Conheça o FITOSSAN, treinamento 100% online que integra o Programa de Educação Continuada SolloAgro da ESALQ/USP!
Nesta quinta, 06 de agosto, o evento Encontro com Gigantes, promovido pela Verde, empresa que produz o fertilizante K Forte®, conversou com José Belasque Junior e Pedro Yamamoto, que apresentaram o Programa de Capacitação em Controle Fitossanitário de Pragas e Doenças da ESALQ/USP.
A conversa pode ser vista na íntegra aqui:
José Belasque Junior, professor de fitopatologia e microbiologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), esclareceu que no Brasil, em relação a produção de alimentos, há diversas culturas agrícolas e ambientes, assim como inúmeras pragas.
“Os produtores e consultores, que pregam assistência, devem ter uma base forte para lidar com pragas e doenças. Cada safra é uma safra. Cada ano é um ano. Existem várias alterações que ocorrem no meio ambiente, além das pragas e doenças. E devido a essa demanda do mercado criamos o treinamento”.
O FITOSSAN, Programa de Capacitação em Controle Fitossanitário de Pragas e Doenças da ESALQ/USP, é inédito, como informou José Belasque Junior e 100% online.
Pedro Yamamoto, professor responsável pela área de manejo integrado de pragas do departamento de entomologia e acarologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), destacou que o programa FITOSSAN surge em momento que é preciso manejar de uma forma muita mais sustentável:
“Um curso que abrange o controle fitossanitário de pragas e doenças e aborda todas as áreas da entomologia (estudo de insetos) e fitopatologia (estuda a doença das plantas), vantagens, desvantagens e todas as suas consequências. Trabalhando com especialistas que atuam no dia a dia com esses assuntos, desde a parte básica até parte aplicada”.
Existem insetos, como esclareceu o professor Pedro Yamamoto, que se adaptam em diferentes culturas, e isso vem acontecendo cada dia com frequência. Para controlar essas pragas, primeiramente, é preciso ter conhecimento de técnicos e pesquisadores. Depois saber fazer o uso adequado das ferramentas da forma mais sustentável.
“O mercado exige uma grande produção, mas de forma sustentável. E isso é feito através de ferramentas químicas e não químicas, como controle biológico, fazendo uso de forma integrada e de forma mais eficaz. Diminuindo unicamente o método químico, melhorando a produção e a segurança alimentar”.
José Belasque Junior, professor de fitopatologia e microbiologia, enfatizou que o conhecimento é essencial para a atuação do manejo de pragas e doenças de forma sustentável.
Outro ponto relatado por Belasque é integrar as medidas de controle. Ele destaca que a agricultura atual é muito intensiva, independente da área de produção do produtor:
“É preciso ter o controle de pragas e doenças para que isso não inviabilize economicamente e ambientalmente o comércio da sua produção”.
Uma terceira observação apontada por José Belasque foi que, independente da praga ou da cultura, é preciso que o produtor aja preventivamente. Ter um plano de ação:
“Esse plano de ação envolve conhecer a área de produção, qual a microrregião que ele está inserido, o que existe no entorno dele, quais são as culturas que estão sendo produzidas, qual é a época do ano que ele vai plantar, cultivar e colher, assim como possíveis pragas e doenças.”
No treinamento FITOSSAN será discutido com os participantes quais são as diferentes estratégias de controle de pragas e doenças, controle biológico, físico, cultural e dentro de cada técnica de controle será abordado como fazer a integração dessas técnicas, com exemplos práticos.
Em relação às inovações para combater as pragas, Pedro Yamamoto diz que a tática que vem ganhando força é controle biológico:
“O controle biológico tanto ocasionado ou realizado por macro ou micro biológicos, vem crescendo mais de 20% ao ano. Hoje existem muitas mais ferramentas para que o agricultor tenha mais opções para utilizar no combate de pragas”.
Ele explicou, ainda, que as novas tecnologias, como o uso de drones, câmeras e sensores remotos, ajudam, cada vez mais, na identificação dos ataques de pragas. Diminuindo, dessa maneira, o uso de inseticidas, que serão aplicados somente nas áreas afetas.
O conhecimento acerca do controle biológico, como disse José Belasque, é muito consolidado para pragas, mas não ainda para as doenças. Ele relatou também que o uso de drones vai detectar essas áreas previamente e agir no melhor momento.
Outro tipo de controle apontado por Belasque é o melhoramento genético, que permitiu o desenvolvimento de variedades para região tropical, antes só existentes na região sul.
“O controle biológico, uso de imagens e drones, controle genético para criar novas culturas, biologia molecular para identificação de variantes dos agentes causais, fazem parte da nova Revolução Verde”, destacou Belasques.
Quer saber mais sobre o controle fitossanitário de pragas e doenças? Conheça o treinamento da ESALQ/USP e confira o vídeo na íntegra! www.esalq.usp.br
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José Belasque Junior é Professor de Fitopatologia e Microbiologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP). Sua atuação principal é nos temas de manejo de doenças, fitobactérias, huanglongbing (HLB) e etiologia e diversidade genética de fitopatógenos.
José Belasque Júnior é graduado em em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Mestre em Produção Vegetal também pela UNESP e Doutor em Fitopatologia pela ESALQ, além de possuir MBA pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Pedro Yamamoto é professor do Departamento de Entomologia e Acaralogia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), onde é responsável pela área de Manejo Integrado de Pragas. Também é coordenador do Programa de Pós-Graduação em Entomologia da ESALQ/USP. Seus principais temas de atuação são manejo integrado de pragas, controle biológico, seletividade, controle químico e táticas e estratédias MIP.
Por quatro anos, Pedro foi Pesquisador Científico no Fundo de Defesa da Citricultura. Pedro Yamamoto é graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), e é Mestre em Entomologia Agrícola e Doutor em Produção Vegetal pela mesma instituição.