A Verde Agritech possui certificação pela ISO 9001, a ISO da gestão de qualidade, assegurando ao agricultor que a empresa opera dentro de todas as regras para garantir a entrega de fertilizantes dentro de altíssimos padrões de qualidade. Porém, caso seja do interesse do agricultor confirmar que o fertilizante está dentro das especificações, recomenda-se que os seguintes passos sejam seguidos para realizar a amostragem de fertilizantes da Verde Agritech e o envio para o laboratório para a análise.
Como fazer a amostragem de fertilizantes da Verde Agritech
A amostragem é um processo que apresenta elevada importância em diversos setores. Ela consiste na retirada de quantidades representativas do material a ser analisado, compondo o que se chama de amostra primária ou global.
No entanto, para que uma amostra seja representativa ela precisa seguir alguns critérios específicos dependendo do material que se quer avaliar e a embalagem que ele se encontra.
Dessa forma, não adianta realizar a análise dos fertilizantes sem tomar os devidos cuidados em relação à utilização de técnicas adequadas para a obtenção da amostra. Isso porque uma amostragem inadequada compromete todo o processo, invalidando os resultados obtidos.
Nesse contexto, para que seja realizado o correto envio das amostras dos fertilizantes da Verde Agritech para análise dos teores de nutrientes, deve-se seguir alguns critérios específicos, garantindo, assim, a precisão do resultado obtido.
Para a retirada de amostras, tanto de fertilizantes a granel quanto em big bags, deve ser utilizada uma sonda de tubos duplos com janelas e com as seguintes dimensões definidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA):
Especificações da sonda de amostragem conforme recomendações do MAPA. (Fonte: Instrução Normativa 53/2013)
A sonda pode ser fabricada em inox, que tem como vantagem maior resistência e durabilidade. Essa ferramenta pode ainda ser feita de forma alternativa em PVC industrial, que apresenta um baixo custo de aquisição.
Agora que já sabemos qual o equipamento correto a ser utilizado, vamos entender um pouco mais sobre como realizar o processo de amostragem de fertilizantes a granel e em big bag.
Como realizar a amostragem de fertilizantes a granel?
Para retirar amostras de fertilizantes a granel, é utilizado o método de amostragem em pilhas. Nesse método, a pilha de material é dividida em três faixas horizontais, chamadas de topo, meio e base, como pode ser observado na figura abaixo:
Método de amostragem em pilhas utilizado para fertilizantes a granel. (Fonte: INFORME TÉCNICO ou CARTILHA DO AGRICULTOR)
Em seguida, utiliza-se uma sonda de tubo duplo perfurado com ponta cônica, para retirar as frações da amostra.
A sonda deve ser inserida na amostra completamente fechada até a máxima profundidade que pode ser alcançada, sendo aberta para enchê-la e depois retirada após seu fechamento. A amostra deve então ser retirada e acondicionada nas embalagens de coleta.
Para lotes de até 100 toneladas, recomenda-se a coleta de pelo menos dez pontos diferentes na pilha, de modo que a amostra seja representativa do lote a ser analisado.
Caso os lotes sejam muito grandes, recomenda-se dividi-los em lotes menores e retirar uma amostra para representar cada subdivisão do lote. Esse processo deverá ser repetido até completar os pontos de amostragem determinados conforme as tabelas abaixo:
Número mínimo de porções que devem ser coletadas de acordo com o tamanho do lote. (Fonte: INFORME TÉCNICO ou CARTILHA DO AGRICULTOR)
Mas, caso o fertilizante se encontre em big bags, como se deve realizar a amostragem?
Como realizar a amostragem de fertilizantes em big bag?
Apesar de utilizar a mesma sonda de amostragem para a coleta de amostras de fertilizantes a granel e em big bag, alguns procedimentos adotados na coleta de amostras são diferentes nesses dois casos.
Primeiramente, a sonda de amostragem deve ser inserida completamente fechada no big-bag de cima para baixo e levemente inclinada, sendo em seguida aberta para o seu enchimento e obtenção de uma fração da amostra.
Esse procedimento deve ser repetido por três vezes em cada embalagem, em diferentes direções, como pode ser observado na figura abaixo:
Inserção correta da sonda de amostragem no big bag. (Fonte: INFORME TÉCNICO ou CARTILHA DO AGRICULTOR)
Recomenda-se que a amostragem seja feita em lotes de até 200 unidades (big bags). O número de big bags amostrados irá depender do tamanho do lote, como pode ser observado na tabela abaixo:
Número mínimo de porções que devem ser coletadas de acordo com a quantidade de big bags. (Fonte: INFORME TÉCNICO ou CARTILHA DO AGRICULTOR)
Feita a coleta, qual é o próximo procedimento a ser realizado no processo de envio das amostras para a análise?
A preparação da amostra coletada para o envio ao laboratório
Após a coleta das amostras, os volumes obtidos tanto em amostragens de fertilizantes a granel como em big bag devem ser homogeneizados e divididos em amostras iguais e uniformes.
Recomenda-se que, para cada amostra que será enviada para a análise, sejam reservadas três contra-amostras, as quais são obtidas nas mesmas condições e tamanho da amostra normal. Assim, elas podem ser utilizadas em caso de necessidade de novas análises para confirmação dos resultados.
A homogeneização das amostras pode ser feita por meio de uma técnica chamada de quarteamento, a qual visa à redução de massa das amostras, por meio da divisão da amostra inicial em alíquotas com massa menor.
Um dos métodos de quarteamento recomendados para as amostras de fertilizantes Verde Agritech é por pilha cônica.
Nesse método, forma-se uma pilha com todo o material resultante do intervalo sondado e a mesma é dividida em 4 partes iguais, e pega-se duas partes opostas em relação ao centro da pilha, conforme observado na figura abaixo:
Esquema ilustrativo da técnica de quarteamento por pilha de uma amostra. (Fonte: Resende, 2014)
De acordo com Maria Lúcia Magalhães de Oliveira e José Aury de Aquino, no livro Tratamento de Minérios: práticas laboratoriais as pilhas de homogeneização auxiliam na dissipação de agrupamentos de partículas de qualquer natureza e, dessa forma, reduzem o erro de segregação.
Além disso, elas são práticas em trabalhos de campo, pois não requerem a utilização de equipamentos sofisticados.
Outro método que pode ser utilizado é o quarteamento tipo Jones. Esses quarteadores são normalmente usados em laboratórios de análises e de ensaio para reduzir o tamanho de amostras de materiais como minérios e solo para um tamanho de lote que seja apropriado para a próxima etapa de preparação de amostra analítica.
Esse método apresenta três caixas coletoras: uma delas é utilizada para despejar a amostra do material no divisor fazendo com que ele percorra a calha que possui descargas alternadas subdivididas em várias células idênticas. Isso resulta em duas proporções exatas de material, conforme pode ser verificado na figura abaixo.
Esquema ilustrativo da técnica de quarteamento tipo Jones de uma amostra. (Fonte: Resende, 2014)
Dessa forma, durante cada operação a amostra alimentada divide-se em duas partes iguais. Podendo-se repetir o processo quantas vezes forem necessárias até a obtenção da quantidade da amostra necessária.
Após o procedimento de amostragem e quarteamento, deve-se armazenar as amostras em saco plástico limpo, e identificá-la de forma específica de acordo com a etiqueta abaixo:
Modelo de ficha de encaminhamento de amostras do K Forte® para análise.
Mas, depois da preparação da amostra qual método deve-se utilizar para analisar o teor de K2O do K Forte®?
Qual é a metodologia recomendada para analisar o teor de K2O do K Forte®?
Para determinar o melhor extrator e medir a disponibilidade de K2O do K Forte®, um estudo de correlação entre a produtividade e a dose de K2O foi conduzido pela Dra. Eliana Paula Fernandes Brasil, na Universidade Federal de Goiás.
O estudo, intitulado Chemical Extractors to Assess Potassium Availability in Glauconitic Siltstone, mostrou que os métodos que apresentaram melhor correlação entre os teores de K2O e a produtividade das culturas de milho e feijão (Kg ha-1) foram o método estabelecido pelo MAPA 8.2.4.2 e o método que utiliza a solução extratora de ácido tartárico a 5% + fluoreto de sódio 0,5% na relação 1:500.
Correlação entre os teores totais de K2O pelo método MAPA 8.2.4.2 em relação à produtividade (Kg ha-1) de grãos acumulado em milho e feijão no município de Quirinópolis (GO). (Fonte: Brasil et al., 2020)
Correlação entre os teores totais de K2O pelo método que utiliza a solução extratora de ácido tartárico a 5% + fluoreto de sódio 0,5% na relação 1:500, em relação à produtividade (Kg ha-1) de grãos acumulado em milho e feijão no município de Quirinópolis (GO). (Fonte: Brasil et al., 2020)
Dessa forma, a recomendação da Verde Agritech é que as análises do teor total de K2O do K Forte® devem ser realizadas em conformidade com a Instrução Normativa nº 37 de 13 de outubro de 2017, seguindo os procedimentos descritos no Manual de métodos analíticos oficiais para fertilizantes e corretivos (MAPA, 2017), conforme o item 8.2.4.2, com determinação por espectrometria de absorção atômica.
Quanto ao K2O solúvel das amostras, é recomendada a utilização da solução extratora de ácido tartárico a 5% + fluoreto de sódio 0,5% na relação 1:500, método desenvolvido pela Verde Agritech e aprovado pelo MAPA.
A importância de se realizar uma amostragem correta
A amostra final, enviada para análise deve apresentar alta representatividade do material que se quer analisar. Dessa forma, uma amostragem errada pode ocasionar perda de materiais, alteração na distribuição química ou física e consequentemente resultados inadequados.
Assim, para que se tenha certeza da qualidade dos resultados é importante garantir que todo o procedimento de amostragem esteja sendo realizado de forma correta, seguindo os padrões recomendados!