Especialista explica quais são as melhores práticas para que a lavoura de feno seja mais produtiva e tenha mais longevidade - 17 08 2020 Especialista explica quais sao as melhores praticas para que a lavoura de feno seja mais produtiva e tenha mais longevidade

Especialista explica quais são as melhores práticas para que a lavoura de feno seja mais produtiva e tenha mais longevidade

Como manter a produtividade da lavoura de feno? Qual a diferença entre adubação de correção e adubação de manutenção? Quais as melhores tecnologias para manter os níveis de nutrientes do solo?

Para responder a essas questões, Rodolfo Cyrineu, consultor especialista em formação, recuperação e intensificação de pastagens de haras e produção de feno participou do “Encontro com Gigantes – Adubação em Produção de Feno para Aumento de Produtividade”.

O evento foi promovido pela Verde, empresa que produz os fertilizantes K Forte® e Silício Forte®, no dia 01 de julho de 2020.

Você pode conferir a conversa, mediada por Cristiano Veloso, na íntegra pelo link:

Um dos maiores problemas que podem prejudicar a produtividade da cultura de feno é a adubação incorreta. Os nutrientes do solo onde é cultivado o feno se esgotam muito mais rapidamente do que em outras culturas, porque a lógica de reposição deles é diferente de outras culturas.

Rodolfo Cyrineu, Engenheiro Agrônomo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), com mais de 30 anos de experiência na área de pastagem, explica que animais como cavalos e gado fornecem matéria orgânica para o solo, através do esterco e também do pasto que eles amassam e acaba se decompondo. Assim, parte dos nutrientes que as plantas retiram do solo é devolvida para ele.

Já numa área dedicada a produção do feno, toda vez que é feito o corte das plantas, todos os nutrientes são levados junto com as plantas e nada é devolvido ao solo:

“Numa área de pastagem de animais, muitos dos nutrientes retornam para o solo. No caso da produção de feno, todo o material é removido do local e junto com esse feno eu estou levando o nitrogênio, eu estou levando o potássio, eu estou levando o zinco, eu estou levando o cobre, etc”, explica Rodolfo.

É preciso, então, que o produtor de feno leve em consideração esse desgaste na hora de planejar o manejo da sua plantação. Entretanto, Rodolfo ressalta que muitas vezes isso não acontece, o que acarreta em grandes problemas: “Geralmente, o produtor de feno começa em uma área com altas produtividades e com o tempo ela vai decaindo. E grande parte da causa dessa queda está na adubação do feno”.

Quando se fala do planejamento do manejo da lavoura de feno, é preciso que o produtor tenha consciência de que não adianta repor apenas um dos nutrientes, como o nitrogênio, por exemplo. Citando a Lei do Mínimo, de Liebig, Rodolfo ressalta que é preciso que haja uma reposição mínima de todos os nutrientes necessários para que o capim destinado à produção de feno se desenvolva:

“Eu posso colocar todos outros nutrientes em excesso, mas se faltar um deles, a produção para. Então deve ter um valor mínimo de reposição.”

Então, como determinar esse valor mínimo? Como saber que nutriente é preciso aplicar ao solo? Somente através da análise do solo é possível saber quais são as necessidades do solo para que ele tenha uma produtividade aceitável.

A partir disso, Rodolfo Cyrineu explica o que é preciso fazer, antes de começar a plantar, a adubação de correção, ou seja, fornecer ao solo o que ele precisa para chegar a um nível de produtividade que gere rentabilidade para o produtor. Esse nível varia de acordo com o que se espera que a área produza e o custo para repor o nutriente.

Para o potássio, por exemplo, o ideal é que o solo tenha pelo menos 1,4 mmolc/dm3, para que a produtividade do solo esteja acima de 90%. Com valores mais altos de potássio no solo, a produtividade aumenta, mas o custo para aumentar a concentração do nutriente também aumenta, então é preciso que o produtor avalie qual é o melhor custo x benefício para ele.

Feita a adubação de correção, é preciso que o produtor de feno faça sempre a adubação de manutenção. Ela deve ser feita após cada corte de feno, já que parte dos nutrientes do solo é levada junto com as plantas. Rodolfo Cyrineu compara a adubação de manutenção com a que produtores de outras culturas fazem:

“Cada vez que o produtor vai plantar uma safra de soja, ele aduba, esperando colher a soja. Quando ele vai plantar o milho, ele aduba, esperando colher o milho. O produtor de feno deve pensar cada corte sempre como uma safra: a cada corte eu preciso repor o que for levado embora do meu solo.”

Outro ponto importante do manejo do feno é o tempo entre um corte e outro. Isso inclui o tempo que se leva para fazer essa adubação de manutenção: “A partir do momento que eu faço o corte, eu ligo o cronômetro pra o meu próximo corte. É ideal que eu faça a adubação de cobertura o mais rápido possível após o corte. Tendo condições ideais de chuva ou de irrigação, eu faria tudo de uma vez só [corte e adubação de cobertura].”

Utilizando tecnologias de liberação gradual

Rodolfo Cyrineu também falou sobre as tecnologias de nutrição que proporcionam a liberação gradual de seus nutrientes, como é o caso do K Forte®, produzido pela Verde. Fonte de potássio, silício, magnésio, cobalto, zinco e manganês, o K Forte® não sofre lixiviação como as fontes mais comuns de potássio, como o Cloreto de Potássio (KCl):

“A vantagem do K Forte® é que ele é uma fonte natural, não é um sal. Então a lixiviação dele é menor do que a do potássio convencional. Outra vantagem é que se eu trabalhar com o K Forte®, como ele não tem lixiviação, eu posso aplicar menos entre os cortes, a cada dois ou três cortes.”

Outro ponto positivo do K Forte® que Rodolfo Cyrineu destaca é o fato de que ele não contém cloro: “Outra vantagem do K Forte® é que ele não tem cloro. O cloreto de potássio é muito ruim pra planta, ele derruba a produtividade da planta.”

Ter cuidado com o manejo da plantação, incluindo análises periódicas e a realização de adubações de correção e manutenção, com tecnologias adequadas, é o segredo para manter a produtividade e longevidade da lavoura de feno:

“Pense muito bem na adubação. A adubação de feno é totalmente de uma adubação de pastejo, de uma adubação de soja, de uma adubação de milho. Se a sua fonte de renda é o feno, cuide bem do seu campo. A área de feno pode aguentar 10, 20, 30 anos, se você fizer um manejo adequado dela”, finaliza Rodolfo Cyrineu.

Não perca os próximos eventos. Confira toda a programação do Encontro com Gigantes e faça sua inscrição pelo link: www.kforte.com.br/encontrocomgigantes

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