Entenda quais são os problemas que a segregação de nutrientes causa e como evitá-los

Entenda quais são os problemas que a segregação de nutrientes causa e como evitá-los

A segregação de nutrientes é um problema que afeta os adubos formulados compostos por misturas de grânulos. Esse tipo de adubo é muito utilizado na agricultura brasileira, especialmente as misturas NPK (nitrogênio, fósforo e potássio).

Mas então, como evitar a segregação de nutrientes? Qual o melhor caminho para lidar com isso?

Para responder a essas questões, Leonardo Vinícius Ferreira, Sócio-Fundador e CEO da Prisma Inteligência Agronômica, e César Ruiz, Técnico Agropecuário, participaram do “Encontro com Gigantes – Como evitar a segregação de nutrientes?”.

O evento foi promovido pela Verde, empresa que produz os fertilizantes Silício Forte, K Forte ®, K Forte Boro e BAKS, no dia 19 de novembro de 2020.

Você pode conferir a conversa, mediada por Fernanda Santos, na íntegra pelo link:

Porque acontece a segregação de nutrientes e as conseqüências desse fenômeno

A segregação de nutrientes é a separação dos grânulos das diferentes fontes de nutrientes que vão compor o adubo formulado. Esse fenômeno acontece já no transporte desses produtos, já que a movimentação faz com que as partículas de menor tamanho e maior densidade se desloquem para o fundo do bag onde eles são acomodados.

Essa tendência também se repete quando os adubos são colocados no equipamento agrícola de aplicação. Ela pode acontecer mesmo com adubos compostos em que as diferentes fontes são aglutinadas em um único grânulo, explica o Técnico Agropecuário e graduando em Agronomia, César Ruiz.

Ele ressalta que se se o grânulo não for bem misturado, ele pode se partir dentro do equipamento, gerando a segregação. Com o desbalanceamento da aplicação dos nutrientes, algumas partes da lavoura recebem muitas quantidades de um nutriente e poucas de outro.

O Técnico Agropecuário citou experimentos feitos com diferentes fontes de adubo formulado. Os resultados desses estudos mostraram que todas as fontes, incluindo aquelas que tiveram as fontes de nutrientes aglutinadas em um único grânulo sofreram segregação de nutrientes. César Ruiz refletiu sobre as consequências desse fenômeno na lavoura:

“A gente vê que, conforme o deslocamento [da máquina de adubação na lavoura], vai mudando a característica do adubo. Nos experimentos, oscilou muito as quantidades de nutrientes depositados no solo. Quando a gente para pra pensar na Lei dos Mínimos, isso na planta pode acarretar em situações mais drásticas, pode chegar a ocorrer deficiência de nutrientes.”

Além da deficiência, as plantas que recebem nutrientes em excesso também podem ter problemas, já que é preciso que haja equilíbrio na nutrição da lavoura. O excesso de um nutriente pode fazer com que haja problemas de absorção de outros, por exemplo.

O caminho para lidar com a segregação de nutrientes é a inovação tecnológica

Inovação tecnológica. Na avaliação dos participantes do Encontro com Gigantes esse é o caminho para lidar com a segregação de nutrientes. Leonardo Vinícius Ferreira, Sócio-Fundador e CEO da Prisma Inteligência Agronômica, explica que essa inovação pode ser nos equipamentos ou nas fontes de nutrientes usadas.

Em relação aos equipamentos, existem, por exemplo, máquinas que têm repositórios separados para cada fonte de nutriente. Em tese, assim não haveria problema de segregação, já que os nutrientes ficariam separados. No entanto, Leonardo Vinícius chama a atenção para outros problemas que esse tipo de maquinário pode causar:

“O inconveniente de utilizar fontes separadas é que tem que ter uma entrada de máquina para cada nutriente. Existem máquinas com caixas separadas para nutrientes diferentes, mas isso traz outros problemas, como o efeito de balística e o aumento do peso do equipamento.”

O efeito de balística faz com que as partículas mais leves e menos densas sejam arremessadas a uma distância maior, criando faixas de concentração de nutrientes ao longo da lavoura. Já o aumento do peso pode aumentar a compactação do solo no terreno.

César Ruiz aponta que uma solução que elimina esses inconvenientes é o uso de fontes micronizadas, ou seja, aquelas nas quais as partículas de cada nutriente são reduzidas a um tamanho bastante pequeno e igual para todos eles. Para o Técnico Agropecuário, o uso dessas fontes é o futuro da nutrição agrícola:

“Quando a gente parte para uma fonte de micropartículas, uma fonte micronizada, a gente consegue fazer com que todos os tamanhos sejam semelhantes. Eu acredito que isso vai ser o futuro da nutrição, porque você garante a homogeneidade na aplicação. Quando você vai aplicar no solo, você vai ter a certeza de 100% do que tá sendo aplicado também”

Fontes micronizadas são ideais para a agricultura de precisão

Outro ponto abordado pelos palestrantes durante o Encontro com Gigantes foi a questão dos micronutrientes dentro do manejo agrícola. Leonardo Vinícius apontou que, como esses nutrientes são exigidos em menos quantidades, muitas vezes é difícil fazer o balanceamento correto deles em fertilizantes compostos:

“É um desafio muito grande pensar a questão dos micronutrientes. Quando a gente fala em macronutrientes a gente fala em toneladas por hectare e dos micronutrientes a gente tá falando de gramas por toneladas. E quando a gente vai trabalhar com micronutrientes o risco de causar um desequilíbrio é muito alto.”

Nesse sentido, o uso de fontes micronizadas é ideal para trabalhar com esses micronutrientes, já que elas evitam a segregação e garantem que haja uma uniformidade na aplicação dos nutrientes na lavoura.

Isso torna a agricultura verdadeiramente uma agricultura de precisão, que irá suprir as necessidades que cada solo de cada produtor tem de maneira adequada.

A mediadora do debate, Fernanda Santos observou que a micronização está presente em produtos como o BAKS, da Verde. Ele conta com a tecnologia exclusiva MicroS Technology para micronizar o enxofre elementar. Assim, o BAKS é um produto que oferece o melhor do enxofre e do potássio, além de silício e manganês.

Para saber mais sobre a segregação de nutrientes e como evitá-la, confira o vídeo do Encontro com Gigantes na íntegra!

Não perca os próximos eventos. Confira toda a programação do Encontro com Gigantes e faça sua inscrição pelo link: https://www.kforte.com.br/encontrocomgigantes/

Leonardo Vinícius Ferreira – Leonardo Vinícius Di Carlo Ferreira é Sócio-Fundador e CEO da Prisma Inteligência Agronômica, em Goiás. A Prisma Inteligência Agronômica é especializada no manejo da fertilidade do solo e nutrição de plantas, com alta precisão, através de ferramentas digitais. Leonardo é Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade de Rio Verde e pós-graduado em Manejo e Fertilidade do Solo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP).

César Ruiz – César Ruiz é Técnico Agropecuário pela Escola Técnica do Mato Grosso e graduando em Agronomia pela Universidade Estadual do Mato Grosso. César já teve experiências no Laboratório de Análise de Solo e Foliar de Alta Floresta (LasAF) e na fazenda SapéAgro, na cidade de Maracaju, em Mato Grosso do Sul.

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