Entenda O Que É A Agricultura Regenerativa E Descubra Porque Essa Prática Vai Muito Além Do Produto Orgânico

Entenda o que é a agricultura regenerativa e descubra porque essa prática vai muito além do produto orgânico

A agricultura regenerativa, segundo a versão da Regeneration International, apresentada por Leandro Bin, são as práticas agrícolas e de pastoreio que revertem as mudanças climáticas, reconstruindo a matéria orgânica do solo e restaurando a biodiversidade degradada.

Esse tipo de ação resulta na redução do carbono na atmosfera, ou seja, menos emissão de poluentes, e melhora o ciclo da água:

“Essa prática holística de gerenciamento de terras aproveita o poder da fotossíntese nas plantas para fechar o ciclo de carbono e construir o solo de saúde. Agricultura regenerativa melhora o solo e aumenta a matéria orgânica do solo.” salientou o engenheiro agrônomo.

Para debater sobre agricultura regenerativa, Leandro Bin, Alexandre Schuch e Marcio Alberto Challiol se reuniram no dia 02 de junho, em um evento online promovido pela Verde, empresa que produz o fertilizante K Forte® .

A conversa pode ser vista na íntegra aqui:

 

Leandro, supervisor de certificações para insumos e produção orgânica na Native Alimentos e CEO da 8 Blue Tech Solutions, relatou dados sobre a marca pertence ao Grupo Econômico Balbo, que administra a Usina São Francisco:

“A usina tem cerca 98 mil toneladas de produtos orgânicos certificados e conta com uma área de 19.700 hectares orgânicos de cana-de-açúcar, entregues para mais de 70 países”.

Conforme o contexto histórico da Agricultura Regenerativa, o projeto Cana Verde teve seu início em 1984. Na década de 90 iniciou-se a produção de cana-de-açúcar orgânica, certificada pela Usina São Francisco:

“De lá pra cá, a agricultura ecológica, orgânica e sustentável começou a ganhar força. Não só por sua tendência de mercado, mas porque percebeu-se o declínio de produtividade e rendimento do solo com o uso intensivo de agroquímicos”.

Leandro Bin, enxerga um grande potencial na agricultura regenerativa. Como explicou, houve uma grande evolução na agricultura que trouxe, gradativamente, mais plantio direto, mais bioinsumos, mais adubação verde e, atualmente, conta com o apoio e suporte das novas tecnologias.

Para Alexandre Schuch, gerente nacional do Grupo ECOCERT, líder na certificação global de produtos orgânicos com operações nos cinco continentes, existe um entendimento maior dessas novas práticas de produção, tanto evolutivas quanto de mercado, que são inovadoras e buscam atingir também uma nova tendência de consumo.

“O que transparece de alguns anos pra cá é que está muito forte e evidente o pano de fundo da sustentabilidade. Como isso afeta o modo de produção, não só a parte da agricultura regenerativa, que tem o solo como preocupação central, como outras questões como as mudanças climáticas”.

Dentro da visão regenerativa, Alexandre relata que de 10 anos pra cá muita coisa mudou na agricultura e para ele um modelo não vai se sobrepor ao outro. São vários modelos atuando juntos:

“São discussões que visam melhorar as condições de todos que estão participando dessa cadeia: produtor, fornecedor de insumos, da empresa que gerencia, até chegar no consumidor”.

Segundo o gerente de produção agrícola da Gebana Brasil, empresa de origem suíça que comercializa produtos orgânicos, Marcio Alberto Challiol, a história da empresa iniciou através de um grupo de mulheres, nos anos 70, que se reuniam para debater publicamente sobre sustentabilidade da banana. Muitas delas precursoras dos conceitos de comércio justo.

Hoje a Gebana apoia grupos de produtores na América e na África. Locais com um cenário de baixo investimento público sustentável. No Brasil, atua desde 2002, sendo que a partir de 2012 passaram a fazem parcerias com faculdades para a criação de maquinários e trabalhar direto com plantio orgânico:

“No Brasil, pensar na agricultura regenerativa é determinante para a conservação do solo”.

Alexandre faz o fechamento dizendo que cada vez mais há um compasso entre produção agrícola, consumo de alimentos e a sustentabilidade. Para ele, os selos de certificação são um reflexo positivo das transformações que estão acontecendo na sociedade para a conscientização dos cuidados com os recursos e com o planeta.

Leandro Bin é CEO, cofundador e cocriador da 8 Blue Tech Solutions, Empresa de desenvolvimento de tecnologias de monitoramento e de espectrofotometria para melhoria de processos industriais e ciência da vida. Também é Diretor Executivo da Allma Gestão e Consultoria.

Leandro Bin tem amplo conhecimento na área de gerenciamento de dados, construído através do trabalho no Grupo Pedra Agroindustrial de Serrana, produtor de açúcar, etanol e bioenergia.

Além disso já atuou com consultoria e desenvolvimento em sistema de gestão de análises, análise de projetos ambientais e atualmente trabalha com a Native Alimentos, onde é engenheiro agrônomo e responsável, entre outras atividades, pelas certificações orgânicas, sócio ambientais e Fair Trade (comércio justo).

Leandro Bin tem formação em Engenharia Agronômica em pela Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) de Jaboticabal e em Gestão Financeira pela Uni-São Luis. É também Especialista em Gestão de agronegócios pela Fundação Getúlio Vargas e em Agricultura Biodinâmica pelo Instituto ELO / Universidade de Uberaba.

Alexandre Schuch de Oliveira é Gerente Nacional do Grupo ECOCERT, líder na certificação global de produtos orgânicos com operações nos cinco continentes.

Com vinte anos de experiência profissional em vendas, marketing, negócios em empresas – varejo e serviços, Alexandre Shuch de Oliveira já atuou em empresas como Souza Cruz, Global Telecom, Grupo Schincariol, Ambev. Além disso, vem há mais de 14 anos atuando no Setor da Produção Orgânica/Certificações.

Alexandre Schuch de Oliveira é formado em Economia pena Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e possui MBA em Negócios Internacionais pela Universidade Lusófona de Portugal.

Marcio Alberto Challiol é Gerente de Produção Agrícola da Gebana Brasil, empresa de origem suíça que comercializa produtos orgânicos. Atuando há 11 anos na Gebana Brasil, o trabalho específico de Marcio Alberto se concentra na certificação de grupos de produtores, assistência técnica e desenvolvimento de tecnologias apropriadas ao sistema de produção orgânica.

Além disso, ele também coordena projetos de desenvolvimento local e comércio justo. Para isso, busca parcerias público-privadas para dar suporte à produção agrícola e apoio aos agricultores orgânicos não somente do Brasil, mas também da Argentina e Paraguai. Marcio Alberto Challion é formado em Engenharia Agrônoma pela Universidade Federal do Paraná.

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