A agricultura é uma prática antiga que envolve a cultivação de plantas para alimentação humana e animal. Ao longo dos anos, os agricultores têm desenvolvido técnicas para aumentar a produção de suas terras e garantir a qualidade dos cultivos. Um desses métodos é o uso de fertilizantes.
Continue a leitura e entenda a importância dos fertilizantes, os principais tipos, os benefícios da aplicação e quais são os mais utilizados no Brasil!
Qual a importância do uso de fertilizantes na agricultura?
O uso de fertilizante na agricultura é indispensável para que essa importante atividade tenha um bom desempenho, ou seja, para que sejam produzidos alimentos em maior quantidade e com mais qualidade.
Isso porque os fertilizantes são, em suma, materiais adicionados ao solo para fornecer os nutrientes que as plantas precisam para crescer e se desenvolver. No contexto agrícola, isso é essencial, já que a intensificação dos cultivos faz com que a extração dos nutrientes aumente.
Dessa maneira, o uso do fertilizante na agricultura tem o papel de repor aquilo que as plantas retiram do solo, garantindo que ele se mantenha fértil. Mas, quais são esses nutrientes que as plantas precisam e que os fertilizantes têm o papel de recolocar no solo?
Antes de tudo, é preciso lembrar que nem todos os elementos presentes no solo são considerados nutrientes essenciais para as plantas. No livro Plant Physiology os pesquisadores Daniel Israel Arnon e Perry Robert Stout listam três critérios para que um elemento seja considerado um nutriente. São eles:
- Na ausência do elemento, a planta não completa o seu ciclo de vida;
2. O elemento não pode ser substituído por outro;
3. O elemento deve estar diretamente envolvido no metabolismo da planta, como constituinte de um composto essencial, ou ser necessário para a ação de um sistema enzimático.
De acordo com o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Décio Luiz Gazzoni, os nutrientes essenciais para as plantas são 16, que podem ser divididos em três grandes grupos, de acordo com as quantidades exigidas pelas plantas:
• Macronutrientes primários: nitrogênio, fósforo e potássio;
• Macronutrientes secundários: magnésio, enxofre e cálcio;
• Micronutrientes: boro, manganês, molibdênio, zinco, cobre, cloro, cobalto, níquel, ferro e selênio.
Porém, existem diferentes tipos de fertilizantes utilizados na agricultura. Confira os principais!
Quais são os principais tipos de fertilizantes?
Existem alguns critérios que permitem agrupar os diferentes tipos de fertilizante na agricultura.
Um deles, por exemplo, é a sua classificação como fertilizante químico, mineral ou orgânico. Cada um deles tem características diferentes, que podem influenciar na sua usabilidade pelo agricultor.
Fertilizantes químicos
São os mais comuns na agricultura moderna. De maneira geral, eles contêm uma combinação dos nutrientes nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e são vendidos como pó ou líquido.
Entre as vantagens do uso desse tipo de fertilizante na agricultura é que eles são fáceis de aplicar e geralmente têm um alto teor de nutrientes. Isso é importante, por exemplo, quando a lavoura precisa de uma reposição mais rápida de nutrientes.
Entretanto, os fertilizantes químicos podem ser prejudiciais ao meio ambiente se usados em excesso ou se não forem aplicados corretamente.
Fertilizantes orgânicos
Os fertilizantes orgânicos são feitos a partir de materiais orgânicos, como esterco, húmus de minhoca, e composto. Eles fornecem nutrientes de forma gradual, ajudando a construir a fertilidade e também na melhoria da estrutura do solo.
Um ponto que demanda atenção no uso desse tipo de fertilizante na agricultura, entretanto, é que geralmente contêm menos nutrientes do que os fertilizantes químicos e podem levar mais tempo para produzir resultados.
Fertilizantes minerais
Há também os fertilizantes minerais, que são feitos a partir de rochas e minerais e são ricos em minerais como cálcio, magnésio e enxofre, entre outros.
Diferentemente dos fertilizantes químicos, que também podem ser feitos a partir dessas matérias-primas, os fertilizantes minerais não necessariamente precisam passar por tratamentos químicos para a sua produção, evitando os problemas associados a isso, como a maior suscetibilidade à lixiviação, por exemplo.
Além desses grupos de classificação de fertilizantes, pode-se dividir esse tipo de insumo agrícola de acordo com outras características.
É o caso, por exemplo, dos fertilizantes de liberação gradual, que disponibilizam os nutrientes ao longo de um tempo maior e ajudam a construir e manter a fertilidade do solo e os fertilizantes multinutrientes, que fornecem mais de um nutriente e otimizam o manejo agrícola.
Veja, agora, os benefícios do uso de fertilizantes e os cuidados durante a aplicação desse insumo agrícola.
Qual o impacto do uso de fertilizantes?
Como já mencionado, o uso de fertilizantes é essencial na agricultura, uma vez que essa atividade pode exigir bastante do solo em termos de retirada de nutrientes.
Assim, o principal benefício do uso de fertilizantes é justamente o de promover a construção e a manutenção da fertilidade do solo ao repor o que as plantas retiram durante os seus processos de crescimento e produção.
Além disso, quando os níveis de nutrientes estão adequados, a qualidade do solo de maneira geral melhora, trazendo impactos positivos em aspectos como a estrutura do solo e a qualidade da microbiota.
Em consequência, quando se faz um manejo nutricional adequado através do uso de fertilizantes, as lavouras agrícolas conseguem produzir mais e com mais qualidade, o que se traduz em melhores produtos agrícolas e rentabilidade para o agricultor.
Todavia, é importante que, nesse uso, tenha-se alguns cuidados. O primeiro deles é em relação à quando e quanto aplicar os fertilizantes.
O agroecossistema precisa estar em equilíbrio para estar bem. Por isso, o uso de fertilizantes deve ser feito no momento e na quantidade adequadas, para que seja suficiente para suprir as necessidades do solo e das plantas.
Para entender isso, ferramentas como a análise de solo, feita de maneira adequada, e as análises foliares, são essenciais para ter uma maior compreensão do estado nutricional da lavoura.
A partir disso, entendendo quais as necessidades de nutrientes da lavoura cultivada e com o apoio de agrônomos qualificados, o agricultor pode tomar decisões assertivas.
Outro cuidado importante é com a própria aplicação dos fertilizantes. Cada tipo de insumo tem formas de aplicar, seja diretamente no solo, seja nas folhas, seja a lanço e isso deve ser avaliado com cuidado.
Nesse sentido, o apoio de profissionais e o uso de equipamentos adequados é de suma importância.
Além disso, é importante também estar atento à escolha dos fertilizantes utilizados. Como visto, existem tipos diferentes de fertilizantes, com características diferentes.
É essencial entender quais são essas características e também quais os benefícios e desvantagens deles para o manejo que se deseja realizar.
Por exemplo, o uso exclusivo de fertilizantes orgânicos pode não suprir totalmente a necessidade nutricional da lavoura e pode ser preciso combiná-lo com fertilizantes minerais e assim por diante.
Além disso, existem diversos fertilizantes disponíveis no mercado, alguns mais utilizados e outros que oferecem vantagens que o agricultor pode não conhecer.
Mas, afinal, quais são os fertilizantes mais utilizados na agricultura brasileira?
Quais são os fertilizantes mais utilizados na agricultura brasileira?
O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo. Somente em 2022, foram quase 43 milhões de toneladas utilizadas na agricultura do país, segundo um levantamento do Rabobank.
Dentre os nutrientes que são mais aplicados no país, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), estão:
• O potássio, com 38%;
• O fósforo, com 33%;
• O nitrogênio, com 29%.
Entre os fertilizantes convencionais desses nutrientes e que acabam sendo mais utilizados na agricultura brasileira, estão o cloreto de potássio (KCl), o MAP, o super simples e a ureia. Entretanto, esses fertilizantes têm algumas desvantagens no seu uso.
Por exemplo, eles são mais suscetíveis a perdas por lixiviação e em alguns casos, como o do cloreto de potássio, há um alto teor de salinidade.
Todavia, o avanço nas pesquisas vem trazendo novas tecnologias que resultam em fontes que oferecem bons resultados e que otimizam o manejo agrícola. É o caso dos fertilizantes de liberação gradual.
Os fertilizantes de liberação gradual têm muitas vantagens para a atividade agrícola
Outros fertilizantes que têm ganhado destaque são os multinutrientes, que oferecem mais de um nutriente para a lavoura, como o BAKS®, que nutre a lavoura com potássio, enxofre, boro, manganês e silício.
Isso colabora com a manutenção da fertilidade do solo de maneira mais eficaz e com melhor custo-benefício para o agricultor.
Confira, então, os principais diferenciais dos fertilizantes minerais para a lavoura!
Quais os diferenciais dos fertilizantes minerais?
Já vimos que os fertilizantes minerais têm diferenciais em relação aos fertilizantes químicos convencionais utilizados na atividade agrícola, como serem menos suscetíveis à lixiviação, por exemplo.
E, em diferencial aos fertilizantes orgânicos, eles normalmente conseguem fornecer mais nutrientes para o solo e para as plantas.
Dependendo os processos e das tecnologias utilizadas para produzir esses fertilizantes, eles podem trazer ainda mais vantagens para a atividade agrícola. É o caso dos fertilizantes da Verde Agritech, como o K Forte®, o BAKS® e o MONDÉ®.
Os fertilizantes da Verde Agritech são multinutrientes, sendo fonte de potássio e outros nutrientes essenciais que as plantas precisam para se desenvolver e produzir adequadamente.
Além disso, eles também trazem para o manejo o silício, que é visto como um elemento benéfico. Isso porque ele traz vantagens como a indução da resistência das plantas aos estresses bióticos como pragas e doenças e também abióticos, como secas.
Outro diferencial dos fertilizantes da Verde Agritech é que eles contam com tecnologias exclusivas e inovadoras, que fazem com que eles sejam soluções de nutrição mais completas e eficientes.
São elas que permitem, por exemplo, que eles disponibilizem os nutrientes de maneira gradual.
Além disso, como são livres de cloro, eles não trazem os malefícios que o excesso desse elemento provoca no solo e nas plantas, como os prejuízos para a microbiota, a compactação e a salinidade.
Assim, os fertilizantes da Verde Agritech possibilitam um manejo nutricional mais eficaz e completo.
Em síntese, os fertilizantes são essenciais para a atividade agrícola, já que eles repõem os nutrientes essenciais que as plantas precisam para crescer e produzir. O tipo do fertilizante depende das suas características, como a matéria-prima e o processo de produção.
Além disso, fatores como a disponibilização e a quantidade de nutrientes que eles oferecem são importantes na hora de classificar um fertilizante. Nesse sentido, novas pesquisas e avanços na área têm trazido novas fontes de nutrição que otimizam o manejo e, em consequência a atividade agrícola.
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