Conheça as práticas que fazem a diferença para se obter altas produtividades no setor florestal

Conheça as práticas que fazem a diferença para se obter altas produtividades no setor florestal

Alcançar altas produtividades no setor florestal nem sempre é uma tarefa fácil. A escolha do material genético, por exemplo, é um dos fatores que podem influenciar na produtividade do setor florestal. E só dentro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estão inscritos mais de 700 materiais genéticos de eucalipto, isso além das espécies nativas e exóticas. Esse é apenas um dos desafios do setor.

Para falar sobre o assunto, a Verde convidou o Mestre em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), Biólogo e Consultor Florestal na Fuste Consultoria, Eduardo Stehling, para o “Encontro com Gigantes – Altas produtividades no setor florestal”.

O evento foi promovido pela Verde, empresa que produz os fertilizantes BAKS®, K Forte® e Silício Forte, no dia 04 de novembro de 2021.

Você pode conferir a conversa, mediada por Rodrigo Mac Leod, na íntegra pelo link:

 

Os fatores que afetam a produtividade de florestas plantadas

É possível elencar dezenas de fatores que afetam a produtividade florestal, mas, segundo Eduardo Stehling os principais pontos que devem ser considerados giram em torno dos seguintes aspectos:

“Muitas vezes o agricultor fica restrito à questão da rentabilidade, mas a escolha do material genético, por exemplo, deve contemplar uma série de questões, principalmente aspectos técnicos de produção, uma vez que nem toda cultura está apta para a área em questão”, pontua Eduardo.

Essa necessidade de espécies bem adaptadas para as condições regionais e objetivos de produção é em grande parte suprida pela ampla variedade de materiais genéticos inscritos no MAPA.

No Brasil, as principais espécies cultivadas para produção de celulose, madeira serrada e painéis são os gêneros Eucaliptus, Corymbia e Pinus. Outras espécies nativas e exóticas também são usadas, principalmente para a finalidade de serraria, como a Teca e o Mogno brasileiro, respectivamente.

Antes do plantio da espécie escolhida, Eduardo Stehling destacou que é muito importante escolher com cautela a área destinada à produção, assim como realizar uma boa análise de solo:

“Na escolha da área nós temos que tentar ter o controle do máximo de variáveis possíveis, porque cada uma delas irá interferir na produtividade final. A topografia, por exemplo, pode ter um impacto muito grande na velocidade e o custo da colheita, como também na produtividade e rentabilidade da área.”

Ele segue pontuando a importância de compreender bem o solo no qual a cultura será implementada:

“Também não tem como implantarmos uma cultura sem saber o que tem ali no solo. Muitas vezes, o solo está pronto para o plantio quando você sai de uma cultura e entra com uma cultura florestal logo depois. Mas, às vezes, você também pode encontrar um solo muito exaurido, como as áreas de pastagens degradadas, que precisam de uma correção fina.”

Entender o real estado de fertilidade do solo exige algumas boas práticas de amostragem e análise do solo, que vão desde a realização da amostragem em diferentes profundidades à seleção dos métodos e parâmetros mais adequados para a análise.

Eduardo Stehling também recomenda a separação de amostras de solo caso o agricultor observe diferenças na topografia, na paisagem, na textura e na presença de impedimentos físicos do solo, por exemplo.

 

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A correção e manutenção dos níveis de macronutrientes e micronutrientes na nutrição do eucalipto também é uma prática essencial.

Com o solo devidamente corrigido e ajustado às exigências da cultura, é hora de iniciar o plantio da área.

Controlando os fatores que afetam a produtividade durante o plantio e condução

Segundo Eduardo Stehling, um dos fatores que mais prejudica o potencial de produtividade da floresta antes do início do plantio é a falta de um viveiro de espera adequada. Já durante o plantio, ele atribui os problemas da silvicultura a dois outros aspectos:

“As principais causas de problemas de plantio que eu acompanho estão relacionados principalmente a falta de acompanhamento direto do proprietário e/ou a falta de treinamento adequado da equipe. A torção do colo da muda no momento da retirada do tubete ou o plantio em profundidade inadequada, podem causar a queda de produtividade.”

Por isso, a criação de instalações adequadas para a acomodação das mudas até o plantio, associado ao treinamento da equipe da fazenda são partes essenciais para não comprometer o potencial produtivo das espécies.

Durante a fase de crescimento e desenvolvimento inicial das plantas, também é importante a realização da irrigação de estabelecimento e controle do mato de competição, quando necessário.

Com o aumento do porte das árvores, o agricultor já deve se atentar as práticas de desrama e desbaste. Eduardo Stehling ressaltou a importância realizar a poda no momento e na intensidade correta para que não haja dano no desenvolvimento da floresta:

“Toda vez que se faz a supressão da copa, também existe a supressão do sistema radicular, porque existe uma conexão direta entre as raízes e a copa das plantas. Com isso, recomendo que a desrama seja feita até 1/3 do volume de folhas da árvore, de preferência no período de inverno, sem remover a estrutura de regeneração natural da árvore.”

Eduardo ainda complementa:

“Já os desbastes são fundamentais para o desenvolvimento e formação do fuste adequados, principalmente no caso dos materiais genéticos seminais, em que existe muita desuniformidade dentro da população.”

Uma das fases mais críticas de todo o processo chega quando a população florestal atinge a idade de corte, uma vez que essa etapa pode afetar severamente a qualidade do produto final.

Como garantir um produto florestal de qualidade

Eduardo Stehling explica que, na fase de processamento, práticas como a secagem podem acentuar todos os defeitos que a madeira tem quando são mal feitas. Ao mesmo tempo, elas podem neutralizar esses defeitos quando são realizadas adequadamente.

Dessa forma, é essencial que o agricultor tenha uma atenção redobrada na hora do processamento e montagem das pilhas para secamento de produtos madeireiros, a fim de extrair o potencial máximo do seu produto final.

Para entender mais sobre como alcançar altas produtividades no setor florestal, confira o vídeo do Encontro com Gigantes na íntegra!

Não perca os próximos eventos. Confira toda a programação do Encontro com Gigantes e faça sua inscrição pelo link: Encontro com Gigantes.

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