Com a recente queda no preço de diversas comodities agrícolas, muitos agricultores estão enfrentando dificuldades para escoar a sua produção. Mas, não é só o preço que vem prejudicando o escoamento da produção de grãos no país. Ainda existe um grande déficit na capacidade de armazenagem de grãos no Brasil. Entenda mais sobre esse assunto e como evitar os problemas que ele traz para o seu empreendimento rural!
Qual a capacidade de armazenagem de grãos no Brasil?
Com uma produção anual de mais de 300 milhões de toneladas, o Brasil se destaca entre os maiores produtores e exportadores mundiais de grãos.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o país manteve nos últimos anos a sua posição como o quarto maior produtor mundial e o segundo maior exportador de grãos (arroz, cevada, milho, soja e trigo).
Especificamente no caso da soja, o país segue na liderança de produção e exportação do grão, respondendo por mais de um terço da produção mundial e cerca de metade do comércio mundial.
A comercialização de grãos no Brasil tem dois principais rotas: exportação e mercado interno. O mercado externo é responsável por grande parte do comércio de grãos no país, desempenhando um papel fundamental na sua balança comercial.
Contudo, a exportação não deixa de trazer alguns riscos, já que o escoamento da produção de grãos para mercado externo acaba deixando os agricultores sujeitos a riscos geopolíticos, cambiais e do próprio sistema logístico do país.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a histórica opção por rodovias e a ausência de ligações intermodais mais dinâmicas geram prejuízos anuais de quase 10 bilhões de reais e comprometem cerca 12,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para cobrir apenas custos com logística.
Outro grave problema logístico no país enfrenta está relacionado a capacidade de armazenagem de grãos no Brasil. Dados oficiais da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) mostram que o país tem capacidade para armazenar apenas cerca de 60% de uma única safra de grãos.
E esse déficit real de quase 40% capacidade de armazenagem de grãos no Brasil acaba trazendo diversos problemas para os agricultores, que se veem pressionados a comercializar sua safra mesmo em períodos desfavoráveis, como a baixa no preço de diversas commodities agrícolas.
O ano de 2023, por exemplo, vem sendo marcado com uma das maiores colheitas de milho da história do país. Contudo, essa colheita veio acompanhada com momentos de baixa do preço de grão, resultando em armazéns lotados e toneladas armazenadas ao ar livre, expostas às intempéries climáticas e a ataques de insetos e roedores.
Com a repercussão desse problema em diversas regiões produtoras do país, diversos agricultores já começaram a procurar diferentes soluções para mitigar os impactos negativos que o déficit de armazenagem de grãos no Brasil tem gerado.
Como solucionar os problemas de armazenagem de grãos no Brasil?
Nos últimos anos estão surgindo cada vez mais iniciativas para solucionar os problemas de armazenagem de grãos no Brasil, com destaque para o aumento das linhas de crédito e programas de financiamento para aumentar a capacidade estática instalada de armazenagem e os novos modelos de negociação.
O Plano Safra 2023/2024, por exemplo, trouxe um aumento no volume de recursos de 81% para construção de armazéns. Para aqueles com capacidade de até seis mil toneladas, serão destinados R$ 2,85 bilhões, e para aqueles de maior capacidade, serão destinados R$ 3,80 bilhões.
Entretanto, especialistas já apontam que esses recursos não serão suficientes para cobrir o déficit na capacidade de armazenagem de grãos no Brasil e, devido a isso, novos recursos para o Plano Safra 2023/2024 já vem sendo negociados.
Somado a isso, investimentos nos modais de transporte e na infraestrutura logística para escoamento também são indispensáveis.
Contudo, essas soluções só terá um impacto positivo a longo prazo. E a curto prazo, o que o agricultor pode fazer para mitigar os problemas que o déficit de armazenagem de grãos no Brasil causa?
Hoje o agricultor já encontra a sua disposição o Barter, uma modalidade de troca de produtos por insumos agrícolas que está transformando o agronegócio.
Ao aderir o Barter, o agricultor consegue trocar parte de sua produção por insumos agrícolas essenciais, como fertilizantes e defensivos.
Isso permite que ele não precise mais esperar pelo melhor momento para comercializar a sua safra ao mesmo tempo em que proporciona condições para que o agricultor direcione seus recursos financeiros para outras áreas importantes.
O Barter é modalidade de troca de produtos por insumos agrícolas que está transformando o agronegócio.
A empresa agrícola Verde Agritech já oferece hoje as suas tecnologias exclusivas e inovadoras de nutrição de plantas com a modalidade Barter, trazendo soluções capazes de potencializar os resultados da sua lavoura.
Dessa forma, a estratégia Barter somada ao crescente investimento para o aumento da capacidade estática de armazenagem de grãos no Brasil são indispensáveis para a solução desse problema a curto, médio e longo prazo.
A estratégia Barter pode mitigar os problemas logísticos da armazenagem de grãos no Brasil
Em resumo, pode-se afirmar que a capacidade de armazenagem de grãos no Brasil precisa aumentar para atender à crescente produção do país.
Por isso, é preciso que haja cada vez mais investimentos, tanto do governo como da iniciativa privada, para garantir a eficiência na logística de comercialização de grãos no país.
Além disso, o agricultor pode mitigar os impactos do déficit na capacidade de armazenagem de grãos no Brasil ao adotar estratégias como o Barter, que traz mais flexibilidade e segurança para a sua propriedade!