O milho é uma das culturas mais importantes do mundo, e o seu sucesso depende de muitos fatores, incluindo a disponibilidade adequada de nutrientes. Embora muitos agricultores tenham a tendência de se concentrar nas macronutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio, os micronutrientes também desempenham um papel crucial na produção de grãos de alta qualidade. Entenda a importância do manejo de micronutrientes no milho!
O que são os micronutrientes?
Os nutrientes que as plantas precisam para crescer e se desenvolver costumam ser divididos em grandes grupos, de acordo com as quantidades requeridas pelas plantas. São eles:
- Os macronutrientes primários, que são requeridos em maiores quantidades. Esse grupo é composto pelo nitrogênio, o potássio e o fósforo;
- Os macronutrientes secundários, que são requeridos ainda em grandes quantidades, mas geralmente menos que os primários. São eles o enxofre, o cálcio e o magnésio;
- Por fim, temos os micronutrientes, que são requeridos em menores quantidades. Esse grupo é formado pelo manganês, o boro, o cobre, o zinco, o ferro, o molibdênio e o cloro.
Mas, mesmo que os micronutrientes sejam necessários em quantidades menores que os macronutrientes, a sua ausência no manejo agrícola pode prejudicar a produtividade e a qualidade das plantas, incluindo da cultura do milho.
Isso porque, de acordo com a Lei dos Mínimos, proposta pelo químico Justus von Liebig, mesmo que todos os nutrientes essenciais estejam disponíveis e em quantidade adequada, a produtividade das lavouras é limitada pelo nutriente em menor disponibilidade do solo.
Representação da Lei dos Mínimos: a produtividade de uma lavoura é limitada pelas quantidades mínimas dos nutrientes dos quais as plantas precisam
Dessa maneira, quando um micronutriente está em falta no solo, podem surgir sintomas de deficiência que representam sérios problemas de saúde vegetal, afetando a qualidade e a produção de colheitas.
Mas, quais são as principais funções dos micronutrientes no milho?
As funções dos micronutrientes no milho
Os micronutrientes exercem diversas funções no metabolismo e na fisiologia do milho, que fazem com que a sua presença no manejo agrícola seja essencial.
Na publicação Informações Agronômicas nº 122, do International Plant Nutrition Institute, são citadas algumas funções de importantes micronutrientes no milho, como por exemplo:
- Cobre: O cobre é um ativador enzimático de vital importância nos processos de fotossíntese, respiração, metabolismo de carboidratos, redução e fixação de nitrogênio, metabolismo de proteínas e formação da parede celular. A deficiência severa desse micronutriente inibe a reprodução das plantas.
- Zinco: O zinco atua como um ativador enzimático de diversos processos metabólicos, como o da produção do aminoácido triptofano, precursor do AIA (ácido indol acético), responsável pelo crescimento de tecidos vegetais. Além do mais, o milho é uma das plantas que mais responde à aplicação de Zn no solo, proporcionando ganhos de matéria seca e de grãos.
- Boro: Já o boro participa de vários processos fisiológicos na planta, como metabolismo de carboidratos, síntese de RNA e AIA, metabolismo dos compostos fenólicos, síntese da parede celular e integridade da membrana celular. Além disso, ele é essencial para a germinação do grão de pólen e formação do tubo polínico, por isso, espigas de plantas deficientes em boro são tipicamente encurvadas, uma vez que a uniformidade de seu crescimento está ligada à formação dos grãos. Outro sintoma típico de deficiência de boro em milho é o crescimento anormal da folha-bandeira, que permanece enrolada, conhecido como “pendão sufocado”.
Os micronutrientes exercem funções essenciais nas plantas
Por isso, é muito importante que o agricultor esteja atento ao manejo dos microrganismos no milho. Mas, como fazer isso de maneira adequada?
Como fazer o manejo dos micronutrientes no milho de maneira adequada?
Quando se fala da nutrição com micronutrientes no milho, um dos principais desafios da é que, por serem requeridos em quantidades pequenas, a faixa ideal em que eles devem ser aplicados no solo é bastante estreita.
Isso porque se há micronutrientes de menos, há o surgimento de sintomas de deficiência. Mas o excesso de micronutrientes também pode ser prejudicial às plantas, causando toxicidade e interferindo no crescimento.
Assim, é muito importante a realização de análises de solo para identificar as necessidades nutricionais das plantas e aplicar os fertilizantes de maneira adequada.
Essa ferramenta também ajuda a conhecer outros fatores que podem afetar a disponibilidade de micronutrientes, como a acidez do solo e a presença de outros elementos no solo que podem inibir a absorção de micronutrientes.
Além disso, é essencial que nesse manejo sejam utilizados fertilizantes que ofereçam os micronutrientes de forma balanceada e nas quantidades ideias para as diversas culturas agrícolas.
É o caso, por exemplo, do BAKS®, fertilizante multinutriente da Verde Agritech. Ele conta com tecnologias exclusivas e inovadoras para fornecer de forma eficaz não só macronutrinetes como o potássio e o enxofre, mas também micronutrientes como o boro, além de outros.
Isso de maneira gradual, o que ajuda a construir e manter a fertilidade do solo. Além disso, como os nutrientes estão em um único fertilizante, o agricultor consegue inclusive economizar no manejo agrícola, já que há redução da necessidade de entradas na lavoura.
O manejo dos micronutrientes no milho é essencial para garantir mais produtividade e qualidade na lavoura
Em resumo, o manejo adequado de micronutrientes é fundamental para garantir a produção de grãos de alta qualidade de milho.
Os agricultores devem compreender a importância dos micronutrientes, implementar medidas para garantir a disponibilidade adequada desses nutrientes e levar em conta outros fatores que podem afetar a disponibilidade de micronutrientes no milho!