Compost Barn Entenda como funciona o confinamento que proporciona maior bem-estar animal e produtividade

Compost Barn: Entenda como funciona o confinamento que proporciona maior bem-estar animal e produtividade

Nas últimas décadas, popularizou-se o chamado “compost barn”, ou seja, estábulo com compostagem. Esse sistema de confinamento visa melhorar o conforto e bem-estar dos animais e, consequentemente, melhorar os índices de produtividade e eficiência do rebanho.

No dia 02 de julho, o evento Encontro com Gigantes, promovido pela Verde, empresa que produz o fertilizante K Forte®, recebeu Adriano Seddon e Jacques Gontijo, especialistas no assunto.

A conversa pode ser vista na íntegra aqui:

Adriano Seddon, foi um dos pioneiros em compost barn no Brasil. Ele é médico veterinário e sócio-diretor da Cowcooling, empresa que oferece soluções para o monitoramento e o controle da temperatura de vacas de leite, de maneira a garantir a produtividade e a saúde dos animais mesmo, em climas mais quentes.

Conforme Adriano Seddon relatou, a Cowcooling iniciou seus trabalhos em 2011 com a missão de ajudar os produtores na obtenção de resultados consistentes e duradouros, apesar dos desafios diversos, como lama, dificuldade de colocar comida no cocho, retrabalho e desperdícios, garantindo a qualidade de leite o ano todo.

Para o sócio-diretor da Cowcooling a melhor solução é o compost barn: “Por que confinar as vacas? Para dar conforto ao animal, que está diretamente relacionado à produção, reprodução e longevidade dos animais. Depois, dar conforto aos colaboradores, em exercer a atividade designada de maneira eficiente com o menor esforço. E com a possibilidade de introduzir novas rotinas ao sistema com alto padrão de eficiência.”

Segundo histórico, essa metodologia de compost barn teve início em 1986, nos Estados Unidos, e o sistema foi desenvolvido pelos por produtores que estavam descontentes e passaram a usar a cama de compostagem.

Adriano Seddon citou as principais vantagens de se usar o compost barn no Brasil:

  • Temperaturas adequadas durante todo ano, mesmo nas regiões mais frias;
  • Disponibilidade de materiais para a cama de compostagem;
  • Menor custo de implantação e demanda por composto de alta qualidade;
  • Bem-estar animal: com a livre movimentação das vacas;
  • Vacas deitadas por mais tempo;
  • Diminuição das lesões de cascos e pernas;
  • Score de locomoção;
  • Fácil adaptação.

Ele explica que o composto produzido no sistema é de grande valia para os agricultores. “Esse tipo composto traz resultado para grandes fazendas, obviamente. Mas também faz diferença para o pequeno produtor. Para que consigam alavancar a produção, ganhar escala e ter uma maior rentabilidade. E, dessa maneira, consigam reinvestir em seus negócios e terem uma vida digna.”

Jacques Gontijo, produtor de leite com 30 anos de participação na maior cooperativa de leite do país e ex-presidente da Itambé Alimentos S.A., apresentou dados significativos sobre o projeto de compost barn na sua propriedade.

Sua fazenda tem 290 vacas, sendo 230 em lactação (80%), 135 novilhas e 115 bezerras. São produzidos 6.000 litros de leite por dia. Segundo ele, a média de produção de leite passou de 20 litros a 26 litros em poucos meses com a implantação do sistema.

Gontijo reforçou as vantagens do compost barn para o rebanho. É oferecido às vacas uma área sombreada, ventilada, com cama seca, e, área de alimentação ventilada e com aspersão de água, reduzindo os efeitos do estresse térmico. Assim, os animais podem expressar todo o seu potencial produtivo.

Jacques Gontijo mostrou os números do projeto:

  • Construção de 2 galpões de 94mx27m (2.538m² cada)
  • Capacidade: 130 vacas/ galpão
  • Área de cama: 12m²/ vaca
  • Espaço de cocho? 0,7 m/ vaca
  • Investimento: R$ 3.900/vaca

Total investido no projeto: R$ 1.020.000,00

Os resultados alcançados após a implantação do sistema compost barn na fazenda de Gontijo foram:

  • Aumento da produtividade das vacas;
  • Redução dos casos de mastite, principalmente em época chuvosa;
  • Melhoria na qualidade do leite;
  • Redução por problemas de casco;
  • Menor poluição ambiental;
  • Aproveitamento do composto orgânico para adubação;
  • Melhoria do ambiente da fazenda.

Adriano conclui que o sistema traz diversos ganhos e o retorno do investimento se dá com o aumento da qualidade do rebanho. Ele ressalta que é importante ter o auxílio de uma empresa ou consultoria para ter celeridade na implementação do sistema e começar a ver os resultados em pouco tempo.

Não perca os próximos eventos! Confira toda a programação do Encontro com Gigantes e faça sua inscrição pelo link: www.kforte.com.br/encontrocomgigantes

Adriano de Siqueira Seddon é sócio da Cowcooling e pioneiro em compost barn no Brasil. A Cowcooling é uma empresa que oferece soluções para o monitoramento e o controle da temperatura de vacas de leite, de maneira a garantir a produtividade e a saúde dos animais mesmo em climas mais quentes.

Adriano Seddon é formado em Medicina Veterinária pela Universidade do Estado de São Paulo (UNESP) de Botucatu, com especialização em Gestão de Fazendas de Leite MDA pela Clínica do Leite da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP). Mais informações acesse: www.cowcolling.com.br

Jacques Gontijo Álvares é produtor de leite em Bom Despacho (MG), nas Fazendas Santa Maria e São Pedro. Atuando nesse mercado há mais de 45 anos, desde 2017 tem se dedicado com intensidade a essa atividade com a maior tecnificação da propriedade, construção de galpões tipo compost barn, informatização das atividades e melhoramento genético. Com isso, Jacques Gontijo alcança hoje uma produção diária de 6 mil litros por dia.

Durante sua carreira, Jacques atuou em cooperativas agrícolas e foi presidente da Itambé Alimentos S.A. desde sua criação em 2012 até março de 2017. Jacques Gontijo Álvares é Engenheiro Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e tem especialização em Engenharia Econômica pela Fundação Dom Cabral.

 

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