A colheita da segunda safra de milho atingiu a marca de 65,6% até o início de setembro. O que faz disso destaque nas notícias agrícolas da semana é que essa cifra se mostra inferior aos 85,6% registrados na safra anterior e aos 88,6% da média das últimas cinco temporadas.
Os dados são da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), que publicou o seu mais recente Boletim Semanal da Casa Rural, trazendo atualizações sobre o panorama agrícola do estado.
A Famasul ressalta que a colheita no estado está seguindo um ritmo mais lento, com os produtores aguardando por condições de mercado mais favoráveis antes de intensificar a operação.
No que diz respeito às áreas ainda não colhidas, 87,2% delas foram avaliadas como estando em boas condições, enquanto 10,4% foram classificadas como regulares e 2,4% como ruins.
A publicação destaca que a última semana em Mato Grosso do Sul foi marcada por condições meteorológicas extremas, incluindo altas temperaturas, rajadas de vento intensas e chuvas significativas em várias regiões do estado. Entre os dias 31 de agosto e 01 de setembro, volumes notáveis de chuva foram registrados, com destaque para 61 mm em Bonito, 45,8 mm em Rio Brilhante e 33,8 mm em Campo Grande.
Para a atual temporada, a Famasul continua estimando uma área total plantada de 2,325 milhões de hectares, um aumento de 5,39% em relação a 2022, e uma produtividade média estimada de 80,33 sacas por hectare, resultando em uma produção projetada de 11,206 milhões de toneladas. Esse valor representa uma redução de 12,28% em relação ao ciclo anterior.
No âmbito do mercado, a Famasul destaca que o preço da saca de milho apresentou uma valorização de 0,16% em Mato Grosso do Sul entre os dias 28 de agosto e 01 de setembro, alcançando um valor médio de R$ 38,38 por saca.
Vale notar ainda que, até o momento, apenas 41,2% da safra estimada foi comercializada.
A atenção às notícias agrícolas, aos boletins sobre o tempo e a realização de um bom manejo é essencial para o bom desempenho da lavoura
O clima é uma variável crucial na atividade agrícola, uma vez que ele impacta diretamente nos diversos processos do manejo, desde o plantio, passando pelo desenvolvimento das plantas e até mesmo, como visto, a colheita.
Em razão disso, é essencial que o agricultor esteja atento às notícias agrícolas e ao monitoramento de boletins climáticos para entender quais são as decisões mais assertivas a serem tomadas. Isso vale tanto para aquelas mais imediatas quanto para aquelas que ajudam aprimorar o planejamento do manejo agrícola para minimizar os impactos que variações climáticas possam ter.
Nesse sentido, vale destacar a importância de fazer uma boa adubação, com fertilizantes eficientes e que ajudem a melhorar a qualidade do solo. Isso porque essa ação pode ser uma estratégia de prevenção e mitigação de danos, seja pela falta de chuvas, seja pelo excesso delas.
A boa nutrição da lavoura com nutrientes que ajudem as plantas a lidarem com estresses hídricos é uma boa estratégia de prevenção, por exemplo. Por sua vez, o uso de fertilizantes que não sofram com a lixiviação ajuda a evitar que o manejo nutricional seja menos eficiente em decorrência do excesso de chuvas.
Ao tomar esses cuidados, o agricultor consegue fazer uma otimização do manejo, ajudando no alcance de melhores produtividades, com mais qualidade e rentabilidade.