Você sabia que os benefícios do uso de adubo para algodão vão muito além da melhoria da produtividade e qualidade da lavoura? Conheça 5 motivos para usar adubo para algodão e quais são os principais nutrientes que podem melhorar o desempenho das lavouras!
Os benefícios do uso de adubo para algodão
O algodão é considerado uma cultura altamente exigente em fertilidade do solo e, por isso, a adubação chega a representar uma grande parcela dos custos para o produção dessa cultura no Brasil.
Segundo dados da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) os fertilizantes chegaram a representar mais de 10% dos custos de produção do algodão em 2021.
Custos esses que podem ser ainda mais elevados em regiões semiáridas do país que naturalmente apresentam uma baixa disponibilidade de nutrientes no solo, como o Cerrado.
Apesar das regiões semiáridas do país exigirem uma série de práticas de correção e adubação do solo para tornar o cultivo do algodão viável, elas reúnem diversas características climáticas favoráveis ao cultivo do algodão herbáceo em condições de sequeiro.
Por isso, as condições edafoclimáticas mais favoráveis à cultura acabam justificando os maiores investimentos nos tratos culturais das lavouras, como o uso de adubo para algodão.
Adubação das lavouras pode trazer diversos benefícios para o agricultor. Dentre os principais, podemos destacar:
1. O aumento da produtividade das lavouras
Quando pensamos no uso de adubo para algodão, um dos benefícios mais marcantes que essa prática pode proporcionar é o aumento da produtividade das lavouras.
Tanto os macronutrientes quanto os micronutrientes estão envolvidos com diversas funções diretamente ligadas à produtividade do algodão, podendo promover ganhos significativos quando aplicados adequadamente.
No estudo Efeitos do Fósforo e Potássio no rendimento e em características agronômicas do algodoeiro herbáceo, Luiz Alberto Staut e Manoel Luiz Ferreira Athayde relatam que o potássio, por exemplo, pode influenciar significativamente no rendimento dos caroços, assim como no diâmetro médio e no peso dos capulhos.
Já no caso do uso de adubo para algodão com magnésio, o agricultor notará o quanto esse nutriente é capaz de influenciar no crescimento e o desenvolvimento do algodão que, consequentemente, poderão ter um reflexo muito positivo na produtividade da cultura.
Isso acontece porque o magnésio está diretamente envolvido com a incorporação de carbono nos tecidos vegetais, no transporte de sacarose, no processo de fotossíntese e na própria ativação de enzimas ligadas à assimilação de nitrogênio e à absorção de fósforo pelas plantas.
Mas, os resultados positivos do uso de adubo para algodão não se limitam a adubação da cultura com macronutrientes.
Diversas pesquisas relatam que muitos micronutrientes também promovem benefícios para a produtividade do algodoeiro.
No caso do boro, por exemplo, estudos relatam que a aplicação dele em solos deficientes é capaz de promover incrementos de produtividade da ordem de mais de 500 kg/ha.
É o que relatam Nelson Machado da Silva e outros pesquisadores, no artigo Efeito de doses de boro aplicadas no sulco de plantio do algodoeiro, em solo deficiente.
2. A melhoria da qualidade das fibras do algodão
Além do aumento da produtividade, a melhoria da qualidade da fibra do algodão é outro aspecto muito influenciado pela aplicação de adubo para algodão.
Estudos indicam que a aplicação de nutrientes como o potássio e o enxofre podem promover a melhoria significativa da qualidade das fibras, pelas funções que eles desempenham nas plantas.
Tanto o potássio, quanto o enxofre, são capazes de favorecer uma maior uniformidade e um maior índice micronaire do algodão, o principal indicador usado mensurar o tamanho, a resistência e a qualidade das fibras.
Uma adubação rica em potássio é fundamental para a produtividade do algodoeiro e para a qualidade do produto final, especialmente se tratando da fibra.
Mas, para que esses resultados positivos aconteça na prática, é muito importante que o agricultor esteja atento as dosagens utilizadas e as fontes de nutrientes aplicadas.
Alguns estudos apontam que, para expressão das características de qualidade da pluma desejadas, são necessárias dosagens de cerca de 80kg/ha de enxofre dependendo da análise de solo.
Quantidade essa de enxofre que chega a ser muitas vezes maior que de outros macronutriente primários, como o fósforo.
É o que demostrou Liliane dos Santos Sardeiro e outros pesquisadores, no artigo Características físicas da fibra de algodão submetida a diferentes doses e forma de aplicação de enxofre elementar.
Por isso, realizar a análise de solo utilizando as metodologias mais adequadas é muito importante para garantir que a recomendação das dosagens do adubo para algodão atenda as necessidades nutricionais dessa cultura.
3. A maior resistência das plantas ao ataque de pragas
Outro benefício promovido pela adubação do algodão que indiretamente contribui para melhor produtividade e qualidade da cultura é a maior resistência das plantas ao ataque de pragas.
O algodão, assim como outras culturas, pode ser constantemente atacado por uma grande variedades de pragas que causam danos na estrutura vegetativa das plantas e nos capulhos.
O bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis), por exemplo, é considerado a principal praga da cultura, uma vez que as larvas e os adultos do bicudo se alimentam dos botões florais e maçãs pequenas do algodão.
Porém, a incidência dessa e outras pragas pode ser reduzida quando o agricultor usa de forma integrada todos os pilares do manejo integrado de pragas (MIP), o qual inclui a nutrição adequada das plantas como um deles.
4. A maior resistência das plantas às doenças
Similarmente aos benefícios promovidos pelo uso de adubo para algodão para o manejo de pragas, a maior resistência das plantas às doenças também pode ser obtida realizando a adubação adequada da lavoura.
As plantas apresentam diversos mecanismos naturais de defesa contra agentes patogênicos.
Um desses mecanismos é a própria barreira física criada pelos tecidos vegetais, que precisam estar íntegros e bem hidratados para que todas as demais funções fisiológicas da planta sejam executadas na maior eficiência possível.
E um dos nutrientes que é capaz de conferir uma maior resistência aos tecidos, contribuindo com o aumento da espessura da cutícula e da parede celular vegetal é o potássio.
Por isso, a boa disponibilidade desse e outros nutrientes no solo é muito importante para assegurar a maior resistência do algodão ao ataque de fitopatógenos.
5. A maior resistência das plantas aos estresses abióticos
Por fim, não podemos deixar de destacar a contribuição que o uso adequado de adubo para algodão pode ter no aumento da resistência das plantas aos estresses abióticos.
Grande parte dos estresses abióticos têm sua origem na variação extrema dos fatores do clima e das próprias condições do solo e são capazes de causar desordens estruturais, metabólicas e fisiológicas das plantas que comprometem a produtividade e qualidade do algodão.
Entretanto, é possível mitigar os efeitos negativos que eles causam nas lavouras através da adubação.
O potássio, por exemplo, é capaz de promover a redução do ponto de congelamento da seiva das plantas e, assim, promover a melhor resistência das plantas aos danos causados pela ocorrência de baixas temperaturas.
Já o silício é conhecido por promover a diminuição da transpiração excessiva e da condutância estomática, que trazem benefícios para as plantas suportarem condições de estresse hídrico.
Assim, o uso de adubo para algodão com esses nutrientes pode melhorar a maior resistência das plantas a estresses abióticos e melhorar o desempenho delas mesmo em condições normalmente desfavoráveis ao seu desenvolvimento.
As recomendações para a adubação do algodoeiro normalmente envolvem a aplicação de vários nutrientes
Como vimos anteriormente, o uso de adubo para algodão pode contribuir com vários aspectos da lavoura, indo desde o incremento da produtividade e qualidade da cultura à melhoria da resistência das plantas a pragas, doenças e estresses abióticos.
Mas, para alcançar esses benefícios, o agricultor deve estar atento a nutrição das plantas, buscando melhorar a disponibilidade de nutrientes no solo para o algodão com a aplicação de fertilizantes.
Para isso, hoje ele já encontra no mercado fertilizantes multinutrientes de liberação progressiva e com longo efeito residual, como o K Forte® e o BAKS®, que otimizam o manejo de nutrientes na lavoura.
Enquanto o BAKS® uma fonte de potássio, enxofre, boro, silício e manganês, que pode ser personalizado pelo agricultor, o K Forte® é fonte de potássio, silício, magnésio, manganês para as plantas que pode ser aditivado com microrganismos benéficos.
Dessa forma, ambos são uma solução promissora para a adubação do algodão, contanto com diferentes nutrientes essenciais que fazem com que o algodão apresente uma alta performance no campo!
