A agricultura é uma das áreas mais afetadas pelas alterações climáticas, principalmente por fenômenos como El Niño. Este é um fenômeno climático que acontece a cada poucos anos, mas suas consequências podem ter impactos significativos para a produção de milho, uma cultura importante para o Brasil. Entenda melhor o que é o El Niño, como ele afeta a cultura do milho e descubra quais as melhores estratégias para prevenir e mitigar seus impactos negativos!
O que é o El Niño e como ele afeta o clima?
Caracterizado pelo aquecimento incomum das águas do Oceano Pacífico Equatorial, o El Niño é fenômeno climático que interrompe o fluxo normal das correntes marítimas. A principal consequência disso é que os padrões de chuva e temperatura no mundo todo são alterados.
Existem algumas condições para que seja identificado o início de um episódio de El Niño, que são preconizadas pelo procedimento adotado para catalogar o fenômeno seguido pelo Centro de Previsão Climática da NOAA, o Serviço Nacional de Meteorologia norte-americano.
A principal dessas condições é que haja uma elevação da temperatura média da superfície do mar na região denominada Niño 3.4 do Pacífico equatorial em 0,5°C por três meses consecutivos. Além disso, caso essa elevação exceda 1,5°C, temos o chamado Super El Niño.
O El Niño afeta as diferentes regiões do mundo de maneiras variada. No Brasil, esse fenômeno normalmente causa chuvas mais intensas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, o que pode afetar a os processos de produção de diversos cultivos agrícolas, incluindo o do milho.
Efeitos do El Niño no clima mundial (Fonte: StoneX)
Mas, quais são exatamente os impactos do El Niño na cultura do milho e quais os desafios que esse fenômeno pode trazer para o agricultor?
Os impactos do El Niño na cultura do milho
Tomando um contexto mais amplo, os efeitos do El Niño na distribuição das chuvas no Brasil costumam ser benéficos de certo modo para o cultivo de milho no Brasil É o que diz o relatório El Niño: Como a ocorrência do fenômeno afetaria as commodities agrícolas, da inteligência de mercado agrícola Stone X.
A principal razão disso é que a segunda safra de milho, o chamado milho safrinha, é cultivada no inverno. Nesse período, a ocorrência de chuvas tende a ser menor. Todavia, o El Niño faz com que as temperaturas sejam mais elevadas e haja um maior volume de chuvas, o que afasta o risco de geadas precoces.
O relatório da Stone X destaca ainda que o El Niño é associado a condições mais favoráveis à safrinha do milho na região Centro-Sul do Brasil, principalmente em anos em que há atrasos no plantio.
Todavia, vale lembrar também El Niño causa disrupções nos padrões de chuva e temperatura, fazendo com que não haja garantia dessas condições favoráveis.
Além disso, o aumento da temperatura pode trazer outras consequências, já que ele pode potencializar a ocorrência de pragas na lavoura, como a lagarta-do-cartucho, especialmente se houver períodos mais prolongados de seca.
Assim é importante que o agricultor esteja atento aos boletins e às notícias agrícolas do clima, além de adotar estratégias preventivas para mitirgar possíveis impactos no cultivo do milho.
Entre as estratégias preventivas, está o uso de sementes resistentes ao estresse hídrico e também a escolha de locais que ofereçam condições mais favoráveis para o cultivo do milho. Além disso, o uso de irrigação por gotejamento, a cobertura do solo com palha e a realização de podas de galhos e folhas mais velhas são outras opções que podem auxiliar na manutenção da produtividade.
Outra estratégia para mitigar possíveis impactos do El Niño na cultura do milho é o investimento em uma adubação adequada.
A adubação como estratégia de prevenção e mitigação de danos causados pelo El Niño
Além de manter a fertilidade do solo, a adubação pode ser uma ferramenta muito importante para prevenir danos causados por variações climáticas como aquelas causadas pelo El Niño. Isso porque, além de serem responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento vegetal, os nutrientes também exercem outras funções importantes nas plantas.
Alguns deles, por exemplo, também ajudam na forma como elas lidam com situações de estresse hídrico. É o caso, por exemplo, do potássio. Entre as suas diversas funções na fisiologia e no metabolismo das plantas, ele atua na regulação de processos osmóticos que influenciam a abertura e o fechamento dos estômatos.
Isso, por sua vez, é essencial para a evapotranspiração das plantas, ajudando-as a lidar de maneira melhor com estresses hídricos, além de ser importante para a boa realização da fotossíntese.
Outros nutrientes estão relacionados à boa formação do sistema radicular das plantas, como o fósforo e o boro. Assim, a manutenção de níveis adequados deles no solo ajuda no melhor aproveitamento tanto das chuvas quanto da irrigação.
O silício, por sua vez, não é amplamente considerado como um nutriente essencial. Todavia, ele é reconhecido pela comunidade científica como um elemento benéfico.
A razão para isso é que a sua inclusão no manejo nutricional pode trazer diversas vantagens, como a indução da resistência aos estresses hídricos, ao atuar no fortalecimento dos tecidos vegetais, incluindo das folhas, e também no metabolismo vegetal. Ele também ajuda as plantas a terem mais resistência aos estresses bióticos, como as pragas e as doenças.
Assim, é importante que o agricultor esteja atento ao uso de fertilizantes, que são as principais formas de repor os nutrientes no solo e manter a sua fertilidade, adequados. Nesse contexto, também é importante pensar na questão da lixiviação.
Isso porque muitos dos fertilizantes convencionais utilizados na agricultura são mais suscetíveis a esse fenômeno. Dessa maneira, em casos em que há um excesso de chuvas, risco que o El Niño pode trazer, o agricultor pode ter o seu manejo nutricional prejudicado.
Por isso é importante utilizar fertilizantes que contornem esse problema. É o caso, dos fertilizantes da Verde Agritech, como o K Forte® e o BAKS®, por exemplo.
Os fertilizantes da Verde Agritech são multinutrientes, nutrindo a lavoura com potássio, silício e outros nutrientes importantes para a ajudarem as plantas a lidarem melhor com estresses hídricos.
Além disso, eles contam com tecnologias exclusivas e inovadoras que fazem com que eles ajudem a aumentar a capacidade do solo de reter água e nutrientes, além de disponibilizarem os seus nutrientes de maneira gradual e com um efeito residual duradouro.
Essas características favorecem o manejo, permitindo por exemplo a otimização das operações de aplicação, além de reduzir as perdas por lixiviação. Dessa maneira, além de mitigar os possíveis efeitos negativos do El Niño, o investimento do agricultor é valorizado.
A disponibilização gradual ajuda a valorizar o investimento do agricultor
Dessa maneira, o manejo se torna mais completo e otimizado, ajudando na prevenção de possíveis danos que as irregularidades climáticas causadas pelo El Niño podem trazer!
A natureza imprevisível do El Niño pode trazer impactos negativos na cultura do milho, por isso é preciso adotar estratégias de prevenção e mitigação eficazes
Sintetizando, o El Niño é um fenômeno climático que pode gerar impactos significativos na produção agrícola, incluindo no cultivo do milho. Todavia, embora alguns desses impactos possam ser positivos para o cultivo do milho safrinha, a natureza disruptiva do El Niño traz uma imprevisibilidade que pode trazer danos.
Para se prevenir e mitigar os danos causados pelo El Niño, é essencial que os agricultores adotem medidas preventivas, como o uso de sementes resistentes, monitoramento constante do clima e a implementação de uma adubação eficiente, com fertilizantes adequados e que ajudem a melhorar a qualidade do solo.
Ao adotar essas medidas, os agricultores podem manter a produtividade e a rentabilidade da lavoura de milho mesmo em períodos de oscilação climática!