O potássio é considerado um nutriente de “arranque” do milho, apresentando uma alta taxa de acúmulo nas primeiras semanas de desenvolvimento da cultura. Ritmo de absorção esse que pode inclusive ser superior ao de nitrogênio e de fósforo. Por isso, a época de aplicação de potássio pode ter um grande impacto no desenvolvimento e produtividade do milho. Entenda mais sobre esse assunto e como otimizar a adubação do potássio no milho!
O impacto da adubação potássica na qualidade e produtividade do milho
O potássio é um nutriente muito importante para qualidade e produtividade do milho, estando intimamente relacionado ao acúmulo de proteínas nos grãos e ao teor de matéria seca nas plantas, além de desempenhar diversas outras funções.
Segundo a publicação Potássio, o Elemento da Qualidade na Produção Agrícola, do International Potash Institute, um baixo suprimento de potássio restringe o transporte adequado de nitratos e inibe a formação das proteínas, levando ao acúmulo de nitrato-N e amino-N solúvel.
Além disso, o suprimento de carboidratos para as plantas depende do potássio. Isso acontece porque esse nutriente está ligado ao processo fotossintético, por influenciar diretamente a síntese da principal enzima responsável pela fixação de carbono orgânico.
Em consequência, isso afeta diretamente a produção de matéria seca do milho, que é essencial para alcançar bons rendimentos de produção de forragem e a minimização do risco de acamamento de plantas.
Relatos da Embrapa indicam incrementos de até 100% de produção com adição de 120 a 150 kg/ha de potássio (K2O) nos solos da região central do Brasil.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelam que, na última safra, a produtividade média do milho no Brasil ultrapassou mais de 5.500 quilos por hectare, apresentando, agora uma tendência de queda de 15,1% para a safra 2020/21.
Mas, somente fornecer as doses ideais de potássio para milho não é suficiente para alcançar o ótimo desempenho da lavoura. É preciso se atentar também à época de aplicação e à fonte de potássio utilizada!
Como a época de aplicação e a fonte de potássio influenciam a adubação potássica do milho?
O período de absorção mais intenso de potássio no milho prevalece nos estádios iniciais de desenvolvimento vegetativo da cultura, com elevada taxa de acúmulo nos primeiros 30 a 40 dias de desenvolvimento.
João P. R. David e outros pesquisadores observaram, no artigo O efeito de diferentes doses de potássio na adubação de base e cobertura na cultura do milho, que, nas condições do estudo:
- As melhores médias de altura da planta, altura de inserção da primeira espiga e diâmetro do caule foram influenciadas pela aplicação de potássio na base e na cobertura (estádio V5);
- Os parâmetros de grãos por planta e rendimento foram influenciados por uma dose maior de potássio em aplicação na base.
Contudo, como o potássio é um nutriente muito dinâmico no sistema solo-planta, as perdas por lixiviação podem atingir a ordem de 50-70% com a aplicação de fertilizantes potássicos de liberação imediata.
É o que relatam os pesquisadores Lan Wu e Mingzhu Liu, no artigo Preparation and properties of chitosan-coated NPK compound fertilizer with controlled-release and water-retention.
Além disso, a necessidade ou não de parcelamento depende da escolha do tipo de fertilizante. No caso do Cloreto de Potássio (KCl), por exemplo, o seu elevado índice salino e de cloro podem provocar a redução das taxas de germinação e o crescimento inicial do milho.
Diâmetro do colmo, massa seca e área foliar em plantas de milho cultivadas em solo com diferentes níveis de salinidade aos 30 dias após semeadura. (Fonte: SILVA et al, 2016)
Uma alternativa para evitar os efeitos negativos do acúmulo excessivo de sais e cloro no solo e as perdas de potássio no agroecossistema, é a aplicação das fontes de potássio de liberação gradual.
O potencial do uso das fontes de liberação gradual
Como o próprio nome sugere, os fertilizantes de liberação gradual têm uma taxa de disponibilização dos nutrientes para a lavoura que acontece ao longo de um período maior, diferente daqueles que disponibilizam praticamente todos os nutrientes em um curto período após a aplicação.
É importante considerar a disponibilidade de nutrientes na hora de escolher os fertilizantes para a lavoura.
Essa característica dos fertilizantes de liberação gradual traz uma série de vantagens para o agricultor.
A primeira delas é que isso evita que haja uma perda de nutrientes devido ao fenômeno da lixiviação.
Quando os fertilizantes disponibilizam toda a sua carga de nutrientes de maneira imediata, muitas vezes a planta não consegue absorver tudo o que foi aplicado, fazendo com que eles se percam para as camadas mais profundas do solo, fora do alcança das raízes.
Isso é particularmente relevante no caso do potássio, que é um nutriente bastante móvel no perfil do solo. Assim, como os fertilizantes de liberação gradual tem uma disponibilização mais lenta, esse fenômeno pode ser evitado.
A segunda vantagem é o efeito residual dos nutrientes no solo, que está relacionado com a primeira. Como as fontes de liberação gradual agem por mais tempo, os níveis de nutrientes no solo se mantêm mais alto por um período maior, prolongando os benefícios que eles podem oferecer para o solo e para as plantas e auxiliando na construção e manutenção da fertilidade do solo.
Prolongamento este que pode favorecer ainda mais o milho quando ele é cultivado em sistemas de sucessão, já que a prática de adubação nas estações do outono e inverno nem sempre é vantajosa para o agricultor devido às restrições climáticas.
Mas, quando se deve aplicar uma fonte de potássio de liberação gradual na cultura do milho?
Quando aplicar fontes de potássio de liberação gradual no milho?
Levando em consideração as características das fontes de potássio de liberação gradual, a aplicação desse tipo de fertilizante deve ser realizada em uma etapa mais anterior do manejo agrícola.
O ideal seria realizar essa aplicação junto do preparo do solo, em torno de dois meses antes do plantio. Mas, qual a vantagem disso?
Além dos benefícios de evitar a lixiviação e do efeito residual duradouro, as fontes de liberação gradual de potássio, como é o caso do K Forte®, fertilizante multinutriente da Verde, permitem que a aplicação seja feita sem a necessidade de parcelamentos
No caso do K Forte®, outra característica que permite isso é que ele é um fertilizante que apresenta um baixo índice salino e livre de cloro. Isso faz com que o seu uso no solo não traga problemas como a salinização e a compactação, que prejudicam a cultura do milho.
Assim, ao aplicar o potássio em uma única entrada, o agricultor também economiza custos, já que otimiza os processos de adubação da lavoura.
A aplicação antecipada de fertilizantes potássicos de liberação gradual também é uma vantagem quando se trabalha com o milho em sistemas de sucessão. Por exemplo, a soja é uma cultura que é bastante utilizada junto com o milho nesse sistema de plantio.
Com o uso de fontes de liberação gradual como o K Forte®, a demanda de potássio para as duas culturas pode ser aplicada durante a preparação do solo para a soja sem riscos de lixiviação e salinização.
Dessa maneira, ao atender a longo prazo as exigências nutricionais das culturas, também é possível economizar com o número de aplicações e mão de obra.
Construir a fertilidade do solo é essencial para o desenvolvimento e produtividade do milho
Assim, construir a fertilidade do solo a longo prazo com as fontes de potássio de liberação gradual, como o K Forte®, se torna um importante recurso para preservação do maior patrimônio que o agricultor tem em sua propriedade: o solo.
Quando os teores de nutrientes do solo se encontram em equilíbrio aplicando o potássio na época correta com a fonte adequada, não será apenas o desempenho das culturas que será otimizado, mas de toda a vida no solo que também contribuirá para o desenvolvimento e produtividade do milho!