A agricultura pode ser a melhor alternativa na regulação e armazenamento de carbono (C) atmosférico.
Os pesquisadores Yong-Guan Zhu e R. Michael Miller, no artigo Carbon cycling by arbuscular mycorrhizal fungi in soil-plant systems, discutiram a ideia de que relações fúngicas no solo podem transformar-se de maneira que o fluxo de carbono seja rapidamente ciclado de volta para a atmosfera. O artigo foi publicado na revista Trends in Plant Science.
Trata-se das hifas vivas que fazem parte das chamadas Micorrizas Arbusculares. As hifas são filamentos de células que fazem parte de fungos. Elas atuam na digestão extracelular, reprodução e outros aspectos.
Já as Micorrizas Arbusculares são uma associação simbiótica entre fungos e raízes de plantas que auxiliam na absorção de nutrientes para a planta.
O uso de fertilizantes químicos prejudica o desenvolvimento e diversidade da microbiota no solo. No Brasil, o fertilizante mais amplamente usado é o Cloreto de Potássio (KCl), produto com alta concentração de cloro (47%) e sal que leva a morte dos microrganismos, o que inclui as Micorrizas Arbusculares.
Isso impede que o solo seja produtivo e faça a importante ciclagem de carbono, que, de acordo com os pesquisadores, é uma opção potencial para mitigar as mudanças climáticas globais. Você pode ler mais sobre a atuação do KCl aqui.
Os autores afirmam que a quantidade de carbono orgânico no solo é um regulador crucial de fluxos de Carbono entre a biosfera e atmosfera.
A quantidade e tamanho da biomassa microbiana regula a acumulação de carbono via mineralização e imobilização de resíduos vegetais e microbianos do solo. Ou seja, quanto maior diversidade microbiana, maior é a atividade referente ao carbono.
Zhu e Miller também indicaram que a quantidade exata de ciclagem depende de práticas de manuseio da terra, fatores edáficos, clima e quantidade e qualidade de insumos vegetais e microbianos
Outro fator é que as Micorrizas Arbusculares participam da regulação da fotossíntese, sendo que a quantidade de fungos no sistema radicular é ligada ao ganho de carbono pelo hóspede. Tais efeitos podem melhorar o sequestro de carbono, especialmente em ambientes com nutrientes limitados.
Os pesquisadores afirmam:
“É aceito que as MA recebem todo o seu carboidrato da planta e que a associação de MA com raízes pode criar uma demanda por carboidratos (aumentando a força de escoamento), o que poderia resultar em um dreno de carbono de 4 a 20% da planta hospedeira e influenciar indiretamente o armazenamento de carbono nos solos”.
O incentivo à diversidade microbiana é essencial em qualquer cultivo. Os microrganismos não participam apenas na ciclagem de carbono, como também no combate a doenças e patógenos e disponibilização de nutrientes.
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