Com a crescente demanda por alimentos cada vez mais saudáveis e sustentáveis, é essencial que os produtores rurais estejam sempre buscando novas formas de otimizar o seu cultivo. Uma das formas mais eficazes de aumentar a produtividade e a qualidade dos alimentos é através da aplicação de micronutrientes via solo, como o cobre e o zinco.
A importância do cobre e do zinco no manejo nutricional da lavoura
As plantas precisam de diferentes nutrientes para crescerem e se desenvolverem. Alguns, como os macronutrientes, são requeridos em maiores quantidades.
Já aqueles requeridos em menores quantidades são conhecidos como micronutrientes. São eles: o manganês, o boro, o cobre, o zinco, o ferro, o molibdênio e o cloro.
O fato de serem menos exigidos muitas vezes faz com que os micronutrientes sejam ignorados na hora do manejo nutricional. Todavia, eles não são menos importantes para as culturas agrícolas.
Isso porque cada micronutriente exerce funções muito importantes no metabolismo e na fisiologia das plantas.
O cobre, por exemplo, é necessário para a produção de enzimas defensivas que combatem as doenças, entre outras funções. Já o zinco é importante para o desenvolvimento de raízes e flores, e a falta desse micronutriente pode causar enfraquecimento da planta e redução na produção de grãos.
Os micronutrientes exercem funções essenciais nas plantas
Aqui, vale recordar a Lei do Mínimo, proposta pelo químico Justus von Liebig. Ela diz que, ainda que todos os nutrientes essenciais estejam disponíveis e em quantidade adequada, a produtividade das lavouras é limitada se um nutriente estiver em menor disponibilidade ou em falta no solo.
É por isso que é muito importante fazer o manejo adequado dos micronutrientes no solo, fazendo a reposição através de fertilizantes quando necessário. Normalmente, isso pode ser feito através da aplicação foliar ou no solo.
Mas, então, surge a dúvida: qual é a mais efetiva? Quais são as vantagens de realizar a aplicação de cobre e zinco via solo?
Por que é vantajoso fazer a aplicação de cobre e zinco via solo?
O cobre e o zinco são micronutrientes com pouca mobilidade no solo. Isso significa que, quando aplicados na adubação por essa via, eles tendem a permanecer nele por mais tempo.
Essa é uma das principais vantagens da aplicação de cobre e zinco via solo. Isso porque, assim, o efeito residual será maior e o agricultor vai conseguir construir a fertilidade do solo com esses micronutrientes de maneira mais eficaz.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por exemplo, recomenda essa via de aplicação desses micronutrientes como a mais eficiente para diferentes culturas, como a soja e o milho.
Já o pesquisador Luiz Carlos Prezotti e seus colegas verificaram que a aplicação via solo de zinco foi efetiva na elevação dos teores de zinco nas folhas e no caule do café. É o que eles relatam no artigo Absorção de zinco pelo cafeeiro arábica em função da saturação em bases e do fator capacidade do solo.
Outra vantagem de fazer a aplicação de cobre e zinco via solo é que o agricultor pode utilizar fertilizantes multinutrientes que já contenham esses micronutrientes.
Assim, ele consegue otimizar o manejo, já que reduz a necessidade de equipamentos para fazer a aplicação por outras vias, como a foliar. Isso gera um melhor custo-benefício para o agricultor.
Mas, e quanto à aplicação foliar?
A aplicação de cobre e zinco via foliar é eficiente?
A aplicação de cobre e zinco pela via foliar costuma ser vantajosa quando os sintomas de deficiência desses micronutrientes já se manifestaram nas plantas. Isso porque ela permite uma absorção mais rápida, o que numa situação emergencial é importante.
Mas, ainda assim, ela tem várias desvantagens que podem tornar o seu uso menos eficaz. Por exemplo, nesse tipo de aplicação, a área de absorção das plantas pode ser menor. Isso faz com que muitas vezes seja preciso aplicar uma quantidade maior de fertilizante.
Por sua vez, essa quantidade maior de fertilizante aplicado pode trazer sintomas de toxidez e também a queima das folhas.
Outro fator que torna a aplicação foliar menos efetiva é que ela exige o uso de equipamentos específicos, além de um conhecimento adequado. Além disso, nessa modalidade de aplicação, há um efeito residual menor, o que faz necessário mais aplicações.
Essas desvantagens podem fazer com que a aplicação foliar de cobre e zinco tenha um custo-benefício menor para o agricultor.
Assim, para ter mais sucesso com o manejo do cobre e do zinco, é interessante que o agricultor opte pela aplicação via solo, com fertilizantes eficientes.
O manejo do cobre e do zinco com a aplicação via solo pode tornar o manejo desses micronutrientes mais vantajoso
Resumindo, é essencial que se esteja atento ao manejo dos micronutrientes como o cobre e o zinco na agricultura, já que eles desempenham funções importantes para o crescimento e produção adequada das plantas.
Nesse sentido, a aplicação de cobre e zinco via solo pode ser a opção mais interessante, já que traz mais vantagens para o manejo. Vale notar que, para tornar esse manejo ainda mais eficiente, é importante que ela seja feita com fertilizantes adequados e que tenham efeito residual dos nutrientes.
Um exemplo é o BAKS®, fertilizante multinutriente da Verde Agritech. Com tecnologias exclusivas e inovadoras, ele é capaz de fornecer não só apenas micronutrientes como o potássio e o enxofre, mas também micronutrientes como o boro, além de outros!