O governo federal anunciou os detalhes do Plano Safra 2023/2024 para o setor empresarial da agricultora e pecuária está pronto para impulsionar o setor com um investimento maciço de R$ 364,2 bilhões.
Os recursos são destinados ao crédito rural e abrangem produtores que estão enquadrados em programas como o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), entre outros.
Um dos destaques em relação ao Plano Safra anterior é que houve um aumento de 27% dos recursos destinados para esses programas de crédito rural, que foi de R$ 287,16 bilhões.
Dentre as principais características e diretrizes desse Plano Safra, destacam-se algumas medidas-chave que visam fomentar o progresso sustentável da agricultura brasileira. Uma delas é a ampliação do crédito para o setor, que beneficiará produtores rurais com taxas de juros acessíveis e prazos de pagamento adequados às suas necessidades.
De acordo com informações do governo federal, os agricultores do Pronamp terão uma taxa de juros de 8% ao ano para custeio e comercialização. Já para os demais produtores agrícolas, as taxas serão de 12% ao ano.
Para investimentos, as taxas podem variar entre 7% e 12,5% ao ano, dependendo do programa estabelecido.
Ainda nesse contexto, o governo aumentou o limite de enquadramento no Pronamp, que passa de R$ 2,4 milhões para R$ 3 milhões, levando em consideração o aumento dos preços dos produtos agrícolas.
Além disso, o limite de financiamento de investimentos no Pronamp aumentará de R$ 430 mil para R$ 600 por beneficiário/ano.
Incentivo a práticas sustentáveis no manejo e à diversificação
Além disso, a iniciativa prioriza o apoio ao investimento em tecnologia e inovação agrícola. Com o rápido avanço das soluções tecnológicas aplicadas à agricultura, é essencial que os produtores tenham acesso a recursos para adquirir equipamentos modernos e implementar técnicas de cultivo mais eficientes. Esse investimento impulsionará a produtividade e a competitividade do agronegócio brasileiro.
O Plano Safra 2023/2024 também prevê ações voltadas à diversificação da produção, incentivando a expansão de culturas alternativas e a adoção de práticas sustentáveis, como por exemplo:
- A produção orgânica;
- A agroecologia;
- O uso de bioinsumos;
- O tratamento de dejetos na suinocultura;
- O uso de pó de rocha, além de calcário;
- A utilização de energia renovável na avicultura;
- Práticas como o rebanho bovino rastreado;
- A certificação de sustentabilidade.
A implementação dessas práticas sustentáveis deverá agregar uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio. Todavia, vale notar que a definição dessas práticas e como os produtores comprovarão sua adoção junto às instituições financeiras será estabelecida posteriormente ao lançamento do Plano Safra 2023/24.
Já a diversificação contribui para a segurança alimentar, reduzindo a dependência de um único tipo de cultura e promovendo a sustentabilidade ambiental no campo.
Outro ponto importante é a atenção especial dada à proteção e ao seguro agrícola. Com o objetivo de minimizar os riscos enfrentados pelos produtores, o Plano Safra 2023/2024 oferece medidas de proteção e compensação para casos de adversidades climáticas e desastres naturais, garantindo uma rede de segurança para os agricultores em momentos difíceis.
Essa iniciativa governamental demonstra o comprometimento do país com o desenvolvimento e o fortalecimento do agronegócio. Assim, ao proporcionar um ambiente favorável para agricultores brasileiros, o Plano Safra 2023/2024 visa estimular o crescimento econômico, a geração de empregos e a segurança alimentar no Brasil.