Adubação de pastagem Por que muito se fala e pouco se faz

Adubação de pastagem: Por que muito se fala e pouco se faz?

Entenda e esclareça quais são as barreiras mais comuns que levam a prática da adubação de pastagem a ser desacreditada por pecuaristas!

Nesta quinta, 22 de outubro, o evento Encontro com Gigantes, promovido pela Verde, empresa que produz o fertilizante K Forte®, conversou com Rodolfo Cyrineu, engenheiro agrônomo, especialista em formação, recuperação, intensificação e manejo de pastagens, com  34 anos de atuação na área.

A conversa pode ser vista na íntegra aqui:

Rodolfo Cyrineu, consultor há 32 anos em pastagem, destaca que a maioria dos pecuaristas o questiona sobre qual é pasto que produz mais, sobre como ter mais fertilidade na terra, etc. Para ele, a resposta é simples: o segredo está na adubação de pastagens.

Rodolfo explica que a adubação de pastagens tem inúmeros benefícios, que não são contestados pelos agricultores e pelos especialistas na área:

  • Aumento da produtividade;
  • Aumento de capacidade de lotação da fazenda;
  • Recuperação de pastos em processo de degradação;
  • Redução de infestação de plantas daninhas.

 Barreiras para a adubação de pastagens no Brasil

Mas, se há todos esses benefícios, por que essa técnica é aplicada em  poucos pastos no Brasil?

Mesmo tendo todos esses benefícios comprovados, a adubação de pastagens ainda é uma prática desacreditada por grande parte dos pecuaristas, não porque eles não acreditam nos resultados que ela pode ter para o pasto.

As principais barreiras que tornam a adubação de pastos pouco aplicada no Brasil estão ligadas à falta de percepção de que ela pode ter retornos financeiros.

Para Rodolfo Cyrineu, é importante esclarecer as principais dúvidas em relação a essas barreiras e desmistificar a adubação de pastagens. O Engenheiro agrônomo acredita que, assim,  haverá benefícios tanto para o pecuarista quanto para os demais participantes da cadeia pecuária.

Desmistificando as barreiras que impedem que a adubação de pastagens seja mais utilizada

 Mas, afinal, que barreias são essas? Rodolfo divide esses empecilhos em duas classes principais: a falta de percepção do retorno financeiro e a eficiência na transformação do fertilzante em ganho animal.

  • Falta de percepção do retorno financeiro

Muitas vezes, o agricultor aduba o pasto e tem o retorno financeiro, através dos benefícios que ela traz para a produção, mas o produtor tem dificuldade de mensurar esse retorno.

Isso acontece porque a adubação de pastagens é diferente da adubação de culturas como o milho, a soja, etc. Nelas, o produtor aduba, produz mais, colhe mais e vende mais – tendo um lucro mais imediato e visível.

Já na pecuária o investimento da adubação é feito no pasto para resultar numa boa venda do animal ou do produto. Mas é mais difícil perceber se o que foi investido na adubação é o mesmo que está sendo ganho na venda final.

  • Eficiência na transformação do fertilizante em ganho animal

No processo pecuário, entre o momento da adubação do pasto e o momento em que o animal ou os produtos animais são de fato vendidos, há uma série de acontecimentos que podem influenciar no sucesso da adubação.

Por isso, é preciso que a adubação de pastagem seja muito bem feita e planejada para que os resultados sejam bons. Caso contrário, os resultados serão ruins, gerando a percepção de que o investimento na adubação foi desnecessário.

Diferenças da influência da adubação de pastagem nos diferentes tipos de pecuária

Um fator que interliga essas duas principais classes de barreiras que impedem que a adubação de pastagem seja mais difundida e utilizada está na gama variada dos tipos de pecuária que existem.

Por exemplo, um produtor que cria gado para corte consegue ver mais claramente que um pasto adubado e com mais rendimento tratará ganho de peso para os animais. Entretanto, outro benefício que uma boa adubação pode trazer é o aumento da produção de leite das vacas.

Nesse caso, o produtor pode pensar que isso não vai ter infuência no seu tipo de pecuária, mas com as vacas produzindo leite em maior quantidade e mais saudável, os bezerros são desmamados com mais peso, resultando em ganhos no produto final.

A adubação na pastagem,  destaca Rodolfo Cyrineu, aumenta a eficiência da conversão do fertilizante em forragem, do pastejo e o ganho de peso do animal – e isso é um retorno para o produtor.

Avaliar para traçar o melhor plano de adubação

Outra coisa que é preciso ficar atento na hora de pensar em realizar a adubação de pastagens é o planejamento. Rodolfo Cyrineu lembra que é preciso levar em consideração as particularidades de cada propriedade e de cada produtor:

“É preciso saber o uso adequado para cada área. Além disso se o agricultor quer ter um pasto perene ele precisa adubar pelo menos uma vez por ano. O momento adequado para adicionar a uréia, por exemplo, é antes da chuva ou durante um período de chuva, para que ela possa levá-la para o solo, sem volatilizar.”

Além disso, muitas vezes é preciso fazer um trabalho de recuperação do solo antes que a adubação dê resultados mais eficientes. Sobre isso, Rodolfo esclareceu que não recomenda a destruição do solo para essa prática:

“Se eu vejo que eu consigo recuperar aquele pasto sem gradear muito melhor, não é mesmo? Agora se eu for reformar aquele pasto, seja por troca de espécie ou outra questão, eu coloco o calcário antes de colocar a grade para incorporar”.

Quer saber mais sobre adubação de pastagem? Confira o vídeo na íntegra!

Não perca os próximos eventos! Confira toda a programação do Encontro com Gigantes e faça sua inscrição pelo link: www.kforte.com.br/encontrocomgigantes

Rodolfo Cyrineu – Engenheiro agrônomo, especialista em formação, recuperação, intensificação e manejo de pastagens, com  34 anos de atuação na área em todo o Brasil: Equinos, bovinos de corte, bovinos de leite, ovinos e bubalinos.

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