregação de nutrientes.
Como o próprio nome sugere, a segregação de nutrientes é a separação dos grânulos das diferentes fontes de nutrientes que vão compor o adubo formulado.
Esse fenômeno acontece já no transporte desses produtos, já que a movimentação faz com que as partículas de menor tamanho e maior densidade se desloquem para o fundo do bag onde eles são acomodados.
Essa tendência também se repete quando os adubos são colocados no equipamento agrícola de aplicação.
Ela pode acontecer mesmo com adubos compostos em que as diferentes fontes são aglutinadas em um único grânulo, conforme explicou o Técnico Agropecuário e graduando em Agronomia, César Ruiz.
Em sua participação no Encontro com Gigantes, ele ressaltou que se se o grânulo não for bem misturado, ele pode se partir dentro do equipamento, gerando a segregação.
Em decorrência do desbalanceamento da aplicação dos nutrientes, algumas partes da lavoura recebem muitas quantidades de um nutriente e poucas de outro, podendo acentuar problemas de deficiência e toxicidade na lavoura.
4. K Forte®
Diferentemente do sulfato de manganês, do oxissulfato de manganês e dos fertilizantes formulados, já existem no mercado duas fontes de manganês multinutrientes que não apresentam limitações relacionadas à baixa disponibilidade de nutrientes, baixa eficiência e problemas de segregação de nutrientes.
A primeira delas é o K Forte® um fertilizante multinutriente desenvolvido pela Verde Agritech que é fonte de potássio, silício, magnésio e manganês.
Graças à sua matéria-prima, o K Forte® proporciona uma liberação progressiva e um longo efeito residual dos seus nutrientes, o que favorece uma boa disponibilidade de manganês para as culturas ao longo do seu ciclo produtivo.
Além disso, ela permite que o K Forte® torne o ambiente do solo mais saudável e melhore as suas propriedades físicas e químicas, uma vez que ele é uma fonte de manganês livre de cloro e de problemas como acidificação, lixiviação, compactação e salinidade.
5. BAKS ®
De forma similar, o BAKS® também é um fertilizante multinutriente desenvolvido pela Verde Agritech que pode fornecer potássio, enxofre, boro, silício e manganês para a lavoura.
Oferecendo algumas versões diferentes que se adaptam às necessidades do agricultor, o BAKS®, além de proporcionar todos os benefícios presentes no K Forte®, pode trazer o enxofre elementar micronizado e a ulexita em sua composição.
O BAKS® usa a tecnologia exclusiva de micronização do enxofre elementar, a MicroS Technology, para garantir que esse nutriente tenha uma alta performance no campo, otimizando os benefícios dessa fonte de enxofre para a lavoura.
Já a ulexita é um mineral borato, ou seja, que contém boro em sua composição. E assim como as outras matérias-primas do BAKS®, ela pode ser utilizada como fertilizante que tem uma liberação progressiva de nutrientes.
Dessa forma, todas as matérias-primas presentes no BAKS® apresentam características que proporcionam uma maior disponibilidade dos seus nutrientes para as plantas. Tudo isso, trazendo ainda mais um benefício para o agricultor: a possibilidade de personalização.
O BAKS® é um fertilizante que pode ser personalizado para que atenda as especificidades de nutrição requeridas pelas diferentes culturas agrícolas, o que o torna uma fonte de manganês e de outros nutrientes versátil e adaptável às necessidades do agricultor.
O K Forte® e BAKS ® são importantes fontes de manganês para plantas
Concluindo, podemos perceber que apesar do sulfato de manganês, do oxissulfato de manganês e dos fertilizantes formulados serem as fontes de manganês para plantas mais utilizadas na agricultura, elas apresentam diferentes limitações que podem prejudicar o desempenho das lavouras e, consequentemente, o retorno do investimento do agricultor.
Por isso, buscar por novas fontes de manganês que não apresentem essas limitações, como o K Forte® e o BAKS®, é essencial para alcançar a alta performance das lavouras e a máxima eficiência desse nutriente no solo!