A produção de milho é fundamental para o setor agrícola mundial, sendo utilizado tanto para alimentação humana quanto animal. No entanto, para obter uma boa colheita, é necessário garantir que as plantas tenham todos os nutrientes necessários. Um dos principais fatores para isso é a escolha correta do fertilizante. Mas, com tantas opções disponíveis, como o agricultor pode escolher o melhor fertilizante para milho?
Quais são as necessidades nutricionais do milho?
A cultura do milho é altamente relevante para a agricultura brasileira. Além da sua importância na alimentação tanto das pessoas quanto animal, ela é uma das maiores culturas agrícolas do país: em 2022, o Brasil foi terceiro maior produtor de milho do mundo.
Para a safra 2022/2023, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que a produção de milho do Brasil alcance quase 125 milhões de toneladas, com um aumento de 11,2% em relação à safra anterior.
Todavia, para manter esse nível de produtividade e também a qualidade do milho produzido no Brasil, é importante que o agricultor esteja atento ao tipo de fertilizante para milho que ele utiliza.
Uma das características da cultura do milho é que ela tem um ciclo rápido e também costuma ser produzida em mais de uma safra por ano, a primeira safra e a segunda safra, também conhecida como safrinha.
Isso faz com que uma grande quantidade de nutrientes seja retirada do solo pelas plantas, fazendo com que seja necessário repô-los. E esse papel cabe aos fertilizantes. No entanto, existem no mercado uma grande diversidade de fertilizantes.
Diante disso, como o agricultor pode escolher o melhor fertilizante para milho?
Primeiras ações para escolher o melhor fertilizante para milho
Para começar o processo de decisão de qual fertilizante para milho utilizar no manejo dessa cultura, o primeiro passo é ter o máximo de conhecimento possível da lavoura.
Inicialmente, é importante que o agricultor entenda quais são as expectativas de produtividade que ele deseja alcançar, bem como a finalidade da produção da lavoura. Esse último fator é relevante, já que as necessidades nutricionais da lavoura podem mudar.
Necessidades nutricionais da cultura do milho em dois tipos de cultivo: produção de grãos e silagem (Fonte: Coelho & França apud. Coelho, 2006)
Além disso, é muito importante que o agricultor saiba qual é o estado nutricional do seu solo. Aqui, a análise do solo é uma ferramenta muito útil, já que além dessa informação, podem ser obtidos parâmetros relevantes como a textura do solo, o pH, entre outros.
Aqui, é preciso estar atento aos métodos adequados para a realização da análise de solo. Isso porque os resultados podem diferir de acordo com as substâncias calibradoras da análise, que vão extrair e quantificar os nutrientes nas amostras de solo.
Cada tipo de extrator é adequado para medir os nutrientes em diferentes frações do solo. De maneira geral, os laboratórios utilizam extratores para medir os nutrientes nas frações mais prontamente disponíveis.
Entretanto, no caso do potássio, por exemplo o avanço das pesquisas na área já mostra que as plantas conseguem utilizar o potássio de outras frações do solo, como a não-trocável.
É o que o pesquisador Michael J. Bell e seus colegas escrevem no capítulo Using Soil Tests to Evaluate Plant Availability of Potassium in Soils, do livro Improving Potassium Recommendations for Agricultural Crops.
Assim, utilizar métodos adequados de análise permite que se tenha um conhecimento mais abrangente do estado nutricional do solo e que vai apoiar a construção do planejamento do manejo.
Após esses primeiros passos, outra etapa importante é a escolha do fertilizante para milho que vai ser utilizado. Mas, como escolher?
A importância de escolher o tipo de fertilizante adequado
Existem muitos fertilizantes disponíveis no mercado e pode ser um desafio escolher qual o mais adequado para utilizar na lavoura de milho.
Pensando nos primeiros passos descritos, uma característica que o agricultor deve levar em consideração nesse momento é em relação aos nutrientes que o fertilizante vai disponibilizar para as plantas. Por isso é importante seguir as necessidades da cultura e entender quais são os níveis atuais de nutrientes do solo.
Outra característica importante é a questão da própria disponibilização de nutrientes. Como o milho é uma cultura de ciclo rápido, geralmente dá-se preferência ao uso de fontes convencionais de disponibilização rápida são mais utilizadas no manejo dessa cultura.
Todavia, além do plantio em mais de uma safra, que foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento da produção de milho no Brasil, essa cultura é muito utilizada em sistemas de sucessão ou rotação de culturas.
Por isso, utilizar fertilizantes de liberação gradual pode ser vantajoso para o manejo da cultura do milho, uma vez que elas têm características que são vantajosas, como serem menos suscetíveis à lixiviação.
Isso faz com que elas não se percam para as camadas mais profundas do solo. Além disso, elas também disponibilizam os nutrientes ao longo de todo o ciclo produtivo e têm um efeito residual duradouro, o que contribui para a construção e manutenção da fertilidade do solo.
Outra vantagem das fontes de liberação gradual é que muitas das fontes de disponibilização rápida têm desvantagens, a exemplo do o alto teor de cloro ou de salinidade. Em razão disso, para evitar os malefícios que essas desvantagens trazem, é preciso fazer o parcelamento das aplicações, o que torna o manejo mais trabalhoso ou até mesmo oneroso.
O aumento do uso de alguns tipos de fertilizante pode trazer problemas para o manejo
Outra ação que pode otimizar o manejo nutricional do milho é a escolha de fertilizantes que sejam multinutriente, como o K Forte® e o BAKS ®.
Tais fertilizantes oferecem diversos nutrientes importantes para o milho em um único produto e, assim, reduzem a necessidade de entradas na lavoura. Isso torna o manejo mais eficiente e, a longo prazo, até mesmo mais econômico.
Dessa maneira, prestando atenção a esses pontos na hora de escolher o fertilizante para milho, o agricultor pode fazer um bom manejo nutricional da lavoura.
Escolher o melhor fertilizante para milho é essencial para que essa cultura tenha uma boa produtividade
Em síntese, é de suma importância que o agricultor realize o manejo adequado da lavoura de milho, para garantir que essa importante cultura tanto do agronegócio brasileiro quanto mundial tenha altos níveis de produtividade e qualidade.
Nesse sentido, os fertilizantes desempenham um papel essencial, já que eles repõem os nutrientes retirados do solo. Assim, ter um bom conhecimento da lavoura, além de utilizar fertilizantes com características adequadas permite que se realize um bom planejamento de manejo e se realize uma boa nutrição do milho!