No mercado, podem ser encontradas diversas fontes de manganês para as plantas. Uma delas é o sulfato de manganês. Mas, ele é uma boa fonte de manganês para o manejo agrícola? Saiba mais sobre o sulfato de manganês, entenda as suas vantagens, suas limitações e qual a sua importância para a agricultura!
Para que serve sulfato de manganês?
O sulfato de manganês, usualmente representado pela fórmula química MnSO4.3H2O, é um composto inorgânico com cerca de 30% de manganês.
Ele é muito utilizado na agricultura como uma fonte de manganês para as plantas, um micronutriente indispensável para a produção e qualidade de diferentes culturas agrícolas.
A importância do manganês para as plantas se deve principalmente à sua participação no processo de fotossíntese, na ativação e modulação da atividade de várias enzimas, além da participação na produção de diversos compostos vegetais, dentre outras funções.
O sulfato de manganês pode ser fabricado tanto a partir da reação química do minério de dióxido de manganês (MnO2) com gases contendo dióxido de enxofre (SO2), como também através do processamento de minérios de manganês.
Processo de obtenção do sulfato de manganês a partir de minérios de manganês com subproduto (matéria-prima para fertilizantes). (Fonte: FERREIRA, 2004)
Ao final do processo de produção do sulfato de manganês, é obtido um pó fino branco levemente rosado altamente solúvel em água, que pode ser usado na alimentação animal, em suplementos vitamínico-minerais e para adubação de plantas.
É o que destacam os autores Júlio Carlos Afonso e Renan Azevedo da Rocha, no capítulo Manganês do livro Química nova na escola.
A alta solubilidade em água do sulfato de manganês permite que ele corrija temporiamente os baixos teores de manganês presentes na solução do solo. Situação essa que é desejada principalmente nos casos em que as plantas já estão apresentando os sintomas de deficiência de manganês.
Entretanto, quando esse micronutriente é fornecido através de fontes altamente solúveis em água, como o sulfato de manganês, ele pode ser facilmente oxidado no solo. Isso pode fazer com que o manganês seja rapidamente precipitado na forma de óxidos e se torne indisponível para as plantas.
Tal situação pode ser ainda mais agravada caso as condições de pH, umidade, aeração e atividade microbiológica do solo não estejam adequadas.
Todavia, o oposto também pode acontecer. Como o sulfato de manganês é muito solúvel em água, quando ele é aplicado no solo, a maior parte do seu conteúdo nutricional já é disponibilizado para as plantas.
Isso faz com que a solução do solo fique temporariamente carregada com altos teores de manganês.
O que, por sua vez, pode ocasionar a inibição da absorção de outros nutrientes e levar as plantas a expressarem sintomas de toxicidade, principalmente, naquelas consideradas sensíveis ao elemento como:
Dessa forma, é preciso buscar por fontes alternativas de manganês que sejam capazes de oferecer esse nutriente de forma mais equilibrada para as plantas.
A escolha de fontes de manganês para as plantas
Quando pensamos em uma nutrição adequada e eficiente das culturas, um dos principais conceitos a serem considerados pelo agricultor no momento da escolha de fontes de manganês é a disponibilidade de nutrientes.
Segundo o professor Ríbamar Silva, da Universidade Federal do Acre, existe uma interdependência entre a liberação de nutrientes na solução do solo e a capacidade desse mesmo nutriente permanecer na região da rizosfera da planta para ser utilizado.
Por isso, o que se busca em um fertilizante é a disponibilidade de nutrientes e não a solubilidade em água. É o que destaca o renomado professor William Albrecht, no artigo Insoluble yet available.
É importante entender que existe uma grande diferença entre a solubilidade de fertilizantes e a disponibilidade de nutrientes na hora de escolher os fertilizantes mais adequados para a lavoura.
Dentre as diferentes fontes de manganês disponíveis no mercado, os fertilizantes que mais se adequarão a esses requisitos são aqueles de liberação progressiva e com longo efeito residual de nutrientes, como o BAKS® e o K Forte®.
Enquanto a liberação progressiva dos nutrientes vai permitir um melhor ajuste entre a liberação dos nutrientes pelo fertilizante e as necessidades das plantas ao longo do seu ciclo, o longo efeito residual irá proporcionar o prolongamento de todos os benefícios do fertilizante no longo prazo.
Características essas que também favorecem a redução das perdas de nutrientes por processos como a lixiviação e a volatilização, que podem fazer com que a adubação não seja feita da maneira mais eficaz e aumentar os custos do agricultor.
Assim, a presença dessas duas características nos fertilizantes irá favorecer a nutrição das plantas, ao mesmo tempo em que proporcionará a construção e manutenção da fertilidade do solo.
É preciso ter critério na hora de escolher a fonte de manganês mais adequada para as plantas
Em síntese, podemos perceber que o sulfato de manganês apresenta diferentes vantagens e limitações como fonte de nutrientes para as plantas. E que, apesar de ser indicado para correção temporária dos sintomas de deficiência de manganês em plantas, as suas limitações fazem com que seja recomendado buscar por outros fertilizantes disponíveis no mercado.
Para escolher a fonte de manganês mais adequada para as plantas, é preciso que o agricultor seja muito criterioso na sua escolha e sempre dê preferência para aqueles fertilizantes que disponibilizam os nutrientes por um período maior de tempo e atuam na construção e manutenção da fertilidade do solo.
Requisitos esses que podem ser cumpridos com o uso de fertilizantes multinutrientes com liberação progressiva de nutrientes e com longo efeito residual!
