O sucesso da atividade agrícola está intimamente ligado ao bom manejo nutricional. Isso inclui a adubação com o fósforo, nutriente altamente requerido pelas culturas agrícolas. Nesse contexto, o fator de eficiência do fósforo é um parâmetro que deve ser levado em consideração. Mas, o que é isso e de que forma o clima predominantemente tropical do Brasil influenciam o fator de eficiência do fósforo? Saiba mais sobre isso!
O que é o fator de eficiência do fósforo?
O chamado grupo dos macronutrientes corresponde àqueles que, normalmente, são mais requeridos pelas plantas durante os seus processos de desenvolvimento. E, entre eles, está o fósforo.
Esse alto nível de exigência e importância do fósforo na agricultura se relaciona às funções que esse nutriente exerce, como, por exemplo:
- A fotossíntese;
- A respiração;
- A transferência de energia, já que ele é componente da adenosina trifosfato, a principal molécula que armazena energia nos seres vivos;
- A formação de raízes e sementes.
Assim, para que o manejo nutricional seja mais bem-sucedido, é crucial considerar o fator de eficiência do fósforo. Mas, o que vem a ser isso na agricultura?
Antes de considerar o fator de eficiência do fósforo, é preciso pensar no fator de eficiência dos nutrientes no geral. Esse parâmetro se refere à capacidade das plantas em absorver nutrientes disponíveis no solo e utilizá-los no crescimento e desenvolvimento.
É o que notam estudos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Nesse contexto, os nutrientes requeridos pelas plantas acabam tendo um fator de eficiência próprio. Mas, qual é o fator de eficiência do fósforo?
No Brasil, o fator de eficiência do fósforo (P2O5) varia de aproximadamente 30%, em solos pobres, a 60% em solos considerados férteis.
É o que escreve Eurípedes Malavolta, um dos mais importantes pesquisadores agrícolas do Brasil, juntamente a outros pesquisadores, no estudo Avaliação do estado nutricional das plantas, princípios e aplicações.
Nesse contexto, vale destacar que as condições do clima da agricultura tropical e da agricultura de regiões temperadas são diferentes e distintas, impactando diretamente o fator de eficiência do fósforo.
Mas, de que forma isso acontece?
Aspectos da agricultura tropical que influenciam o fator de eficiência do fósforo
Uma das principais causas que provocam a diminuição do fator de eficiência do fósforo é a retenção indesejada excessiva de grandes quantidades desse nutriente nas partículas do solo, em um processo conhecido como adsorção ou fixação.
Por sua vez, isso se relaciona a uma presença mais acentuada de óxidos de ferro e de alumínio na fração argila dos solos.
Essas condições, associadas a um pH ácido, fazem com que os íons de fosfato se liguem às superfícies oxídicas dessas partículas e se precipitam, formando compostos que são indisponíveis para as plantas.
Um exemplo desse processo é o estudo Cinética de adsorção de fósforo em solos de cerrado, conduzido por José Leonardo de Moraes Gonçalves e outros pesquisadores.
Nessa pesquisa, eles verificaram que 90% do fósforo inorgânico aplicado em solos altamente intemperizados do Cerrado foi adsorvido, ou fixado, nas primeiras 192 horas.
Com isso, a eficiência dos fertilizantes fosfatados desenvolvidos para a agricultura temperada é fortemente impactada quando utilizados em solos tropicais.
Nesse sentido, a alta taxa de lixiviação e a rápida fixação do fósforo são desafios frequentes em climas tropicais. É o que aponta Nand Kumar Fageria e outros pesquisadores, no livro Growth and mineral nutrition of field crops.
Isso resulta em menor absorção do nutriente pelas plantas e, consequentemente, em menor produtividade agrícola.
As condições da agricultura tropical podem afetar o fator de eficiência do fósforo de fertilizantes pensados para climas temperados (Fonte: adaptado de Malavolta, 1997)
A razão para isso é que a agricultura tropical e a agricultura temperada apresentam características distintas que afetam diretamente o fator de eficiência do fósforo nos fertilizantes utilizados.
Nas regiões tropicais, solos geralmente ácidos e as altas temperaturas aumentam a fixação de fósforo por óxidos de ferro e alumínio, reduzindo sua disponibilidade para as plantas, como já mencionado.
Em contrapartida, na agricultura temperada, o fósforo é mais disponível devido ao pH mais neutro dos solos e a uma menor presença de óxidos que fixam o nutriente.
Diante disso, como os agricultores de países com clima predominantemente tropical, como o Brasil, podem contornar isso e otimizar o fator de eficiência do fósforo?
Como otimizar o fator de eficiência do fósforo na agricultura tropical?
Na busca por práticas agrícolas que otimizem o fator de eficiência do fósforo, é importante que o agricultor implemente no manejo fontes orgânicas, como compostos e estercos, que ajudam a manter o fósforo mais disponível no solo por mais tempo.
Além disso, o uso de novas tecnologias, como os fertilizantes de liberação controlada, proporciona uma disponibilização mais gradual do fósforo.
Isso porque eles acabam adaptando-se melhor às condições dos solos tropicais e contribuindo para uma absorção mais eficiente pelas plantas.
Além disso, práticas de manejo integrado do solo, que incluem a manutenção de cobertura vegetal e a rotação de culturas, também são fundamentais para mitigar a fixação de fósforo e favorecer sua biodisponibilidade nas regiões tropicais.
Nesse contexto, vale destacar a Agricultura Tropical, que foi desenvolvida a partir dos esforços de figuras como Alysson Paolinelli. Em síntese, ela visa a implementação de práticas que sejam mais compatíveis com o clima tropical.
Isso inclui, como já mencionado, o uso de fertilizantes que sejam mais eficazes na disponibilização do fósforo e de outros nutrientes quando se pensa no contexto agrícola brasileiro.
Vale destacar que, quando esses fertilizantes possuem características mais vantajosas, a melhoria do fator de eficiência do fósforo no manejo nutricional pode ser ainda maior.
Aqui, os fertilizantes que Verde Agritech, empresa de tecnologia agrícola, produz são exemplos disso. É o caso do KFORTE®, do BAKS® do YBA®, e do USSU®, entre outros.
Uma das características vantajosas que tornam os fertilizantes da Verde Agritech soluções de nutrição eficientes é o fato de que eles são multinutrientes.
Além do potássio, macronutriente altamente requerido pelas plantas, fornecem para as plantas outros nutrientes importantes. Isso inclui também o fósforo, que está presente em fertilizantes como o YBA® e o USSU®.
Outro destaque dos fertilizantes da Verde Agritech é que eles são fonte de silício, um elemento considerado benéfico, já que, entre outras vantagens, ele induz a resistência das plantas a estresses bióticos e abióticos.
Esse elemento ainda tem interações positivas com o fósforo, que ajudam a otimizar a adubação fosfatada.
Além disso, a Verde Agritech desenvolveu cada um dos fertilizantes pensando em atender as necessidades do agricultor em diferentes contextos, trazendo eficiência e mais vantagens para o manejo.
Entre essas vantagens, estão as tecnologias exclusivas e inovadoras, que otimizam o manejo, com as quais os fertilizantes da Verde Agritech contam.
Uma delas, inclusive, está diretamente ligada à melhoria do fator de eficiência do fósforo: a P.Enhancer, que aumenta a disponibilidade desse nutriente no solo.
Ela faz isso ao atuar de forma sinérgica com o fósforo, melhorando a eficiência do manejo agrícola e a produtividade da lavoura.
Assim, ela gera uma série de outros benefícios para as plantas, incluindo uma maior absorção de nutrientes, a redução da toxicidade de alumínio e o aumento da resistência a doenças e pragas.
Já outras tecnologias que a Verde Agritech desenvolveu possibilitam que os seus fertilizantes tenham uma disponibilização gradual de nutrientes. Isso ajuda, por exemplo, a diminuir impactos da lixiviação.
A disponibilização gradual de nutrientes é vantajosa para o manejo
Além disso, essa característica promove um efeito residual duradouro, que favorece a construção e a manutenção da fertilidade do solo. Com isso, o investimento do agricultor é valorizado.
E os fertilizantes da Verde Agritech contam ainda outras tecnologias, a exemplo da 3D Alliance, que evita a segregação de nutrientes. E também é o caso da N Keeper, , da MicroS Technology, da Dust Control e diversas outras que ajudam a melhorar o fator de eficiência dos nutrientes.
Outro ponto positivo dos fertilizantes Verde Agritech é que eles livres de cloro, elemento que em excesso no solo pode aumentar a lixiviação de nutrientes, entre outros efeitos que prejudicam o manejo.
Assim, ao fornecer nutrientes, incluindo o fósforo, de maneira adequada e com mais vantagens, os fertilizantes da Verde Agritech otimizam o manejo agrícola.
Isso considerando também o contexto da agricultura tropical e suas características, na qual a atividade agrícola do Brasil se encontra.
Entender o que é o fator de eficiência do fósforo e implementar práticas agrícolas adequadas ajuda a otimizar a agricultura
Em resumo, é essencial que agricultor tenha em mente as diferenças entre as condições da agricultura tropical e da agricultura temperada, já que elas afetam o fator de eficiência do fósforo de maneira diferente.
Nesse sentido, é importante adotar práticas agrícolas adaptadas às condições locais, já que isso favorece esse parâmetro e faz com que adubação fosfatada seja mais eficiente. Por sua vez, isso torna o manejo mais eficaz.
Entre essas práticas está o uso dos fertilizantes pensados para as particularidades e os desafios apresentados nas localidades de clima predominantemente tropicais. Dessa maneira, a lavoura pode produzir mais e com mais qualidade.