A população mundial cresce a taxas bastante aceleradas e com ela a necessidade de alimentos também aumenta. Como a agricultura pode sustentar essa demanda? Qual o papel dos fertilizantes no aumento da quantidade e da qualidade dos alimentos produzidos?
Para responder a essas questões, Dr. Valter Casarin, Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier (França) e professor na ESALQ/USP, participou do “Encontro com Gigantes – Contribuição dos fertilizantes para a sustentabilidade, qualidade dos alimentos e saúde humana”.
O evento foi promovido pela Verde, empresa que produz os fertilizantes K Forte® e Silício Forte®, no dia 08 de julho de 2020.
Você pode conferir a conversa, mediada por Cristiano Veloso, na íntegra pelo link:
A população mundial deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas até 2050, segundo projeções do United States Census Bureau. Isso significa um aumento de 20% em relação aos 7,7 bilhões de pessoas atuais. Já a demanda de produção de alimentos deve crescer 70% até 2050, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Para dar conta da demanda, será preciso produzir, nos próximos 40 anos, a mesma quantidade de alimento que a humanidade produziu nos últimos 8 mil anos. Mas o que isso significa para a agricultura?
O Dr. Valter Casarin, professor da ESALQ/USP e embaixador da iniciativa Nutrientes Para a Vida, explica que para produzir mais, é preciso de mais nutrientes para o solo. Isso é uma necessidade, já que quando os alimentos são produzidos, os nutrientes que estão no solo são exportados para eles, precisando ser repostos. Essa reposição de nutrientes é feita justamente através dos fertilizantes.
Além disso, com demandas cada vez mais altas, novas áreas de exploração agrícola precisarão ser exploradas. Essas novas áreas são terrenos menos férteis, que precisam da implementação de novas técnicas de nutrição e correção de fertilidade do solo, como a calagem.
O Dr. Valter Casarin destaca o papel dos fertilizantes não somente como forma de repor os nutrientes do solo, mas de melhorar a produção agrícola: “Se nós queremos aumentar a resistência a pragas e doenças, é através da nutrição. Se nós queremos aumentar a produtividade, é através da nutrição. A nutrição é o que aumenta a produção”.
Um dos grandes desafios da nutrição agrícola e, por extensão, do mercado de fertilizantes, é a falta de compreensão da população, em especial a urbana, do que sejam esses insumos. Uma grande parte da população confunde os fertilizantes com insumos mais agressivos, que trazem efeitos prejudiciais ao solo e ao meio-ambiente.
O Dr. Valter ressalta que é justamente o contrário: os fertilizantes ajudam a repor algo que não é renovável no solo, os nutrientes exportados para as plantas. Além disso, com o uso de boas práticas e tecnologias adequadas, eles podem inclusive reduzir impactos que a agricultura possa ter no solo e no meio ambiente, como, por exemplo, em relação aos microrganismos:
“Muito se relaciona o fertilizante com efeitos negativos sobre os microrganismos. Mas quando o fertilizante aumenta a matéria orgânica do solo, ele também contribui para o microbioma do solo”.
As boas práticas em relação ao uso dos fertilizantes precisam buscar a redução de efeitos que não somente causam a elevação dos custos de produção, quanto podem, de fato, contaminar o solo e as reservas de água dele, como é o caso da lixiviação. O Dr. Casarin enumera alguns cuidados que podem reduzir a lixiviação de fertilizantes:
- Práticas culturais (como o uso da matéria orgânica do solo);
- Sincronia entre oferta e demanda de nutrientes;
- Observação das características químicas do solo;
- Dosagem correta dos fertilizantes.
- Fertilizantes e a construção da agricultura sustentável
Outro impacto positivo que os fertilizantes têm na preservação ambiental é o aumento da produção sem um aumento exponencial das áreas de cultivo: “a contribuição que o fertilizante tem dado para o aumento de produção é significativa. Se nós tivéssemos uma mesma tecnologia de nutrição de 1977, para produzir o que a gente produz hoje, teríamos que estar cultivando uma área de 129 milhões de hectares”, explica o Dr. Valter.
Os fertilizantes têm um papel muito importante também na produção de alimentos que tenham mais qualidade. Isso porque são eles que vão tornar o solo ser capaz de oferecer às plantas os nutrientes para se desenvolver e que são exportados nos alimentos. Portanto, os fertilizantes têm um papel chave no que se chama hoje de agricultura sustentável, diz o Dr. Casarin:
“Os solos não criam nutrientes. Eles possuem quantidades definidas e armazenam parcialmente o que é adicionado. Se você quiser desenvolver uma agricultura sustentável, você vai ter que devolver os nutrientes pro solo e isso é feito através da adubação.”
O desenvolvimento de tecnologias que tragam soluções mais inteligentes, como por exemplo os fertilizantes que contenham macro e micronutrientes, é muito importante para que a agricultura possa superar os desafios de produzir mais e com mais qualidade, avalia o Dr. Valter Casarin.
No caso da agricultura brasileira, o Dr. Casarin também ressalta a importância do investimento em tecnologias de nutrição nacionais, como é o caso do K Forte®, para que o país possa reduzir a sua dependência do mercado de fertilizantes internacional:
“A nossa dependência pelo fertilizante importado é muito grande. Nós teríamos que encontrar caminhos de produção de fertilizantes que possam diminuir essa dependência dos importados.”
Buscar novas soluções para otimizar e melhorar a nutrição dos solos, ter boas práticas no uso de insumos e desmistificar e conscientizar a população da importância dos fertilizantes são os elementos essenciais para que a agricultura possa alimentar a crescente população mundial.
Não perca os próximos eventos.
Confira toda a programação do Encontro com Gigantes e faça sua inscrição pelo link: https://www.kforte.com.br/encontrocomgigantes
Saiba mais sobre o K Forte em: www.kforte.com.br
Saiba mais sobre o Silício Forte em: www.verde.ag/silicio-forte
Saiba mais sobre a Verde em: www.verde.ag