A soja é um dos cultivos agrícolas mais importantes do Brasil. No entanto, a ferrugem asiática da soja é uma doença que pode trazer grandes prejuízos para essa cultura. Nesse contexto, o monitoramento é uma ação muito relevante na prevenção e controle da ferrugem asiática da soja. Entenda mais sobre isso e descubra o papel da tecnologia e da adubação na mitigação dos impactos da ferrugem asiática da soja!
A importância do monitoramento na prevenção e controle da ferrugem asiática da soja
Uma das ações mais importantes na prevenção e controle da ferrugem asiática da soja é o monitoramento da doença. Nesse sentido, o Alerta Ferrugem é sistema que ajuda a proteger as lavouras de soja do estado do Paraná.
Anualmente, produtores, extensionistas, pesquisadores e estudantes se mobilizam em torno dos coletores de esporos do fungo causador da doença, que estão distribuídos por todo o estado.
Esses dispositivos são essenciais para detectar o momento preciso da chegada dos primeiros esporos da ferrugem nas lavouras, permitindo que os agricultores possam definir com precisão o momento adequado para aplicar fungicidas.
Nas últimas safras, os produtores que seguiram as recomendações do Alerta Ferrugem conseguiram reduzir em média 35% o número de aplicações de fungicidas, o que resultou em uma significativa redução dos custos de produção e em menor impacto ambiental.
Atualmente, 85 coletores de esporos já foram instalados no estado, com a expectativa de que esse número alcance 200 nos próximos meses.
Como notado, o monitoramento é essencial para tomar as medidas de controle no momento adequado e com mais eficiência. Além disso, ele é importante porque ajuda a prever quando outros fatores, como o clima, influenciam a ferrugem asiática da soja.
A influência do clima no comportamento da ferrugem asiática da soja
O comportamento de doenças como a ferrugem asiática pode variar de ano para ano, de acordo com a influência de fatores como as condições do clima na agricultura.
É o que destaca Edivan José Possamai, coordenador estadual do programa Grãos Sustentáveis do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), em entrevista publicada no site do IDR-Paraná e divulgada pelo portal Notícias Agrícolas.
Por isso, de acordo com ele, o monitoramento constante da chegada dos esporos nas lavouras é fundamental.
Edivan relata ainda que, semanalmente, extensionistas ou parceiros realizam a leitura das lâminas dos coletores instalados em propriedades de produtores parceiros, permitindo identificar o momento exato da chegada dos primeiros esporos na região.
Isso garante que o fungicida seja aplicado no momento correto, evitando tanto o desperdício, quando a doença ainda não se instalou, quanto a aplicação tardia, que pode resultar em perda de produtividade:
“Isso evita que o fungicida seja aplicado quando a doença ainda não se instalou nas lavouras, eliminando o desperdício. Ou aplicar tardiamente, quando podem ocorrer perdas de produtividade”, enfatizou Possamai.
Em anos influenciados pelo fenômeno La Niña, mais secos, a ferrugem asiática tende a aparecer mais tarde nas plantações e de forma menos agressiva. No ano passado, por exemplo, os primeiros esporos foram detectados em 30 de outubro.
No processo de monitoramento da ferrugem asiática da soja realizado pelo Ferrugem Asiática, as ferramentas tecnológicas são altamente úteis.
Por exemplo, a tecnologia de comunicação, através de ferramentas como os grupos de WhatsApp, ajuda a orientar sobre o momento ideal para o controle e os produtos mais eficazes contra a doença.
Mas o papel da tecnologia no monitoramento da ferrugem asiática da soja vai muito além disso, especialmente com avanço visto nos últimos anos.
O papel da tecnologia no monitoramento da ferrugem asiática da soja
Nos últimos anos, o IDR-Paraná firmou uma parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus de Cornélio Procópio, para aplicar Inteligência Artificial (IA) na automação do processo de identificação dos esporos.
Nesta safra, a tecnologia será testada em campo. Atualmente, as lâminas coletadas são avaliadas por especialistas treinados, o que encarece o processo. Com o uso da IA, a análise das lâminas será feita por um software.
“Isso possibilita aumentar o número de coletores no estado e melhorar as condições de identificação dos esporos que causam a ferrugem asiática. Com o tempo poderemos identificar também os esporos de outras doenças de plantas, ao mesmo tempo que analisamos os esporos da ferrugem”, explicou Possamai.
Esse trabalho está sendo desenvolvido em conjunto com o CIA-Agro (Centro de Inteligência Artificial no Agro), uma iniciativa do governo do Paraná dentro dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPI).
O objetivo do centro é impulsionar o desenvolvimento social e técnico no estado, aplicando IA ao setor agropecuário, um dos principais motores econômicos da região.
Além da inteligência artificial, a tecnologia na agricultura também pode ser aplicada em outros campos que contribuem para a prevenção e controle da ferrugem asiática da soja, como a adubação.
Aliando tecnologia e adubação na mitigação dos impactos da ferrugem asiática da soja
A adubação adequada pode ajudar de maneira relevante na prevenção e no controle da ferragem asiática da soja, ao trazer nutrientes que exercem funções que ajudam as plantas a lidarem com os estresses bióticos, como é o caso do potássio e do enxofre.
Nesse contexto, o silício é um elemento benéfico paras plantas que pode ser um aliado importante para auxiliar o agricultor a lidar com a ferrugem asiática da soja.
É que a sua inclusão no manejo nutricional proporciona interações físicas quanto metabólicas que trazem vantagens, incluindo a indução da resistência vegetal aos estresses bióticos.
Aqui, estudos apontam que o silício consegue promover o aumento dos níveis de substâncias pigmentantes que são relevantes para o processo de fotossíntese das plantas.
Com isso, os efeitos dos sintomas da ferrugem asiática da soja que provocam o enfraquecimento vegetal e levam a um desenvolvimento das plantas mais lento podem ser reduzidos.
É o que observaram o Prof. Fabrício de Ávila Rodrigues e outros pesquisadores do Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), no artigo Asian Soybean Rust Control on Soybean Sprayed with a New Source of Soluble Silicon.
Já outros estudos indicam que uma adubação rica em silício na soja potencializa os mecanismos naturais de defesa da planta à infecção por patógenos. Nesse contexto, o silício consegue fortalecer os tecidos vegetais de maneira geral.
Com isso, ele é capaz de promover a formação de uma espécie de barreira física que evita a penetração de fungos patogênicos.
É apontam Maria Fernanda Antunes da Cruz e outros pesquisadores, no artigo Silício no processo infeccioso de Phakopsora pachyrhizi em folíolos de plantas de soja.
Micrografias de luz e eletromicrografias de varreduras evidenciando a diferença do processo infeccioso do agente causal da ferrugem (Phakopsora pachyrhizi) em folíolos de plantas de soja sem (A, B e E) e com a aplicação de silício (C, D e F) (Fonte:Cruz et al, 2012)
Levando isso em consideração e a questão da tecnologia como fator que ajuda a prevenir e controlar a ferrugem asiática da soja, optar por fertilizantes que sejam mais completos e incorporem tecnologias que os tornem mais eficientes pode ser uma estratégia relevante.
Aqui os fertilizantes da Verde Agritech, como o KFORTE®, o BAKS®, o YBA® e o MONDÉ®, entre outros, podem ser ferramentas que contribuem para mitigar os impactos da ferrugem asiática da soja.
Uma das principais características dos fertilizantes da Verde Agritech é que eles são multinturientes, trazendo o potássio, o enxofre e outros nutrientes essenciais para as plantas. E eles ainda são ricos em silício.
Dessa, o manejo não só se torna mais completo com um único fertilizante, mas pode ser uma ferramenta que ajuda a fortalecer as defesas das plantas contra os estresses bióticos.
Além disso pensando na questão da tecnologia, os fertilizantes da Verde Agritech contam com tecnologias exclusivas e inovadoras, que foram desenvolvidas pensando no contexto da agricultura tropical e contribuem para um melhor fator de eficiência deles.
Graças a elas, por exemplo, eles possuem uma disponibilização gradual de nutrientes, uma característica que traz muitas vantagens para o manejo agrícola.
Fertilizantes com disponibilização gradual trazem mais vantagens para o manejo
Um dos pontos importantes disso é o efeito residual duradouro, que favorece a construção da fertilidade do solo e otimiza o manejo. Dessa maneira, o investimento do agricultor é valorizado.
Além disso a Verde Agritech traz em seus fertilizantes uma variada gama de tecnologias que tornam o manejo mais eficaz. É o caso da N Keeper, que otimiza a adubação nitrogenada ao reduzir as perdas desse nutriente por lixiviação e volatilização.
E, no âmbito do cultivo da soja, isso pode inclusive ajudar a melhorar o nível de proteínas desse cultivo. Inclusive, estudos indicam que os fertilizantes da Verde Agritech contribuem nesse sentido.
Vale mencionar ainda outras tecnologias que otimizam a eficiência dos fertilizantes da Verde Agritech, como a P.Enhancer, a Dust Control, a MicroS Technology, que otimizam a sua eficiência na adubação.
Dessa maneira, além de trazer nutrientes e tecnologias que ajudam a soja a alcançar uma produtividade e qualidade maior, os fertilizantes da Verde Agritech podem ajudar a mitigar os impactos de riscos como o da ferrugem asiática da soja.
Ações de monitoramento e a inclusão da tecnologia e da adubação eficiente são estratégias que podem ajudar a reduzir os impactos da ferrugem asiática da soja
Em síntese o monitoramento da ferrugem asiática da soja é uma estratégia fundamental para a prevenção e o controle dessa doença que pode causar grandes impactos nesse importante cultivo agrícola.
Nesse sentido, a tecnologia tem contribuído de forma valiosa. No programa Alerta Ferrugem, do Paraná, por exemplo, isso vai desde o uso de ferramentas de comunicação até o uso de inteligência artificial para identificar a presença dos esporos.
Além disso, a tecnologia também pode ajudar os fertilizantes a se tornarem ferramentas mais eficientes na adubação e também propiciar o seu melhor uso como ferramenta que contribui na mitigação dos impactos da ferrugem asiática da soja.