Buscar produtividade e lucratividade maiores é um dos principais objetivos do agricultor. Porém, nem sempre é simples encontrar meios para economizar com os custos de produção mantendo a qualidade dos alimentos. Para vencer esse desafio é preciso conhecer todas as alternativas e ferramentas que já estão disponíveis no mercado e entender que a redução de custos na agricultura vai muito além da escolha de insumos.
Para falar sobre o assunto, a Verde convidou Engenheiro de Produção e Consultor de Agricultura Orgânica e Sustentável, Alexandre César Paiva Barbosa, para o “Encontro com Gigantes – Redução de custos na agricultura: como fazer uma boa gestão do negócio”.
O evento foi promovido pela Verde, empresa que produz os fertilizantes BAKS®, K Forte® e Silício Forte, no dia 17 de junho de 2021.
Você pode conferir a conversa, mediada por Rinamara Martins, na íntegra pelo link:
A gestão integrada de custos da propriedade agrícola é uma tarefa complexa, por envolver conhecimentos que vão além do negócio em si. É preciso entender as respostas do agroecossistema sob as diferentes formas de gestão e manejo e manter um bom controle das informações.
O Engenheiro de Produção Alexandre César Paiva Barbosa apontou que é imprescindível contar com um bom sistema de gestão agrícola, seja uma planilha ou serviço, para gerenciar os diferentes custos envolvidos com:
- Adubação;
- Defensivos;
- Operações;
- Financeiros e Administrativos.
A boa gestão de informações é capaz da orientar a tomada de decisão nas diferentes etapas da gestão do empreendimento. Para isso, Alexandre César explica que o agricultor deve estar sempre atento aos novos parâmetros e métodos que vão surgindo com as novas pesquisas e tecnologias, como a análise da atividade biológica do solo.
Essas pesquisas também tem ampliado o uso de alguns microrganismos benéficos, como o caso da bactéria promotora de crescimento Azospirillum usada na cultura do milho. Novos estudos demonstraram sua eficiência em novas culturas, como café, citros, cana, eucalipto e soja.
(Fonte: Methods for Studying Biofilms in Azospirillum and Other PGPRs – Scientific Figure on ResearchGate.)
Depois de entender sobre a situação do sistema de produção através da gestão das informações e avaliar a necessidade da tomada de decisão, o agricultor deve buscar por alternativas com potencial para gerar a redução de custos ou ainda aumentar a rentabilidade do seu negócio.
O primeiro passo indicado por Alexandre César é a procurar alternativas próximas à sua propriedade. Por exemplo: além reduzir os custos do insumo com o fretamento ao utilizar fornecedores mais próximos, é possível encontrar opções interessantes, como as fontes naturais de nutrientes.
Como exemplo, ele citou o uso da farinha de cascos e chifres proveniente dos frigoríficos como fonte de nitrogênio (N). Uma das suas vantagens é ser pouco vulnerável a perdas pela lixiviação e volatilização, quando comparada aos fertilizantes convencionais, como a Ureia agrícola.
Porém, Alexandre ressalta que, para alcançar uma liberação mais rápida dos nutrientes das fontes naturais, como os resíduos da agroindústria e pó de rocha, é interessante investir em métodos como a compostagem e até mesmo aumentar a atividade biológica do solo.
A redução de custos vai muito além da escolha de insumos
Os microrganismos além de auxiliarem na liberação dos nutrientes retidos e aplicados no solo, oferecem uma série de benefícios ao solo e as plantas.
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Os microrganismos do solo são um verdadeiro exército bem
Além do método de inoculação direta dos microrganismos, os biofertilizantes podem ser uma importante ferramenta para alcançar o aumento da atividade biológica do solo:
“Ao percebermos que a atividade biológica do solo está baixa nós temos que tomar uma iniciativa. Umas das melhores ferramentas para aumentar a atividade biológica do solo com uma resposta rápida é com o com uso dos biofertilizantes. Além disso, eles têm um efeito de repelência e aumento da resistência das plantas.”
A adubação verde é um dos métodos citados por Alexandre César. Essa técnica é capaz de trazer para superfície os nutrientes de camadas mais profundas do solo e ainda promover a vida dos microrganismos no solo, por manter a rizosfera ativa e viva durante todo o ano.
Para isso, a fase de planejamento é outra etapa essencial tanto para garantir uma boa efetividade desses métodos de promoção da atividade biológica do solo, quanto para também ter um impacto direto nos custos.
Ao garantir que o solo esteja ocupado durante todo o ano agrícola e ainda avaliar a possibilidade de aplicações conjuntas dos insumos, o agricultor está garantindo uma gestão eficiente dos seus insumos e da sua propriedade. Alexandre César ainda ressaltou:
“O agricultor que adota os adubos e defensivos naturais está a um passo de garantir o certificado orgânico. Ele, além de alcançar uma maior efetividade de alguns métodos, como o controle biológico, e alimentos mais saudáveis, garante uma economia na produção e uma maior rentabilidade do produto, por sua maior valorização no mercado.”
Para entender mais sobre como reduzir custos na agricultura, confira o vídeo do Encontro com Gigantes na íntegra!
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