Fazer o uso de adubo para pastagem é uma prática importante para garantir que as plantas forrageiras cresçam saudavelmente e produzam forragem de qualidade para alimentação do rebanho. Entenda porque usar adubo para pastagem, quais os benefícios que essa prática pode trazer para a sua propriedade e quais as melhores fontes de nutrientes disponíveis no mercado!
Porque fazer adubação de pastagem?
Por muito tempo, adubação de pastagem foi uma prática negligenciada no Brasil pela falta de percepção do retorno financeiro dessa prática.
Muitas vezes, o agricultor tem dificuldade de mensurar esse retorno da adubação de pastagens, porque ela é diferente da adubação de culturas anuais como o milho, a soja, etc.
Em culturas anuais e algumas culturas perenes, o produtor aduba, produz mais, colhe mais e vende mais – tendo um lucro mais imediato e visível.
Entretanto, o mesmo não acontece com a adubação de pastagens, em que os resultados são mais indiretos e a médio e longo prazo.
Outro fator que também levou a baixa adesão do uso de adubo para pasto foi superestimação do potencial da ciclagem de nutrientes nos sistemas de produção.
Apesar de 75 a 90% dos nutrientes consumidos pelo rebanho serem excretados, até 85% desse total pode ser perdido ao final de um ano.
Isso acontece porque existem diversos fatores que podem levar a saída de nutrientes de um agroecossistema, que vão desde a exportação dos nutrientes pela retirada do produto animal (leite e carne) ao próprio processo de perdas de nutrientes no solo.
Ciclo de nutrientes minerais simplificado para ecossistema de pastagem (Fonte: Adaptado de Wilkinson, 1973)
Portanto, a falta de percepção do retorno financeiro do uso de adubo para pastagem somado a superestimação da ciclagem de nutrientes que ocorre no sistema de produção trouxe graves consequência para pecuária brasileira.
O Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), estima que a degradação do solo já afeta 80 a 100 milhões de hectares no país, o que pode chegar a corresponder mais da metade de toda a área de pastagens do Brasil.
Sendo assim, o uso da adubação e o manejo correto das pastagens se tornaram um dos principais gargalos do setor que podem potencializar a produção de gado no país.
Quando pensamos nos diferentes benefícios do uso de adubo para pastagem, podemos destacar a nutrição adequada do gado como a principal delas.
As plantas forrageiras que crescem em solos deficientes em nutrientes podem não fornecer a quantidade adequada de nutrientes para o gado. E isso pode levar a problemas de saúde e desempenho do rebanho.
Dessa forma, quando adicionamos o adubo para pastagem estamos proporcionando condições ideias para que a forrageira cresça e se desenvolva bem e para que ela, por sua vez, forneça um alimento em quantidade e qualidade para os animais.
Além disso, pastos bem nutridos permitem que o agricultor se torne menos dependente da compra de alimentos para o seu rebanho e pode inclusive, em alguns casos, aumentar a capacidade de lotação de algumas áreas da sua fazenda.
Dessa forma, podemos considerar o uso de adubo para pastagem com uma prática essencial para todo pecuarista que deseja se destacar e ter sucesso no ramo.
Conheça, a seguir, alguns fatores que devem ser considerados na hora de fazer a adubação de pastagens e quais fontes de nutrientes podem ser utilizadas.
Qual é o melhor adubo para pastagem?
Para se obter resultados satisfatórios com o uso de adubo para pastagem, o pecuarista precisa levar em consideração diversos aspectos do seu sistema de produção antes de realizar a adubação das suas áreas.
Isso inclui a análise correta dos “reservatórios” de nutrientes no solo, através da seleção da metodologia de análise do solo mais adequada, e o emprego de técnicas para a correção do solo.
É através da análise do solo que é possível entender quais as características dele, a relação dos seus teores de nutrientes e quais os principais fatores que podem estar limitando a disponibilidade dos nutrientes para as plantas.
Fatores limitantes esses que podem ir desde a presença de uma acidez elevada, que pode ser corrigida com o emprego do calcário, a presença de teores excessivo de alumínio, que pode ser reduzido com o emprego do gesso agrícola.
Para realizar o uso adequado de adubo para pastagem, também é preciso levar em consideração o efeito marcante que a sazonalidade do clima tem sobre a produção das forrageiras no país.
A sazonalidade é caracterizada pela presença de duas épocas distintas quanto ao nível de produção de forragem das pastagens. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, por exemplo, a distribuição típica anual fica restrita a dois momentos, os períodos “das águas” e “de seca”.
Conhecer esses períodos é muito importante para definir o melhor momento de aplicação do adubo para pastagem.
No artigo Adubação de pastagens: possibilidades de utilização, o autor ressalta que a adubação realizada no período de inverno, normalmente, não resulta em efeito positivo sobre a produção de forragem durante este período, uma vez que as condições climáticas impõem restrições ao crescimento do pasto.
Por sua vez, ele também destaca que a adubação realizada no término do verão e, ou, início do outono contribui para incrementar a produção de forragem no período de “seca”, minimizando a diferença de produção com o período das “águas”.
Por fim, na hora da escolha do melhor adubo para pastagem, o pecuarista deve levar em consideração as diferentes vantagens e limitações que cada um pode apresentar.
De forma geral, o melhor adubo para pastagem será aquele que conseguirá manter a melhor disponibilidade de nutrientes ao longo do ciclo da cultura, atendendo de forma satisfatória as exigências nutricionais da forragem.
Se considerarmos que a pastagem é uma cultura de ciclo longo, as fontes de nutrientes que poderão apresentar um melhor desempenho no campo serão aquelas com um maior efeito residual e uma liberação mais progressiva de nutrientes.
Isso porque essas duas características, que podem ser encontradas em fertilizantes multinutrientes produzidos pela Verde Agritech como K Forte®, conseguem mitigar os principais processos que levam a perdas de nutrientes no campo: a lixiviação e a volatilização.
Pesquisas indicam a associação do uso do K Forte®, uma fonte de potássio multinutriente, com a ureia agrícola, uma das principais fontes de nitrogênio usadas na agricultura, é capaz de reduzir as perdas por volatilização da ureia em quase 30%, por exemplo.
Outros estudos também mostram que o uso do K Forte® é capaz de proporcionar o aumento da concentração de proteína e a redução do teor de lignina em algumas espécies forrageiras, como a brachiaria, o que ajuda a tornar a planta mais nutritiva para o pastejo.
Sendo também relatado os benefícios do K Forte® para redução do acamamento das forrageiras em estudos de caso, uma vez que ele é uma importante fonte de silício para as plantas.
João Guilherme Surita, pecuarista em Ribas do Rio Pardo/MS, aplicou o K Forte® em 2020 em duas áreas de reforma de pastagem de capim-mombaça e capim piatã. O pecuarista conta que o que mais chamou a atenção no produto foi a lenta liberação do potássio, o que diminui as perdas por lixiviação e é importante em solos arenosos como o dele.
Adicionalmente, é sempre importante destacar que a adubação de pastagem por si só muitas vezes não é a única solução única para todos os problemas de relacionada a produção e a qualidade da forragem.
Outras práticas, como a rotação de culturas, a irrigação e o manejo de plantas daninhas, pragas e doenças da pastagem, também desempenham um papel importante na produção de forragem de qualidade.
Portanto, o uso de melhor adubo para pastagem deve sempre estar aliado a outras boas práticas da produção de forrageiras, para que os seus benefícios se reflitam no alto desempenho do rebanho.
Estudos de caso vem mostrando que o uso de fontes de nutrientes de liberação progressiva para pastagem pode trazer muitos benefícios
Em conclusão, adubar a pastagem é uma prática importante para melhorar a qualidade e a produção de forragem e, consequentemente o desempenho do rebanho.
Contudo, para se obter o sucesso com essa prática, é preciso entender como manejar todos os fatores que possam interferir na disponibilidade de nutrientes no solo, como também saber o que considerar na hora de escolher o melhor adubo para pastagem.
Além disso, a adubação sempre deve ser vista como uma parte importante dentro de um sistema mais amplo, e sempre deve ser aliada as demais boas práticas do manejo das pastagens!
